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Vivenciando o Campo da Busca Espiritual

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Autor Marcos Spagnuolo Souza

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 09/01/2009 18:41:01



Nos encontros sociais os sujeitos que estão na busca da superação da consciência do nível tridimensional para outras dimensões mais complexas são considerados patológicos. As conversas convergem somente em torno das forças do mercado e qualquer abordagem antagônica ao arquétipo materialista perde totalmente o seu espaço nas referidas reuniões.

Os valores cultivados nos encontros sociais são todos eles centralizados nas discussões do bom emprego, no tipo de carro, no luxo do apartamento em que mora e no salário que recebe como sendo objetivo supremo a ser atingido desaparecendo do contexto o diálogo sobre a busca da verdade, não violência, paz interior, desapego, cooperação, tolerância, sabedoria espiritual e devoção. Qualquer tipo de colocação que ultrapassa o nível objetivo passa a ser totalmente supérflua e motivo de riso.

De um lado poucas pessoas buscando um caminho para atingir uma visão mais ampla no nível micro, meso e macro e do outro lado pessoas agarradas somente às coisas perecíveis, mutáveis e transitórias tomando como ilusória a busca por uma vida mais sublime. Quando existe o encontro entre estas pessoas o posicionamento de uma visão crítica das atividades mundanas fundamentadas no apego torna-se o buscador alvo dos maiores defeitos e quem parte para a referida análise é tido como louco, demente, esquizofrênico e finalmente é aconselhado a rever seus pensamentos e atitudes.

As colocações nos encontros sociais sobre a educação das crianças baseada no diálogo para que elas sejam pessoas autônomas, dando-as liberdade para escolherem seus caminhos tornou-se grave erro exigindo a imposição e domínio absoluto apesar da existência de inúmeros discursos sobre a necessidade de superar a heteronomia pela autonomia na educação infantil.

O próprio mundo existencial das guerras leva inúmeras pessoas, nas reuniões sociais, afirmarem a não existência de Deus defendendo a tese que a existência da violência nulifica Deus. Um jornalista escreveu um artigo sobre o genocídio em Darfur na revista Veja edição 209 elaborando várias perguntas: qual o lugar de Deus num mundo de iniqüidades? Até quando há de permitir tamanha luta entre o Bem e Mal? Deus fechou os olhos das vítimas do nazismo em Auschwitz, dos soviéticos que pereceram no Gulag, da fome dizimando milhões depois de revolução chinesa? E hoje, senhor Deus dos desgraçados, Darfur, a África Subsaariana, o Oriente Médio. Então não vê o triunfo do horror, da morte e da fúria? Que Deus é esse? Até quando haveremos de honrar a Deus com nossa dor, com nossas chagas, com nossos sofrimentos? Se o mal subsiste, então não pode haver um Deus, que só seria compatível com o Bem perpétuo? Se a nossa alma é mesmo imortal, por que lamentamos tanto a morte? Se ao menos Deus tirasse de nosso coração os anseios, os desejos, para que aprendêssemos a ser pedra, a ser árvore, a ser bicho entre bichos, mas nem isso. Somos macacos pelados, plenos de fúrias e delicadezas, a vagar com a cruz nos ombros.

Nos encontros sociais a conversa gira sobre as crueldades que estão ocorrendo entre judeus e palestinos com pessoas inocentes sendo feridas e mortas pelos implacáveis bombardeios, crianças inocentes sendo atingidas por estilhaços de bombas. Diante das atrocidades que estão presenciando no cotidiano salientam que olham para todos os lados buscando Deus e não o encontram.

Valores materialistas, guerras, bombardeios, fome, misérias, doenças, criminalidade, atrocidades tornaram-se fatos normais em conseqüência de suas repetições constantes durante os séculos e as pessoas perguntam: onde está Deus?

Estamos presenciando os valores materialistas sobrepujando aos valores metafísicos e estamos penetrando em um nível vibracional perigoso devido à nulificação de qualquer possibilidade de transcendermos ao nível da objetividade e tudo isso nos deixa abatido, triste, sufocado e sem lugar no mundo.

Diante de toda a problemática apresentada devemos ter consciência que Deus não é visto nos fenômenos captados pelos sentidos e Deus não é um objeto a ser procurado e encontrado como coisa. Deus está no interior do nosso ser mais profundo devendo ser procurado pela consciência individual em um processo de interiorização. O processo de interiorização ocorre fora do campo onde predomina egos apegados as coisas e aos valores do ter e possuir.

A única atividade lícita para o buscador das verdades eternas nesse mundo conturbado deve ser a irradiação de energias dos planos superiores tomando cuidado para não envolver com egos apegados ao tridimensional para não correr o risco de ser encoberto por níveis vibracionais inferiores sendo aprisionado em densas camadas energéticas. Fundamento esta colocação nas palavras de Sai Baba dirigidas ao Swami Satchidananda quando disse para ele cultivar a prática da meditação e que as meditações, por si só, atrairia boa sorte ao mundo. Diz Sai Baba que a transformação da mente de uma pessoa não pode ser provocada por um ser humano. Um ser humano não pode modificar a mente de outra pessoa. A transformação da mente somente é possível quando Deus assim o quer. Deus pode dar “darshan” para algumas pessoas, enquanto outras não recebem esse benefício. Depende muito da atitude mental de cada pessoa. Sai Baba ensina que o “darshan” está relacionado com o “Dharma”. “Dharma” é o esforço do ser interior para tomar consciência do Divino que conduz a auto-realização, não tendo relação com nenhuma atividade externa.

Sai Baba salienta que quando constrói uma casa, instala uma porta na frente, para deixar todos que são bem-vindos entrar e manter do lado de fora aqueles que não são. O mesmo deve ocorrer no caminho da busca: mantenha de fora o degradante, o humilhante, o pernicioso. Admita apenas a sabedoria elevada das escrituras, a sabedoria selecionada a partir da reunião das experiências dos antigos sábios.

Estou fazendo esse comentário para mostrar que o transcendentalista deve vivenciar o seu espaço de busca e expansão de consciência evitando o envolvimento com o campo vibracional criado pelos egos mergulhados na materialidade. O transcendentalista está no mundo, mas não é do mundo.





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