Você já se reconciliou com sua mãe?
Atualizado dia 22/05/2023 20:52:04 em Autoconhecimentopor Ana Carolina Reis
Independente se a mãe é boa ou ruim, se é suficientemente boa (ou não), todos nós só existimos porque alguém:
1. Escolheu nos ter (podia ter dado um jeito de ter nos tirado. Afinal, iríamos crescer em seu corpo...). Então, o primeiro SIM ela já nos deu ao escolher levar a gestação adiante.
2. Nos carregou em seu ventre por 9 meses (ou um pouco menos, se nascemos prematuros). Isso só quem já foi mãe entende o peso que é (o peso literal, gente!). Dá muita dor na lombar, nas costas, virilhas, pernas... Dificuldade para dormir, ansiedade, medo, preocupação, gastos financeiros, enjoo, azia, hemorróidas: os sintomas e desconfortos são diversos...
E essa pessoa (a mãe) aguentou tudo isso para levar a gestação adiante. Tem coisas boas? Claro que tem! Muitas! Mas estou focando nos desafios que cada mulher-mãe passou para nos ter porque o objetivo é nós fazer refletir um pouco sobre esse "trabalho invisível" que alguém teve para nos ter (todos nós viemos de uma mãe!).
3. Ela nos pariu! Seja da forma como conseguiu: cesária, parto normal, fórceps, com violência obstétrica (ou não), enfim... A dor do parto já foi classificada como a maior dor que um ser humano pode sentir (li isso em algum lugar, parece que é como se vários ossos se quebrassem ao mesmo tempo). A dor é relativa? Sim.
A mulher hoje pode tomar anestesia? Pode, mas mesmo assim, antes ela teve contrações e elas por si só já doem MUITO!! Lembro que cada contração que tive parecia uma facada entrando e girando lá dentro (foi a minha sensação)...
4. Essa mulher-mãe é antes de tudo uma mulher (como já fiz questão de frisar) com suas dores, suas histórias, suas lealdades... O quanto ela conseguiu nos cuidar a partir do nosso nascimento já é outra história... Aliás, você já pensou na história da sua mãe e o quanto ela recebeu? Só podemos dar o que temos, fato.
O nascer foi o nosso verdadeiro presente dado por ela (por todos esses SIMs) que recebemos desde a nossa concepção.
Depois disso, cada alma traz em si seus processos kármicos e sua bagagem de vida, para ser resgatada com todos os personagens que encontrar pela Terra, incluindo a nossa mãe! Essa pessoa que, antes de tudo, é um ser humano imperfeito, assim como eu e você.
Desidealizar a mãe é algo que todo adulto passa (ou deveria passar), desde que entra na adolescência e começa a enxergar essa pessoa real.
É um misto de potência e impotência. Mas é só vivendo e experienciando em si, a humanidade da nossa mãe, é que conseguimos seguir adiante - com força, coragem e vida! Pois a nossa vida começou ali, naquele útero. Viemos para a Terra, através desse portal, que foi a nossa primeira morada, nossa primeira casa-corpo.
Somos feitos, em parte, de seu material genético... É muito profunda a conexão. (Já pensaram sobre isso?)
Esse é o ponto principal da nossa jornada e reconhecimento como humanidade, com humildade.
O resto são apenas histórias... Expectativas frustradas (todos os ia: queria, desejaria, etc.), sensações de falta, abandono, rejeição, dor, perda, etc. Todo sentimento de crítica, julgamento, raiva do que foi ou que poderia ter sido... Enfim, as histórias são inúmeras!
Que possamos, verdadeiramente, nos despedir das histórias: com amor e concordância com tudo que foi e é. Liberar e fazer as pazes com a realidade. Agradecer nosso melhor presente: a Vida!
E fazer algo bom com ela...
Que assim seja, amém!
Ana Carolina Reis
@aurorapachamama
www.espacopachamama.com
Texto Revisado
Avaliação: 4 | Votos: 14
Conteúdo desenvolvido por: Ana Carolina Reis Responsável pelo Espaço Aurora Pachamama. Terapeuta Integrativa, há 20 anos (CRTH-BR 6400 ABRATH), com formação em Psicologia, pela UFSCPA. Mestre em Seichim e Reiki (diversos sistemas). Cristaloterapeuta pela "The Crystal Academy of Advanced Healing Arts". Autora dos livros: "Xô, depressão!" e "A Sabedoria dos Cristais". E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |