Você é meu tipo preferido
Atualizado dia 4/5/2016 7:38:49 PM em Autoconhecimentopor Inês Bastos
O famoso Dr. Carl Gustav Jung, discípulo do também famoso Dr. Freud que explica tudo, ou pelo menos, explica bastante conforme sabemos hoje, escreveu a obra Tipos Psicológicos, em 1921, dando outra versão a Extroversão e Introversão, denominando assim de forma nova, nosso modo de agir, sentir e se manifestar. Parece que estamos meio atrasados…
Os Introvertidos dirigem sua atenção para dentro dos seres e circunstâncias, estão no reino das imagens e idéias, vivem para si e seu mundo interno. Estão dentro de si, são subjetivos ao ponto de tudo poder ser algo diferente a mais e no mundo imaginário deles tudo é possível. Estão sempre em busca de novidades antes de executar as tarefas a que já haviam se proposto, tentam aprimorar tudo, parece que querem a excelência, os acertos e a eficiência, daí realizam pouco, desejam mais, inventam e reinventam, sonham, planejam, ficam buscando idéias novas e melhores, precisam de tempo, solitude, concentração, desapego de inúmeras coisas e até do corpo físico, para serem eles mesmos e produzirem mais em suas mentes criativas.
Estes são os idealizadores de tudo que vemos no mundo.
“- Se os Extrovertidos estão realizando aquilo que planejei antes, então vou mais à frente, criar algo inédito para depois acontecer no mundo”, diria o Introvertido.
Introvertidos são os inventores, pensadores, criadores de um mundo novo e todos aqueles que buscam tirar de dentro do ser humano, a forma de evolução que ele julga necessário hoje… não, espere, teve novas idéias…fica para amanhã.
Quando negativados, buscam pela tentativa do controle da situação através da perfeição, excesso de planejamento, reavaliação que leva a não ação, estagnação, os sonhos impossíveis e fantasias de algo mais novo e eficiente. Mas, deixam para depois, postergam. Podem se sentir frustrados, empurrados pelo mundo extrovertido, cansados, constrangidos em sua maneira de ser, até inúteis, pesados, ineficazes e ineficientes como ser. Travam, se deprimem, se perdem facilmente em mais idéias.
Os Extrovertidos dirigem sua atenção para fora, para o mundo, os acontecimentos, para a ação, o fazer energético, dão importância ao outro e aos objetos, se conectam antes de tudo com o externo, com as pessoas e atividades, gostam de realizar, participar, pertencer, atuar, agir. Estão no reino das ações, vivem para fora e seu mundo externo, estão sempre ocupados com o lá fora, são objetivos e no mundo real deles tudo é possível, então estão sempre em busca de fazer coisas antes de pensar e ponderar sobre as tarefas. Assim, parece que são eficientes, daí realizam muito, desejam mais, buscam e se envolvem, correm para fazer, ficam buscando coisas novas e melhores, precisam de ação, gente, coisas, se apegam a inúmeras atividades e incluem até do corpo físico com energia nas ações, para serem eles mesmos e produzirem mais com suas atitudes.
Os Extrovertidos são os realizadores de tudo que vemos no mundo.
São os construtores, materializadores de um mundo novo e todos aqueles que buscam trazer para fora os ideais do ser humano, a forma de evolução que ele julga necessário hoje, rapidamente, sem pensar muito!
“- Se os Introvertidos estão idealizando aquilo que realizarei depois, então vou correndo fazer algo acontecer no mundo agora”, diria o Extrovertido.
Quando no negativo, buscam obter tudo da situação a qualquer preço, sem planejamento, sem avaliação, supervalorizam a ação mesmo que impensadas, os leva a ação sem valor, erros, arrependimentos por algo mais eficiente que não conseguiu realizar. Podem se sentir frustrados, puxados pelo mundo, cansados pelos excessos de ação, cansados pela falta de colaboração dos outros que aos olhos dele são parados (Introvertidos) e não fazem nada. Por vezes se sentem constrangidos em sua maneira de ser, ou arrogantes, até inúteis porque nem tudo funciona no tempo dele. Sentem-se ineficazes e ineficientes como ser. Se estressam e também se deprimem, se perdem facilmente em busca de afazeres. Estas duas formas de ser não conseguem se manifestar em um mesmo momento.
Mas seria saudável observarmos que temos ambas em cada um de nós, sendo uma como a superfície de um lago e outra atuando como no fundo do mesmo lago. Por isto podemos notar que de um lugar desconhecido em nós, surge por vezes uma outra personalidade diferenciada, que foge a nossa normalidade para nos afetar em nossa naturalidade. É como sermos uma pessoa em casa e outra pessoa diferente que se manifesta no trabalho. Ao contrário do que poderíamos pensar agora, podemos ser ativos em casa e passivos no trabalho ou na vida social!
Sabermo-nos divididos pode nos fazer observar mais e desta forma nos equilibrarmos, inclusive deixando espaço para novas atitudes que com certeza irá positivar nossos relacionamentos e nosso cotidiano com pessoas diferentes de nós.
Resumindo, o Introvertido cria muito dentro da própria cabeça e acha difícil materializar e o Extrovertido realiza muito, muitas vezes sem pensar e depois pode se arrepender. Não há o mais importante, não há o melhor, mas sim, precisamos entender uns aos outros, contar com a colaboração silenciosa das inúmeras idéias dos introvertidos no mundo e reconhecer que os Extrovertidos materializam com energia o que foi proposto e chamamos de progresso.
Naturalmente a vida se encarrega de nos fazer conviver com o tipo inverso para podermos fazer os movimentos adequados.
Um tipo psicológico precisa do outro como engrenagens de uma máquina que deve ser bem entendida e cuidada para haver evolução.
Texto Revisado
Avaliação: 5 | Votos: 17
Visite o Site do autor e leia mais artigos.. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |
