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VIVENDO UM DIA DE CADA VEZ parte 2

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Autor Lucya Vervloet

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 5/31/2010 11:57:45 AM


Neste dia foco a atençao na vacuidade dos fenômenos, procurando percebê-los com uma lógica diferente, uma lógica transcendente.  Para ser sincera nunca percebi o que meus olhos viam como realidade última, também nunca fui blasé, pelo contrário, uma de minhas crenças era a de que sem emoção não há sentido no viver.  Bom, até então quando a vida transcorre sem grandes obstáculos à realização de nossos desejos, até os ditos mais sinceros, o do coração, fica fácil se acomodar, principalmente quando ainda desconhecemos um grande fracasso e temos mais energia que desafios.  No entanto, às vezes a coisa pode se complicar, ou seja, seguindo este mesmo raciocínio e não tendo forças para atender à voz da intuição devido ao forte apelo emocional uma vez instalado por quatro décadas, daí podemos sofrer um grande réves.

Há muito li em um livrinho de bolso que sempre me acompanhava na época em que vivia na maravilhosa Floripa, que a vida pode ser vivida progressivamente, mas entendida apenas retrospectivamente (não tínhamos a lembrança do aqui/agora).  E é bem isso que uma grande crise vem me proporcionando desde então. Crenças à parte, o que atualmente me interessa é ver, obter através da observação da repetição de padrões, uma forma de renunciar ao domínio da minha mente.  Não quero acreditar ou lembrar-me de que me fiz refém, como naquela estória do rei que sabendo por um vidente de que cairia uma chuva que envenenaria a todos, resolveu guardar água pura para si, mas no final se viu obrigado a beber da própria água envenenada, pois todos seus súditos já estavam enlouquecidos!  Este continua a ser um processo de grande parte da humanidade, que nasce mais para o saudável, para a pureza e para adequar-se, para sobreviver materialmente, acaba tentando se conformar ao sistema louco.

No budismo, aprendemos que todas as emoções causam dor, até mesmo as positivas, portanto tenho evitado deixar o controle com elas como outrora e procuro perceber a formação da onda emocional no início e deixá-la passar antes que continue a devastar meu ser.  Não se trata mais de tentar distrair minha mente com pensamentos positivos ou agradar-me com algo que tenha me seduzido ou com uma bela e boa sensação física. Emoções como a culpa, a cobrança por ter perdido oportunidades e tempo de evoluir e sofrer menos no presente, a raiva e a frustração de não ter realizado um sonho por longos anos acalentado, o arrependimento por ter sido leviano no setor financeiro, desapegado dos grandes amores e romances, tudo isso "desce pelo ralo", desaparece como as nuvens num dia de céu claro quando podemos perceber que tudo passa, ou seja que todos estes fenômenos não são dotados de realidade.  Podemos começar a mudar a nossa lógica com o entendimento intelectual e com algum treino, um dia poderemos nos dar conta de que uma nova percepção da realidade já está instalada em nós e que apesar de ainda não termos deixado de sofrer ou sentir prazer, ao menos podemos escolher o que sentir. Com mais algum treino persistente e alguma determinação poderemos compreender na íntegra e genuinamente as palavras e ensinamentos do senhor Buda sobre quão irreal, impermanente e transitória é a nossa vida.

O caminho é longo, mas percebo que muita energia já foi gerada num curto espaço de tempo que tenho me dedicado aos textos budistas, algum tempo com a meditação diária e a contemplação dos lugares bonitos que tenho tido a oportunidade de apreciar.  Apesar de ainda não conseguir sentir o coração leve e a mente tranquila, consigo entregar à inteligência cósmica o poder de regenerar minha vida e aos poucos ir voltanto ao ser original que sei que Sou, e mais, que nunca deixei de ser. Termos a consciência de que Buda, a perfeição, existe em todos os seres viventes e sencientes e que todos estamos magnetizados pelo Amor Universal pode nos trazer mais confiança e energia para a lida do dia a dia.  Pego-me cantando e até rindo de situações que há bem pouco tempo franziam minha testa e me entristeciam, quando não me deixavam com aquela sensação de impotência. Como cada um sabe de si, posso bem celebrar este fato e apesar de não desconectar-me inteiramente do social, voltar a saber que nada de mais ser uma ermitã, que eu posso me bastar se não mais deixar que encoragem meu ego para as conquistas exteriores e seus apegos, e dedicar-me mais ao ainda complexo entendimento de que qualquer coisa, situação, humano ou animal, somos todos seres compostos, portanto não dotados de existência verdadeira.

Continua

Na paz

Lucya




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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Lucya Vervloet   
Astrologia (básico na Regulus/SP) e autodidata. Participei de workshops de Runas, Tarot místico/terapêutico com Veet Pramad. Estudei Numerologia e quirologia. Iniciei-me na energia Reiki. Estudei 12 meses do Curso de Psicanálise/ES. Com uma visão universalista da vida dediquei-me ao aprendizado de idiomas e culturas estrangeiras.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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