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Vivências de uma Constelação Familiar

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Autor Psicóloga Ana Cristina Botelho

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 8/20/2010 10:26:14 AM


As Constelações Familiares permitem uma abordagem sobre como tornar visível a dinâmica normalmente oculta nos sistemas de relacionamento familiar.

A experiência de participar de uma constelação familiar é algo profundo e mobilizador, envolve um doar e um receber, envolve sentir-se frágil mas ao mesmo tempo ser forte para encarar o “dragão” que o faz sofrer.

De certa maneira, quem se apresenta para constelar, está de alguma maneira mobilizado, alguns que já convivem com essa mobilização porque a carregam ao longo de sua estória de vida, outros com uma emoção mais forte por tratar-se de algo do seu momento atual. Mas, enfim, tem algo da sua estória, do seu ser que está pedindo para ser olhado com atenção e com coragem de ser enfrentado. Sempre algum sofrimento está sendo mobilizado, ainda que para outros possa parecer algo banal.

Por outro lado, ainda que mexido, aquele que se propõe a viver uma constelação, ou seja, expor uma situação do seu fórum íntimo para um grupo de pessoas que tramam uma rede de relações e formam o campo da constelação, demonstra muita coragem e confiança. É sem dúvida uma situação de muita exposição, onde são reveladas dificuldades, “incompetências”, pontos fracos, às vezes, também deixando vir à tona nosso lado sombra ou o sombrio na nossa vida; ali cai-se as máscaras, despe-se a persona e encontramos, simplesmente, o SER, no que ele tem de sublime e também de sombrio. Por tudo isso, fantasias e fantasmas podem permear o imaginário humano após uma constelação, com crenças como: “Me expus muito, agora todos sabem da minha vida, o que poderão pensar, etc....”

O desmembrar de uma constelação acontece a partir de uma situação em que se instala um campo, essa é uma das condições básicas para que a constelação aconteça. Representantes precisam entrar nesse campo , um espaço onde as cenas irão se desenvolver e permitir deixar ressoar em si a estória de um outro para vivenciar, sentir e expressar o que vai chegando como mensagens sutis através de sensações corporais , desejo de expressar algo. Assim, já é possível perceber que tudo acontece num nível muito sutil, e é justo nessa sutileza que as percepções vão se estabelecendo, a consciência vai se ampliando para uma possibilidade de um novo olhar, senão de imediato, mas que poderá reverberá num depois.

Isso significa que o campo que se instala como arena para atuação da cena a ser constelada precisa ser muito cuidado, honrado e reverenciado. Qualquer perturbação externa, digo externa como advindo daqueles que estão participando da constelação como observador, não como participante ativo, pode influenciar no campo de uma forma não positiva, impactando diretamente no indivíduo alvo da constelação.

Campo é um espaço que precisa ser desprovido de julgamentos, como o é por parte daqueles que estão atuando, vivendo a constelação; porém, isso nem sempre acontece quanto aos que estão observando. Então quando emitimos nossa opinião, tipo: “isso não vai funcionar, não é por aí”, estamos invadindo, diga-se de passagem, sem permissão, o campo do outro e com esse juízo de valor a experiência de quem está se constelando já ficou prejudicada.

Logicamente, que comentários desse tipo são feitos de forma impensada e sem nenhuma intenção de atrapalhar, porém é um aprendizado também se colocar na posição de observador, é como a posição do analista ou do terapeuta, onde muitas vezes a grande sabedoria está no colocar-se inteiro para ouvir um outro com toda a riqueza de sua estória, seja ela a mais insignificante, monótona que possa parecer aos outros olhos. É como dizem os psicanalistas, estar na posição de analista, e nesse caso de observador, é sair da posição de mestre e sustentar uma posição do “não saber”, no sentido do saber lógico, racional, pois naquele momento trata-se da grande alquimia, da reconstrução do saber pelo outro.

Ainda seguindo a reflexão do campo e compartilhando a idéia de que as experiências de uma constelação irão reverberá no depois, no ser e na sua alma, precisamos ser cuidadosos com o que expressamos, interpretamos, julgamos, comentamos acerca do que vivenciamos. Mais uma vez, precisamos focar o nosso processo de aprendizagem, como pessoas e profissionais que somos em eterno processo de formação, que sempre tem um algo a mais que precisamos estar atento, ainda que possamos atuar, algumas vezes, a partir de um ego inflado, que faz parte de todos nós em algum momento na vida e nos faz cair na armadilha de imaginar: “Já sei tudo, afinal já li todos os livros, já participei de inúmeras constelações, já atuei como representante inúmeras vezes” e assim se perder num pseudosaber.

Quando nos propomos a entender e a vivenciar constelações, assim como outras técnicas que envolvem o ser na sua multidimensionalidade, estamos buscando mais um caminho de cura e precisamos nos fazer agentes de cura para aqueles que também nos procurarão com as suas dores.

Meditemos!



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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Psicóloga Ana Cristina Botelho   
Ana Cristina Botelho é Psicóloga, Coach e Facilitadora de Desenvolvimento Pessoal e Profissional. Sua missão é ajudar pessoas no seu processo de empoderamento pessoal. Atende em SSA e via Skype. Tel. Vivo-(71) 9966.1533; Tim- (71) 9150.9923.
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