VIDA AFETIVA: PRAZER OU DOR?
Atualizado dia 5/7/2007 1:46:32 PM em Autoconhecimentopor Adely Branco
Levando-se em conta as descobertas da Física Quântica, provando que somos os construtores da nossa realidade, surge um questionamento comum a milhares de pessoas: "Se desejo tanto amar e ser amado, por que isso não acontece? Se basta pensar, por que não se realiza em minha vida o amor que tanto quero?" Se esse é também o seu questionamento, o convido a seguir comigo nesse nosso breve encontro.
Em primeiro lugar é importante entender que não basta pensar no que se deseja por alguns instantes e logo em seguida se sentir péssimo, recordando as dores do passado, ou o fato de nesse momento não ter o que deseja. Pensamentos precisam de foco, consistência; além disso, os pensamentos são apenas "imagens" e o que lhes dá vida (energia), são as nossas emoções. Portanto, quando você pensa sobre sua vida afetiva, como se sente? Vazio? Carente? Frustrado? Traído? Abandonado? Se respondeu afirmativamente a uma dessas questões, encontramos a primeira razão pela qual o amor ainda não aconteceu em sua vida.
Perante qualquer situação desafiadora em nossa vida, a primeira coisa que precisamos fazer é aceitarmos a nossa responsabilidade, abandonando o papel da vítima. Aceitar que nós a criamos a partir das nossas crenças subconscientes. Dessa forma, readquirimos o poder de promover as transformações interiores necessárias que nos levarão às soluções que almejamos. Além disso, para que algo se resolva é necessário aprender a se desligar emocionalmente do “problema”. Quanto menos importância damos a um problema, ou seja, quanto menos o alimentamos com nossa energia (poder de crença), mais rapidamente, esse problema se dissolve. As circunstâncias que experimentamos hoje são o resultado das nossas crenças no passado, portanto, não representam o que somos, mas o que fomos.
Desligar-se emocionalmente significa aprender novas maneiras de pensar e de sentir. Nós não resolvemos nem solucionamos problemas. O Universo é o responsável pelos fatores externos já que eles são apenas "espelhos" de nosso mundo interior. Isso não significa que o Universo, ou Deus, queira nos punir ou que precisamos da dor para nos tornarmos seres melhores. O Universo apenas executa aquilo que nós escolhemos ou que acreditamos ser o que merecemos.
Quando afirmo que me sinto sozinha e carente e alimento esses pensamentos com emoções, estou enviando para o Universo um sinal de que é assim que eu escolho me sentir e é assim que as circunstâncias externas vão contribuir para que eu me sinta.
Encontro algumas pessoas que me perguntam: "Como posso me sentir diferente se de fato não tenho ninguém na minha vida, nem sou amada? Como posso deixar de me sentir assim, se essa é a realidade?" E quase sempre surge em meu interior a mesma resposta: "O fato de dizer que não é amado e que não tem ninguém na sua vida é o primeiro indício do seu auto-abandono, ou seja, sua criança interior está realmente sem sua atenção e sem seu amor; por isso esse sentimento de abandono. Chegou a hora de aprender a se amar! Além disso, deixar de se sentir assim depende apenas de escolha e dedicação. Pensamentos são só pensamentos e eles podem ser mudados. Basta que haja a consciência de não investir, de não dar atenção a eles."
Sei que não é fácil... mas a dedicação a si mesmo, sempre vale à pena! Perceba que a cada instante surgem milhões de pensamentos que escolhemos, ou não, focar atenção. Por exemplo, quando estamos envolvidos em um filme de suspense ou no último capítulo de uma novela não ficamos pensando nas coisas do passado ou nas obrigações de amanhã.
Assim também podemos fazer com qualquer pensamento. Não podemos lutar contra eles; quanto mais lutamos mais eles reaparecem. Podemos apenas escolher: "Não quero pensar assim, vou me concentrar em outra coisa." E em alguns instantes algo que poderia nos levar a sensações bastante desagradáveis, simplesmente desaparece.
Se dedicamos tanto tempo aprendendo tantas coisas na vida, por que não podemos nos dedicar a ter pensamentos mais positivos, a nos amarmos e nos aprovarmos? Os relacionamentos, assim como tudo, são apenas espelhos nos mostrando como nos tratamos, o quanto nos amamos e nos aprovamos e o quanto nos sentimos merecedores do melhor. Amar a nós mesmos, nos perdoarmos por aquilo que nos condenamos, nos aceitarmos como somos e não como deveríamos ser, são fatores fundamentais para que o amor aconteça de maneira que realmente nos preencha.
Portanto, se você está em busca do amor e se existe um vazio em seu interior, é chegado o momento do reencontro com sua própria Essência. E tudo aquilo que hoje você chama de "problema" é, na verdade, a sua oportunidade de despertar para a necessidade desse reencontro. Não existe uma “outra metade” caminhando por aí; existem pessoas. Além disso, você não é um ser dividido, incompleto. Essa sensação surge da ausência que temos de nós mesmos.
O amor acontece quando abandonamos as idealizações e quando estamos prontos para nos relacionarmos sem defesas. Nos tornamos aptos ao amor quando estamos prontos para amar. E para isso precisamos ter muito amor por nós mesmos porque perante a Lógica da Vida só recebemos aquilo que temos para compartilhar. Como podemos amar se não temos amor em nosso interior? Como podemos ser respeitados e reconhecidos se não temos respeito e reconhecimento por nós mesmos? Como podemos ter companheiros que nos valorizem se não nos valorizamos?
Se a grande busca de sua existência é o Amor, compreenda isso como um sinal da sua Alma lhe pedindo para que aprenda a se amar. Quando isso acontecer, tudo o mais se tornará possível e real.
Portanto, se a vida afetiva é prazer ou dor, depende apenas das nossas atitudes interiores. Se até hoje seu caminho foi mais dor que prazer saiba que isso não se deve ao azar ou ao seu "karma" (conformismo), mas que é apenas uma área da sua vida exigindo uma nova visão e atitudes mais positivas. Nunca é tarde demais para recomeçar... porque a Vida sempre vale à pena!
Desejo-lhe Sucesso e Luz em suas buscas!
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Texto revisado por Cris
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