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Você quer ser feliz ou bem aventurado/a? Parte 3

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Autor Lucya Vervloet

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 08/06/2010 13:26:44


OS ENSINAMENTOS DE BUDA SOBRE AS BEM-AVENTURANÇAS

Bem-aventurados os que sabem e cujo conhecimento é livre de ilusões e superstições.

Bem-aventurados os que dizem que sabem, de maneira bondosa, franca e verdadeira
.
Bem-aventurados aqueles cuja conduta é tranqüila, honesta e pura
.
Bem-aventurados os que ganham a vida de maneira que não traga mal ou perigo a qualquer vivente.

Bem-aventurados os tranqüilos, que se despojam da má vontade, orgulho e falsa convicção, substituindo-os por amor, piedade e compreensão.

Bem-aventurados todos aqueles que dirijam os melhores esforços no sentido da preparação e domínio de si mesmos.

Bem-aventurados, além de todos os limites, quando por este meio, vos despojardes das limitações do egoísmo.

E bem-aventurados, finalmente, os que se extasiam em contemplar o que é profundo e verdadeiro sobre este mundo e nele a nossa vida. (Rodrigues, 1988, p.61)

Por termos o conhecimento intelectual sobre alguns assuntos depositamos toda a nossa confiança em algo que pode ser considerado apenas uma idéia, algo abstrato, hipóteses. Criamos contendas, polêmicas, discussões, inimizades, guerras. Como Hagen nos faz ver, os resultados naturais da crença num mero conhecimento conceitual gera medo, incômodo e confusão, ou seja, duhkha.

Isto significa que as nossas idéias e crenças são apenas fragmentos da Realidade, separados do Todo. A agitação em nossa mente provém do fato de que confiamos mais no que pensamos, no que concebemos e menos no que percebemos. No período da infância, quando ainda estamos em estado mental mais puro, podemos lembrar, eu pelo menos lembro-me bem, da tranquilidade que reinava em meu ser. E minha vida não era assim tão zen, vivia muito só, verdade, mas podia perceber o tumulto que me aguardava, um pouco pela alta sensibilidade e um pouco pelo que ouvia dos adultos, pais, mestres e vizinhos.

Por um lado para amortecer a profunda angústia de viver, pela percepção falsa ou verdadeira de que somos frágeis e estamos sós, pela sensação de abandono e a crença de que talvez não sejamos capazes de nos manter e proteger, precisamos em medida de urgência, criar um salvador, um Deus. Construir uma figura de autoridade torna-se fundamental para a própria sanidade da mente. Mesmo assim ainda posso recordar das vezes em que explodi por ter um medo violento dos fantasmas "criados" pelos seres bem intencionados em me resguardar dos perigos e horrores do mundo.

No encontro com lama Everest, na iniciação de tara vermelha, uma vertente feminina do budismo tibetano, numa tarde ensolarada e tranquila, ficamos reunidos para uma sessão de perguntas e respostas. Todo o medo das mentes podia ser percebido, cada um com seu bicho papão ainda à espreita, esperando o momento certo para nos pegar. O que aquietava o ambiente era a profunda harmonia mental da mestra que diante de cada questionamento sobre os noticiários sangrentos, as guerras, corrupção, etc, respondia com toda a convicção de quem estava vendo: "Pertence ao mundo ilusório da mente, meditem em seus corações e acalmem-se".

Como Hagen e outros monjes, lamas e gurus nos afirmam, é fato que mesmo agora já estamos iluminados. O que acontece é que encobrimos nossa experiência direta da Verdade com pensamentos - crenças, opiniões e idéias. Não é difícil de reconhecer que pelo fato de a mente medrosa (e com razão!), em sua ignorância, criar tantos obscurecimentos, estejamos sempre sentindo a dúvida diante de nossas experiências. Muito louco isso!

A origem de duhkha, nos explica o mestre mais uma vez, está na condição de que ao criarmos conceitos, vemos os aspectos do Todo em separado e distintos. Mas, a questão não é tão grave pelo fato de conceitualizarmos as coisas e sim por as tomarmos por Realidade. Ou seja, deixamo-nos pegar pela ilusão do eu e do não-eu. Até mesmo a iluminação, a bem aventurança, a perseguida liberdade da mente, disfarçada em mera felicidade, pode ser objeto de conceito, de divisão, algo distinto.

Uma outra visão, a qual Buda chamou de visão correta, não é um conceito ou uma crença. Simplesmente se trata de ver a Realidade tal como ela é, aqui e agora, a cada momento. Contar com a mera atenção, despida da consciência do que é, ANTES de surgir o pensamento conceitual. Confiar mais no que realmente experimentamos do que no que pensamos.

Eis o "pulo do gato" para a verdadeira libertação da mente, para todo o temor, angústia e dor que tanto sofrimento imputa a toda humanidade e em consequência aos animais. O verdadeiro conhecimento é "ver" desse modo, obtendo-se assim, a dissipação das dúvidas, incertezas e aflições. O que mais pode valer a pena?

Bem aventurados os PUROS DE CORAÇÃO!

Lucya







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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Lucya Vervloet   
Astrologia (básico na Regulus/SP) e autodidata. Participei de workshops de Runas, Tarot místico/terapêutico com Veet Pramad. Estudei Numerologia e quirologia. Iniciei-me na energia Reiki. Estudei 12 meses do Curso de Psicanálise/ES. Com uma visão universalista da vida dediquei-me ao aprendizado de idiomas e culturas estrangeiras.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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