VIVENDO UM DIA DE CADA VEZ parte 4
Autor Lucya Vervloet
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 02/06/2010 12:30:25
A experiência direta da realidade seria a única via que temos na obtenção de certezas e segurança que tanto anseia nosso coração. Crenças, esperança e até mesmo a fé podem ajudar-nos até que cheguemos a um estágio de maior visão e compreensão dos fenômenos e de sua ausência de existência intrínseca. Considero até que pode me ter sido bastante prejudicial ter me agarrado a sonhos e ilusões, esperança e fé na repetição dos padrões de vitória como uma fuga da real, por outro lado, tenho procurado dar um maior esclarecimento e luz aos pensamentos, entendendo que este era o processo de amadurecimento mental necessário.
O desafio mais difícil que todos temos pela frente é quanto ao agarramento e falsa crença de que possuímos um "eu". À partir desta constatação na infância em que trocamos o "Joãozinho quer bolo", por "eu quero bolo", ou seja quando surge a autoconsciência, então tudo se transforma, perdemos a ingenuidade e começamos a exigir tudo o que o ego insatisfeito quer.
Em âmbito maior temos as guerras por dominação, território, bens e uma total incapacidade do ser humano ver além das fronteiras limitantes de sua mente e de sua nacionalidade. A Europa deu o primeiro passo no sentido de unir-se e fortalecer-se como uma só nação, foi uma experiência e uma visão do todo. Depois a América latina também, tentanto diminuir as distâncias entre os povos e formando o Mercosul. Não invalidando tais avanços, talvez é chegada a hora de rompermos com todas as fronteiras ilusórias entre nós e terminado o árduo trabalho, partirmos sem mais demora para a união com os seres de outros planetas e galáxias. Estamos todos no mesmo barco e somos todos um, apesar de ainda muito desconhecermos sobre os hábitos e lógica dos irmãos das estrelas.
Na experiência corporal e espiritual que presenciei relatada no artigo anterior, posso dizer que caso me encontre em condições semelhantes ela poderá se repetir e busco por isso ainda sem sucesso desde então. Tudo teve início quando fui passar em 2008 uma semana em um encontro espiritual em Campos do Jordão com a sensitiva australiana Jasmuheen, carinhosamente chamada Jas. Uma mulher de seus 50 anos, cabelos curtíssimos e louros, pele perfeita e de profundos e tranquilos olhos azuis. A Jas aos 15 anos entrou em contato com yogues e passou a desenvolver sua busca pela libertação da roda de Samsara (morte e renascimento), estudou muito e desde então vem praticando exercícios e meditações e se aperfeiçoando para alcançar tal efeito.
Passamos 7 dias imersos na mais tranquila vivência que já me propus a participar. Foi perfeita a interação entre os buscadores, o pessoal do hotel e a Jas. Passávamos grande parte do dia e noite em jejum, apesar dos quitutes da cozinha do hotel serem de um aroma e arranjo irresistíveis! Resisti estoicamente, apenas beliscando alimentos mais leves e naturais, sentia-me purificada e pronta para o grande mergulho nas generosas energias cósmicas.
Tudo ajudava, o local era lindo, verdejante, no ar da manhã podíamos sentir a pureza e leveza do prana em uma altitude de quase 2.000 metros acima do nível do mar. A respiração tornava-se fácil e profunda e meus pulmões e corpo agradeciam. As meditações perfeitamente dirigidas pela suave voz da Jas auxiliavam na liberação de toxinas emocionais, bloqueios físicos e mentais. Diante deste quadro, lá pelo sétimo e útimo dia do encontro e na última meditação do dia, como de costume estávamos todos reunidos em uma grande sala, e de repente lado esquerdo do meu cérebro começou a vibrar com muita intensidade. Eram como que faíscas elétricas que rodopiavam em espiral, a sensação não era ruim, mas como tudo que é novo, assusta. Devido a grande confluência de energias harmoniosas do local e momento, lembro-me que consegui "segurar a onda" e relaxar, algo me dizia que alguma coisa nova em mim estava se processando. E não deu outra, algo se modificou em meu cérebro e não era mais eu quem respirava, não havia mais esforço semi consciente, vamos dizer assim, mas algo respirava por mim. Não estudei a fundo anatomia e tenho alguma noção de anatomia esotérica, portanto posso ficar apenas com a experiência e isso me basta.
Continuando a descrição, posso lembrar-me de que quando do final da meditação, uma chuva torrencial caiu sobre a sala de meditação, talvez simbolizando que a limpeza, pelo menos momentânea, estava concluída. Quando todos começavam a voltar de seus estados meditativos profundos, senti que o mudra que eu havia formado permanecia conectado sem a mínima intenção de desatar-se e com isso todo meu ser permanecia em silêncio, apenas observando os ruídos das pessoas se levantando das cadeiras, vozes e o som do final da chuva. Neste instante pude compreender, ter um vislumbre do que é a paz profunda.
A comunidade no Orkut para quem quiser visitar: Jasmuheen, que está "sem dono" porque eu não sabia que a mudança que fiz em minha página acarretaria tal coisa e a Jasmuheen II, a nova comunidade que formamos. Quem souber se há alguma possibilidade de reverter a situação, favor contactar-me através de email. Grata.
Continua...
Namastê
Avaliação: 5 | Votos: 4
Astrologia (básico na Regulus/SP) e autodidata. Participei de workshops de Runas, Tarot místico/terapêutico com Veet Pramad. Estudei Numerologia e quirologia. Iniciei-me na energia Reiki. Estudei 12 meses do Curso de Psicanálise/ES. Com uma visão universalista da vida dediquei-me ao aprendizado de idiomas e culturas estrangeiras. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |
