VIDA ETERNA: QUESTÃO DE VIVÊNCIA
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Autor Christina Nunes
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 7/1/2006 10:39:08 AM
Tenho voltado a este tema periodicamente porque nunca é demais abordá-lo: vida eterna não é questão de crença, mas de vivência! Seu entendimento prende-se ao cabedal individual de expansão da consciência para o devido alcance das esferas cada vez mais vastas da existência, para dimensões progressivas abarcadas pela nossa percepção paulatinamente mais depurada. E esta percepção acontece de dentro da mais variegada gama de modalidades para cada personalidade em questão!
Observo que, pelo fato (nada obstante franco e honesto) do indivíduo não ter vivenciado ainda determinadas realidades, costuma se arvorar no direito de negá-las. Todavia não lhe cabe este direito. Assim como não caberia ao cego o direito de negar peremptoriamente a existência da luz em decorrência de uma limitação de percepção toda sua. Ora, se a limitação reside no cego, a luz não deixará de existir, pura e simplesmente, por isso. Que se diria, então, deste cego começar a alardear que a existência da luz, - no fim das contas nada palpável, mas sujeita ao bom funcionamento do sentido humano da visão para ser devidamente constatada - por conta da sua restrição visual, trata-se, na verdade, de crença, e não de uma realidade?!
Outros cegos o entenderiam, e compartilhariam da sua visão facetada da situação; mas todos os circunstantes que usufruíssem livre e devidamente dos seus recursos plenos de percepção talvez que se limitassem a calar, em respeito à óbvia e severa restrição sensitiva do outro. Porque, afinal, de nada adianta explicar o que é a luz a um cego de nascença...
Dá-se o mesmo com a noção exata da continuidade da vida. Todos aqueles - e já em número bastante expressivo no mundo nos dias de hoje - que compartilham a vivência cabal, pura e simples, de dimensões mais amplas, com todo o repertório de fenômenos extra-sensoriais que, diga-se, não constituem privilégio de uma minoria (já que são descritos à farta atualmente por estudiosos, inseridos na própria ciência, e por pessoas comuns que os vivenciam) articulam uma linguagem comum. Pesquisas na área da física quântica derrubaram a antiqüada noção da partícula mínima constituinte da matéria. Constatou-se que a unidade mínima, até então admitida, decresceu até às evidências de um mero vir a ser. Dentro do turbilhão de mutações, nossas moléculas se reduzem a ondas, a expressão pura de energia - e o sentido do toque, assim, não avança além de mera ilusão de solidez. Efetivamente, os espaços vazios no Cosmo, quanto no corpo humano, são descomunais, quando assim compreendidos.
No mesmo compasso, a Transcomunicação instrumental, toda estruturada e praticada por nomes eminentes e respeitáveis da ciência de vanguarda, contatando amigos do plano invisível por intermédio de tecnologia sofisticada, não deixa margem aos argumentos dos incrédulos. Vai por terra a alegação rasa de consistência de que a "mesa é a mesa cuja existência pode ser constatada por todos, enquanto a vida espiritual, não"! A Transcomunicação; os avanços da Física; os documentários, e a fartura incontável de livros, afora a exposição sem pejo da experiência cotidiana de muitos, estão aí, para todo aquele interessado em saber, de fato, e com mente aberta. Se, por outro lado, não busca se inteirar, trata-se exclusivamente de caso de indolência e acomodação; e isto, de seu lado, é negócio a ser resolvido no foro íntimo de cada um - mas não autoriza, também, a estes, a atitude do cego, mais justificável, porque a sua restrição visual é involuntária. Ora, se todas estas ferramentas de análise se acham disponíveis ao alcance de todos na nossa era de farta informação instantânea, a acomodação é assunto estrito daqueles que a ela se entregam! Que, portanto, ou busquem se inteirar melhor dos avanços da humanidade no terreno da própria evolução - coisa que, aliás, é de interesse de todos, sem exclusão - ou que se contente com sua visão insuficiente dos fatos; mas imiscuindo-se de proferir afirmações que não refletem a magnificência maior e maravilhosa da Vida.
A ninguém cabe proferir afirmações sobre coisas que ignora, e de cujos detalhes não busca se inteirar. Apenas a mente aberta, a pesquisa decidida e o interesse sincero autorizam argumentos e assertivas. Se, portanto, este ou aquele se acham ainda confinados, de bom grado, nesta restrição severa de percepção da mera mesa, contentando-se apenas com isso, é direito inafiançável de cada um. Mas não queiram que a mesa pura e simples defina, de dentro do prisma acanhado dos sentidos físicos, a realidade absoluta do Universo. Porque ela não é! Assim como, noutros tempos, o mundo só era plano para aqueles que, considerando Cristóvão Colombo louco, quase o fizeram pagar um preço amargo pela sua visão privilegiada dos horizontes mais amplos, conducentes dos povos às expansões, descobertas e avanços de que todos dispuseram depois, acerca da verdade esférica do planeta e das riquezas residentes nas terras e mares de mais além, até então nunca admitidas!
Com amor,
Lucilla & Caio Fábio Quinto
Elysium
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Zênite
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Chris Mohammed (Christina Nunes) é escritora com doze romances espiritualistas publicados. Identificada de longa data com o Sufismo, abraçou o Islam, e hoje escreve em livre criação, sem o que define com humor como as tornozeleiras eletrônicas dos compromissos da carreira de uma escritora profissional. Também é musicista nas horas vagas. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |