Você é o seu único problema!
Atualizado dia 7/17/2024 9:57:23 PM em Autoconhecimentopor Paulo Tavarez
Vivemos em um mundo repleto de adversidades constantes, onde enfrentamos diariamente batalhas para alcançar segurança financeira, buscamos equilíbrio em sociedades cada vez mais fragmentadas e nos esforçamos para conquistar harmonia em nossos relacionamentos familiares e profissionais. Já não carregamos um fardo pesado o bastante? Por que nos perseguimos implacavelmente? Até quando seremos os nossos maiores inimigos?
Essas questões demandam uma dose considerável de autoconhecimento para serem respondidas, porque, na verdade, nós somos o único problema que passaremos a vida inteira enfrentando. Às vezes, buscamos as respostas no mundo ao nosso redor, mas não há nada de errado com o mundo ou as pessoas. O mundo é, na verdade, um reflexo de quem somos, uma projeção de nossa imaturidade emocional. Cada pessoa interpreta o mundo de forma única, vivendo em um ambiente que ela mesma construiu, lidando com suas próprias dificuldades emocionais e as programações desajustadas de sua mente. Cada um carrega consigo um "software" pessoal, frequentemente desatualizado. A dificuldade está em muitos resistirem à atualização desse programa, preferindo sofrer a abandonar valores e modelos que proporcionam uma sensação de segurança.
É hora de deixar de lado comandos antigos baseados em crenças arraigadas por muito tempo. Essa atitude só nos leva ao sofrimento, empurrando os problemas para debaixo do tapete, já que não possuímos recursos emocionais e cognitivos adequados para enfrentá-los. E a sujeira continuará lá embaixo até que tenhamos consciência disso, nos forçando a conviver em ressonância com o que escondemos ou recalcamos. Medos, anseios, preocupações, remorsos não desaparecerão simplesmente porque não desenvolvemos a estrutura emocional para encará-los. É necessário travar uma batalha interna, e a arma mais poderosa, um verdadeiro presente dos deuses, é o autoperdão!
Quem é esse juiz interno que está constantemente sussurrando em nossos ouvidos? Nada mais, nada menos que nós mesmos!
E quanto ao padre, pastor ou autoridade religiosa que nos sobrecarrega com culpas e remorsos? Vai dizer que você não sabe? Então, é hora de se conhecer melhor. Essa figura está dentro de nós, meu amigo.
Os complexos freudianos, junguianos, não passam de memórias carregadas de elementos afetivos que trazemos conosco – experiências que guardam resíduos de ódio, raiva, indignação, medo e assim por diante. Em termos mais simples, são personagens do nosso passado que ainda não foram embora, pois carregam combustíveis emocionais. Enquanto residirem em nosso inconsciente, nos influenciarão, quase sempre de maneira negativa.
Culpar obsessores espirituais é uma saída fácil, uma forma de evitar o enfrentamento do problema, um mecanismo de fuga que faz parte do vitimismo de cada um. "Oh, meu Deus, sou uma pobre alma sofrendo com influências espirituais". Acorda! Não tem espírito nenhum ao seu lado. Eles não são loucos! O problema é você. Os espíritos até têm medo de estar perto de você. Você poderia até fazer mal a eles, sua energia é altamente corrosiva. Se você já faz o trabalho pesado e sujo de se autodestruir, por que acha que eles perderiam tempo contigo? E espere aí... quer dizer que não existem obsessores? Claro que sim. Não podemos negar, mas eles vão ativar e potencializar os pontos fracos que você já possui, aqueles autoconceitos negativos que foram construídos de forma deliberada; que são simplesmente fruto da avaliação distorcida do seu próprio ser. Deus quis assim, permite que eles o atormentem, é uma forma de fazê-lo acordar, crescer e deixar de ser esse "coitadinho" que você insiste em preservar como o personagem sofrido do drama da própria existência (coitado literalmente é aquele que sofreu um coito).
Portanto, está na hora de assumir responsabilidades, é o momento de encarar a própria sombra, não adianta fugir. Lembre-se da canção da Pitty: "Onde quer que eu vá minha sombra está...". E ela estará lá mesmo, por muito tempo, até que você resolva iluminá-la.
Para fazer a jornada de volta, reconectar-se com a própria Essência, será preciso arrumar todas essas malas e, depois de organizá-las, simplesmente abandoná-las. É o princípio do desapego: "Aquilo que lhe serve de escândalo precisa ser extirpado". Acredite, o Reino de Deus, o Shangri-lá, a Casa do Pai, o Satori, o Nirvana, o Samadhi, enfim, qualquer que seja o nome que você queira dar à sua autorrealização, é um lugar que só poderá ser alcançado estando nu.
Espero que compreenda a necessidade de fazer as pazes consigo mesmo, aprovar-se, compreender-se, perdoar-se e permitir-se, até que consiga vestir as "vestes nupciais" adequadas para participar do Grande Banquete que o aguarda.
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Conteúdo desenvolvido por: Paulo Tavarez Conheça meu artigos: Terapeuta Holístico, Palestrante, Psicapômetra, Instrutor de Yoga, Pesquisador, escritor, nada disso me define. Eu sou o que Eu sou! Whatsupp (só para mensagens): 11-94074-1972 E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |