Viver com Sinceridade
Atualizado dia 8/10/2007 11:12:34 AM em Autoconhecimentopor Maria Cristina Tanajura
Acho que a maior dificuldade de viver no mundo, hoje, é esta. Não sabemos ao certo com quem nos relacionamos, pois de um modo geral, as pessoas representam pra nós um papel e nos dizem, muitas vezes, não o que pensam, mas o que acham que gostaríamos de ouvir.
Que teatro patético é este, que nos impede de conhecer a pessoa com quem estamos, que nos deixa inseguros, que nos deixa solitários mesmo quando estamos acompanhados?
Por que nos ensinaram a não chorar, a não sentir, a não falar a nossa verdade, a encarar o outro como um oponente e não como um colaborador -um ser igual a nós, com medos, inseguranças, necessidades, sonhos, desejos?
Acho que só há uma forma de tocarmos a pessoa com quem estamos. Abrindo-lhe o coração e assim, convidando-o a fazer o mesmo. Nada de muito estudado, controlado, medroso. Onde há medo, o amor não entra…
Ser quem se é deveria ser o caminho mais fácil de ser trilhado, mas percebo que está se tornando o mais difícil. Porque para tudo existem padrões de comportamento que nos aprisionam. E, novamente por medo, vamos nos ajustando a eles e vamos nos perdendo de nós mesmos. De tal forma, que precisamos reaprender, através de exercícios de meditação e outros, a nos reconhecermos... que coisa estranha!
E depois que partirmos para a nossa pátria espiritual, onde a linguagem não existe, mas a comunicação é feita pelo pensamento, como vai ser? Estaremos seguros, ao nos apresentarmos aos outros espíritos que vamos encontrar, ou ficaremos procurando nos esconder, como estávamos acostumados a fazer por aqui, no planeta? Esta idéia me ocorreu esta semana. Muitos dizem, com relação a alguém que desencarnou – pelo menos descansou! Descansou de que? Se a vida é eterna e nosso próprio espírito também? Continuaremos nossa caminhada, mas sem máscaras... sem figimentos, pois já não cabem na dimensão para a qual iremos. E aí?
Enfim, não há como a gente se esconder. É uma mera ilusão acreditar nisto. A dimensão espiritual convive com a material e estamos sendo sempre observados. Continuamente interagimos com irmãos desencarnados, mesmo que não queiramos acreditar nisso. E eles nos lêem os pensamentos e nos vêem energeticamente. Não há como mudar as cores da nossa aura; ela tem os tons de nossos sentimentos e pensamentos. Assim, fingindo, estaremos agindo como crianças imaturas, pois o número dos que nos vêem como realmente somos é muito grande.
O tempo urge, estamos num momento crucial de mudança e transformação na nossa casa planetária, em todos que nos rodeiam e principalmente em nós mesmos. Será que vale a pena desperdiçar minutos tão preciosos, representando personagens que confundem o nosso verdadeiro ser e nos afastam dos outros?
Mentir para quem, por que e com que finalidade?
A Verdade é irmã da Beleza, do Amor e da Paz!
Cada flor tem sua cor, sua textura, seu odor, seu tempo de vida, seu habitat e sua função. Sejamos flores vivas, cada um de nós um espécime único e que exala por todo o seu ser, o Deus que traz em si. Acho que assim estaremos em nós, conosco, cheios de Amor, cheios de Vida e certamente ocuparemos o lugar que é apenas nosso... sem lutas, sem invejas, sem tanto sofrimento. Apenas sendo...
Cristina
Texto revisado por: Cris
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Socióloga, terapeuta transpessoal. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |