VIDAS NOVAS...
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Autor Christina Nunes
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 1/5/2005 11:11:23 AM
Ano Novo, vida nova...
Assim se reproduz este ditame em cada nova virada de ano nas esferas materiais. Simbolizando esperança, novas resoluções, disposição renovada para outros projetos, promessas necessárias; sobretudo, consentimento tácito em deixar que fique para trás o ano findo com seus episódios felizes ou infelizes, assim como se completa a leitura do capítulo de um livro – mais apropriadamente, do livro das nossas vidas.
A necessidade imprescindível de relegarmos a segundo plano as urgências e as grandes razões dos acontecimentos do passado, numa análise oportuna e mais ampla, não se prende somente à esfera acanhada das nossas experiências terrenas. Outro não é o imperativo em relação às nossas vidas sucessivas.
É comparação estabelecida a propósito, este paralelo entre o transitório esquecimento do passado milenar das nossas almas, com todos os seus reveses de sorte, a cada reencarnação empreendida no orbe físico, à guisa de missão renovada em favor da melhoria das nossas condições espirituais, com o ensaio de esquecimento que se requer a cada começo de um novo ano, em que as resoluções da ordem do dia e os novos projetos para mais doze meses se impõe sobre os lances do ano anterior, que tiveram a sua importância, e mesmo, e certamente, nos legaram marcas; mas a respeito dos quais imprescindível se torna extrair somente a essência benéfica da experiência para o nosso proveito, descartando tudo o mais que possa significar entrave e inutilidade, quando emerge sem filtragem às nossas recordações.
Aborrecimentos graves; mal entendidos; acontecimentos indesejáveis; desentendimentos, injustiças sofridas ou cometidas, pensada ou impensadamente; ocorrências chocantes à nossa sensibilidade – tudo isto constituí bagagem de aprendizado, com sua importância transitória para o nosso crescimento, na medida em que nos impele à renovação da nossa visão de vida, se bem soubermos extrair destes eventos a lição necessária. Entretanto, passado o momento, urge que se assente este repertório no seu devido lugar, sem permitirmos às suas repercussões extrapolarem da sua função educativa.
Sem embargo, da mesma forma em que se faz imperativo o obscurecimento da memória do nosso passado em favor da reencarnação vindoura, para que não se comprometa toda uma programação de evolução coletiva sob o peso da lembrança indesejável de mágoas, ressentimentos, ódios e acontecimentos deprimentes, possibilitando-se, assim, a chance do afloramento afetivo na convivência com nossos antigos adversários e desafetos, assim também, a cada ano que se inicia, devemos praticar o “exercício da borracha”, praticando em escala maior o saneamento do nosso ambiente íntimo, mental e emocional, ao relegarmos ao necessário lugar no passado tudo o que não mais é de utilidade para as urgências renovadas do período que se inicia, com vigor redobrado.
Nossas reencarnações ficaram para trás, com todo o seu enredo repleto de dramaticidade benéfica, difícil, porém enriquecedora e necessária ao nosso avanço íntimo. Restam aos que no momento prosseguem no percurso das lições materiais indícios, impressões fugidias; sensações, sobre aqueles que nos cercam; impulsos de afeto ou desafeto; nada mais do que vagas reminiscências, no entanto. Continuaremos a convivência numerosa, tecendo o enredo em comum; gradativamente depurando, lapidando. Resgatando o equilíbrio, a compreensão e o afeto onde antes dominava a ignorância e a intolerância deprimente nas nossas relações.
As lembranças integrais do passado em nada auxiliariam na edificação plena da harmonia amorosa entre os seres, segundo as sublimes diretrizes de Jesus, nosso Mestre do Amor no mundo.
Segundo o indefectível equilíbrio regente do universo, não é por acaso que se repete em escala menor, no microcosmo, o que se dá ao observarmos a existência com a largueza de vistas que abrange as nossas muitas vidas anteriores, no macrocosmo. Cada vida na matéria é proporcional a um novo ano que se inicia, cheio de possibilidades de realização, de desafios, de esperança e de aprendizado útil.
Tal como em cada reencarnação, usemos dos novos recursos com que a Providência nos impelirá ao sucesso evolutivo. Deixemos que “os mortos cuidem dos mortos”; que a experiência do passado ocupe seu devido lugar, exercendo a sua função útil, e prossigamos, recobrando vigor : com os olhos da criança diante do mundo novo, muito embora conscientes da importância do nosso repertório de vivências individual e único.
O meu afeto a todos os visitantes.
Caio Fábio Quinto, pela psicografia de Lucilla
"Elysium"
https://www.elysium.com.br
Lucilla é autora do romance psicografado lançado em novembro passado, "O PRETORIANO", pela editora MUNDO MAIOR (www.mundomaior.com.br). Leitura fácil e envolvente, de autoria espiritual de Caio Fabio Quinto, o conteúdo trata de uma das vidas passadas vividas pela médium e pelo seu mentor, na Roma de Júlio César, de cujos exércitos Caio foi um dos comandantes, narrando lances de convivência no cotidiano dos personagens, ricos de ensinamentos ilustrativos da Codificação Espírita de Kardec, das leis de causa e efeito, e do aprendizado espiritual que a todos nós envolve no decorrer do nosso trajeto evolutivo durante as reencarnações terrenas.
Os direitos autorais estão revertidos às obras assistenciais da FUNDAÇÃO ANDRÉ LUIZ, no amparo aos deficientes e crianças carentes.
Aos interessados, maiores informações para compra no site da editora, ou no da FUNDAÇÃO ESPÍRITA ANDRÉ LUIZ: link
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Chris Mohammed (Christina Nunes) é escritora com doze romances espiritualistas publicados. Identificada de longa data com o Sufismo, abraçou o Islam, e hoje escreve em livre criação, sem o que define com humor como as tornozeleiras eletrônicas dos compromissos da carreira de uma escritora profissional. Também é musicista nas horas vagas. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |