VIVENDO DE LUZ
Atualizado dia 4/27/2006 7:23:31 PM em Autoconhecimentopor Eda Cecíllia Marini
Luz, na sua mais simples acepção, é uma das formas da energia se materializar e se mostrar. Já dizia o grande mistério, nos tempos inimaginavelmente antigos: “E fez-se a luz”, a primeira manifestação física do Todo, isto é, o Todo manifestado, visualizado.
Desenvolve-se, então, a matéria, massa organizada concretamente e distribuída em miríades de formas e quintessências diferenciadas; criam-se sistemas, reinos, universos, micro e macrocosmos. O Todo se mostra em toda a sua potência e esplendor, expandindo-se além de seu absoluto e se manifestando no relativo.
Por tudo isso, define-se luz como sinônimo de energia primordial, criadora, a base e a origem de tudo e todos.
Se a luz é energia manifestada e se nós, seres humanos, somos um reino criado a partir desta energia, conclui-se, obviamente que somos feitos primordialmente de luz, a energia primitiva. Com a luz veio a polaridade – a treva - seu complemento. Uma não existe sem a outra, uma só existe com a outra. E por sermos seres de luz, temos também a mesma polaridade – a sombra – coadjuvante real e ativa na criação dos reinos e universos.
Infelizmente o ser humano, parte de um dos incontáveis reinos manifestados pela luz, fascinou-se pelo mistério da treva, transformando-a de natural pólo oposto em potência negativa. Criou a idéia de negação de luz onde só havia uma concentração diferente de luz. E rotulou essa energia de modo depreciativo, nomeando-a de “mal”, atribuindo-lhe peso, dor, dramaticidade e força de destruição.
Sombra e Luz. Luz e Sombra. Estamos rodeados por ambas, em todos os contextos. Estamos nelas e elas estão em nós. Somos luz e também somos sombra. Não vivemos sem o aspecto de uma e de outra, seus impulsos e suas energias, porque ambas se completam. Por que, então, se fixar no folclore criado em torno da sombra e da luz? Por que usar somente o potencial criado pelo homem e acumulado por séculos de práticas mentais errôneas? Por que se fixar no mal?
Tudo é questão de foco. Se fixo meu foco no negativo, na maldade, na falta, na dor, na miséria, desligo-me do bem e de todas as suas qualidades. É preciso rever e deixar ir os velhos conceitos, anular preconceitos e refinar-se a fim de se religar ao bem maior, amplo e abrangente. É preciso saber viver, como diz a música… Conhecer a luz: entender sua infinita grandiosidade e potência, sua inesgotável paz, sua imensa ternura e acolhimento; sua alegria, pureza e abundância. Sua indescritível beleza...
Viver da Luz... Assimilar e incorporar todas as suas potencialidades e qualidades; sentir na alma e no corpo o dinamismo de sua energia; a leveza e o conforto de sua paz, a segurança de sua força, a ternura de seu envolvimento, a alegria de sua realização, a grandiosidade de sua expansão. Sentir em si a potência do Infinito, a possibilidade, o poder, a posse da realização.
Somos a gota de água no oceano da luz, gota que dele se alimenta e também dá sua contribuição a todas as outras gotas que o formam. Somos a gota de luz no oceano da Luz Maior. Por isso, somos Luz.
Saibamos viver na Luz, para a Luz, para assim vivermos de Luz. Todo o tempo. Sempre. A maior ou menor absorção e conseqüente troca depende somente de nossa sintonia e conscientização. Fez-se a Luz. Que se faça novamente e sempre a Luz, todos os dias, em todos os ciclos. E em todos os momentos de nossa existência.
Esta é a verdadeira sabedoria, a comunhão maior.
Texto revisado por Cris
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