YOGA E AYURVEDA
Atualizado dia 11/5/2007 8:53:14 PM em Autoconhecimentopor Centro Integrado de Ciências Ayurvedicas
Nos Yoga Sutras encontram-se atitudes a serem seguidas pelo praticante de Yoga, Yama e Niyama. Esses temas referem-se à ética e comportamentos a serem observados.
Quando falamos em Bahiranga estamos nos referindo aos aspetos externos como posturas, asanas, relaxamento da musculatura e estética. Mas ao falarmos de Antaranga estamos nos referindo aos aspetos internos, da mentalidade, da atitude interna, que é o objetivo real da prática.
Uma pessoa com distúrbios no Kapha Dosha, se bem orientada, pode se empenhar na execução de asanas e práticas para diminuir o agravamento desse Dosha; porém, o êxito será garantido se uma atitude interna for assumida com consciência.
O mesmo acontece se uma pessoa com o Dosha Pitta em desequilíbrio se ocupa no seu sâdhana, eficientemente, somente para logo se vangloriar dos seus “feitos”. É obvio que um trabalho interno “deve” acompanhar o trabalho externo e podemos afirmar que o trabalho interno terá mais efetividade do que o externo, pois a atitude interna terá efeitos mais duradouros do que a simples e externa postura, mesmo que perfeita em uma asana.
A atitude interna dentro de uma asana é muito especial, pois pode e fará toda diferença. Ambas, Bahiranga e Antaranga são importantes. Os aspetos externos das asanas são necessários para alcançar o fruto desejado como alongamento, alinhamento ou relaxamento, de maneira que o externo se influencia no trabalho, mas sem Antaranga Yoga, Bahiranga Yoga, a prática torna-se uma mera exibição.
No início o praticante inexperiente se fixará na estrutura externa do Yoga, isso é necessário para uma mudança de seus hábitos. Porém, com o aprofundamento da prática, essa atitude refletirá em uma atitude interna correta.
Inicialmente o aluno pode se sentir motivado e “até” comprar utensílios “necessários” para sua nova atividade física como roupas brancas de algodão e até uma esteira importada... isso poderá vir a ser necessário para ele mudar a sua rotina e até criar um compromisso com a prática e o professor deverá reconhecer esta fase inicial do candidato e estimulá-lo para que ele não desista logo no início. Porém, é sabido que depois de um tempo de empenho, os objetivos devem mudar, a prática deve levar o interessado para o caminho interno de Antaranga Yoga e, em última instância, levá-lo ao autoconhecimento, ao reconhecimento da sua individualidade, limites e facilidades, e até à real identidade além do corpo físico e à mente sutil, além dos Gunas e dos Doshas.
Como recomenda o Gita: “...que o yogui se livre das designações temporárias”.
Texto escrito pelo professor Keli Parayana Dasa. Monge desde a década de 70, realizou várias viagens à Índia com a finalidade de aprimorar seus conhecimentos em Hatha Yoga e Ayur Veda. Professor formado em Hatha Yoga pela Union Cordobesa de Yoga, Argentina (desde 2000); terapeuta formado em Ayur Veda pelo Centro de Estudos Védicos Nova Gokula, Pindamonhangaba SP (desde 2005). Desde o ano 2000 dedica-se, com exclusividade, à docência de Hatha Yoga e Ayur Veda.
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Texto revisado por Cris
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