Xamã Menino



Autor João Jarnaldo de Araújo
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 23/06/2010 15:44:13
Eu nasci Lá nos sertões
No cerrado das gerais
Vivi livre nas campinas
Nos grotões e nas colinas
Felicidade era demais
O trovão meu pai era
E a chuva quando vinha
Tão branquinha tão fininha.
Tinha alma era gente
Caricatura da vizinha
O vento assobiava
Os bichos sussurravam
O sabiá, as juritis.
Os pardais, os bentevis.
Meu contexto encantavam
A vida era um sonho
O sonho era a vida
Descobri o Deus menino
Providencia do destino
Neste encanto tão medonho
Cai no velho rio
Nadei ate a borda
Beleza de mi ração
"Quem olha pra fora sonha".
"E para dentro sempre acorda"
Debaixo do ingazeiro
Majestoso e tão fugaz
Ali pela primeira vez
Merecimento e enebriez
Visitei o mundo inteiro
Entrei no plano astral
Palpei o indecifrável
Que maravilha mento
No abraço do silencio
Bebi do conhecimento
Eu sou o menino jeca
Que nasceu Lá no cerrado
Ora, pois ora veja.
Esta calma sertaneja
Este jeito tão calado
Não tive literatura
Nem caderno com gravura
Mas tive a sabedoria
De viver com alegria
Neste mundo de amargura
Casca grossa e matreiro
Inocente e iletrado
Mas de decór e salteado
Contava maravilhado
O causo do lobo
Do lobo muito malvado.









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