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ZOZ - Mulheres que preferem ficar sozinhas

Atualizado dia 8/11/2024 1:31:04 AM em Autoconhecimento
por Margareth Maria Demarchi


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A mulher que não mantém relacionamento a dois, ou que não se mantém num relacionamento, quase sempre justifica a decisão em função da falta de compreensão da outra pessoa. O que normalmente acontece é que ela certamente vê essa outra pessoa como alguém que bloqueia a sua independência.[1]

Há dois fatores que de uma forma muito comum determinam o resultado dessa situação, o primeiro deles está relacionado à necessidade de viver de forma mais verdadeira com o outro, o segundo é a autossuficiência irracional, que quase sempre vem acompanhada de autoridade e incompreensão, e está sempre cheia das verdades da própria pessoa, o que a faz ignorar a interação com outras verdades que a cercam.

Isso implica em buscar para si o controle das situações, e como já vimos, querer controle, ou sempre querer o controle, é reflexo do sentimento de insegurança, pois, agir assim nada mais significa do que querer lidar somente com o que é previsível.

Para ajustar um ponto de partida comum, é preciso entender que “ficar sozinha” é uma opção, não é destino, e por mais estranho que possa parecer, é um objetivo, uma meta nunca revelada, embora possa ser mudada. Mas, não significa tampouco, uma pessoa que tenta se isolar de tudo o que a cerca, como se isso fosse possível na realidade. Afinal, ficar sozinha, só acontece porque existe alguma forma de conveniência.

Há um lado simples e de fácil concordância que é a sensação de que se tem o controle da situação e sobre as decisões tomadas, o poder servir sem ter que ser servida, o dar sem receber, pois, prevalece a responsabilidade para consigo mesma, ou seja, quase tudo aquilo que vem acompanhado de uma referência de liberdade e independência.

Mas se essa independência está condicionada a uma série de regras, então, ela significa outra forma de dependência. A dependência de situações escolhidas, nas quais não se negocia, não se flexibiliza, e portanto, depende sim de pessoas, mas de um tipo particular de pessoas, ou seja, aquelas que aceitam esta forma de relacionamento, o que pode ou não incluir o convívio de rotina.

Entretanto, existe uma regra fundamental. Quem quer que seja que tenha tomado a decisão de ficar sozinha, faz isso por que já teve algum relacionamento para usar como referência de sua decisão, não necessariamente um relacionamento vivido. Pode ter sido um relacionamento observado, ou mesmo algo dito por alguém, e que é assumido como uma verdade sobre o relacionamento, ou então o relacionamento desejado, com a pessoa desejada, nunca aconteceu ou foi interrompido. Essa regra cria a crença de que relacionamentos ideais não são possíveis.

Se nos voltarmos para as histórias da carochinha, entenderemos porque nesse caso, a Cinderela, a Branca de Neve, a Rapunzel, a Bela Adormecida, e as princesas dos bailes de debutantes provocavam tanta ilusão sobre um relacionamento perfeito, lógico que hoje o impacto dessas histórias já não é tão evidente, embora elas tenham sido substituídas por sereias azuis e rainhas do gelo.

O estado de independência é bom quando nele se exerce e se faz valer a vontade própria. É nele que se respeita a própria forma de ser, que se cuida de si mesma, e se percebe as qualidades que se tem, usando todo esse conjunto de fatores para se desenvolver e tornar concreto o amor próprio, no entanto, isso não exclui o relacionamento.

Uma mulher que decide ficar sozinha se torna extremamente exigente. Quanto mais o tempo passa, mais atuante ela fica na determinação da sua própria rotina, e com isso pode definir para si mesma que juntar-se a uma outra pessoa lhe causará desgaste e lhe tirará a liberdade.

O que pode ocorrer, é que uma mulher assim vive muito pouco, ou quase nada, o estado de liberdade. Se assim fosse, não teria essa preocupação em ser livre porque estaria vivendo essa liberdade.

O poder de liberdade está diretamente ligado à capacidade de cada um se entender, compreender e principalmente se respeitar em suas ideias e opiniões, se for assim, também irá respeitar as ideias e opiniões do outro.

Cada um de nós só pode saber muito bem a respeito de sua própria verdade. O poder de liberdade está com aqueles que não buscam a liberdade por que já estão vivendo a liberdade.

Vivam a liberdade e comecem a praticá-la em suas vidas, ou seja, poder falar sem constrangimento, soltar o corpo, aceitar o não do outro e se dar o direito de dizer não, perder o medo de errar e ganhar conhecimento, aprender sempre, estar na vida sem querer controlar e nem ser controlada.

Viver com a verdade do sentir.

Você deve se perguntar: Existe alguém assim?

Basta um pouco de compreensão sobre a sua verdade interna, para que tenha mais chance de acreditar e compreender o outro, e descobrir que a resposta é positiva – Sim, existe!

Para isso é preciso se desvencilhar da condição de descrença interna, que impede a melhor compreensão de si mesma. Pois, esse impedimento é que faz a pessoa utilizar o mecanismo de defesa para se proteger daquilo que a mente pode estar criando, com base em experiências passadas, da própria pessoa ou observadas pela pessoa.

Ninguém lhe tira a liberdade, só você mesma, pouco ou muito. Uma mulher nessa condição precisa pensar no que tem feito para caminhar com o poder de liberdade dentro de si. A falta do poder de liberdade é que faz com que muitas pessoas se comparem com outras, e em muitos casos se diminuam, pois, olham as diferenças ao invés de olhar as similaridades.

Ao mesmo tempo, ela deve se olhar como uma pessoa única e que tem algo a contribuir para esse mundo usando um talento especial.

Se este for o seu caso, o quanto você já está usando do seu talento?

O relacionamento com outra pessoa é um exercício de compreensão e respeito no qual se aprende o autoconhecimento, o diálogo, a negociação, e chegar a acordos comuns. Isso exige sensibilidade para não cair nas armadilhas dos conflitos.

Quando o conflito acontece, é por que falta o entendimento e aceitação dos pontos de discórdia que se tem em relação a si mesma. Não há compreensão de que esses pontos de discórdia são parte da imaginação e das ideias que usamos para sustentar uma posição, e sobretudo, que essas imagens e ideias, que resultaram de uma realidade criada, mas não vivida, estão prevalecendo sobre a própria experiência da vida, ou seja, a imaginação tem mais força que a realidade presente e alimenta controvérsias, dificultando a solução de problemas.

Mesmo querendo fugir de um relacionamento, por não querer ninguém no seu controle, olhe para a sua vida e perceba se realmente está sozinha e sem controle sobre ninguém.

O que ocorre é que você já pode estar se sentindo controlada de alguma forma e evita novas situações onde haja ainda mais controle. Lembre-se de que quem evita o controle é porque vive no controle.

Estar no controle, ou ser controlada é uma condição que você se coloca para obter atenção, portanto, a responsabilidade é sua, pelos efeitos e consequências dessa tomada de decisão, afinal é uma decisão, não é uma imposição que independe da vontade da pessoa.

Algumas vezes esse controle é uma defesa para que o relacionamento não dê certo. Internamente, rejeita-se a situação de estar junto com alguém e até de ser feliz. Isso ocorre por que se acha não merecedora de viver o amor com felicidade. Só você observando bem internamente é que poderá responder:

- O que lhe traz de bom estar sozinha? Por que isso é conveniente?

- O que lhe impede de estar com alguém que julga ser ideal?

- O que lhe impede de estar com alguém que pode não ser tão ideal?

Vale lembrar que alguém ideal não existe como pronto e acabado, mas que ganha existência ao longo de bom relacionamento e convivência com verdade e transparência. Como estamos falando de “mulheres que preferem ficar sozinhas” e buscamos entender o que as levam a essa decisão encontramos uma tendência muito forte e acentuada para isso em mulheres que se consideram acima das opiniões dos outros, perfeitas na maneira de agir e quase sempre certas na forma como conduzem suas vidas, então esta pode ser uma barreira muito forte para encontrar alguém com os mesmos padrões e com quem se possa conviver.

Se alguém entende que não existe para si um par perfeito, deve entender que ela própria não pode ser perfeita para formar um par com ninguém. Reflita e perceba o quanto essa situação se aplica caso considere que esteja vivendo um momento semelhante a esse.

Sabendo que quando alguém tem o desejo de liberdade é porque não se vê livre. Verifique se consegue manter essa liberdade através das relações com parentes, pai, mãe, irmão, filho, amigos.

Mais importante é se aceitar para aceitar o outro, isso ocorre quando percebemos o quanto dos defeitos dos outros também estão presentes em nós.

Analise seus sentimentos e perceba o quanto está aceitando o outro, seja ele quem for, e aplique flexibilidade, menos crítica, mais compreensão e sobretudo diálogo.

Avalie se tudo o que você espera da outra pessoa, ela também pode esperar de você, não com a sua perspectiva, mas sim, com a possível perspectiva que essa pessoa tem, afinal ela também é única.

É bom perceber que tudo que acreditamos ser difícil para nós pode ser difícil para os outros. Temos que praticar a arte de expor a verdade sem impor nem magoar o outro.

Pare de ser a julgadora de si, dos outros, e das situações, e comece a refletir assumindo que a vida é responsabilidade sua. A condição é você quem dá. Se agir dessa forma poderá compreender com clareza que não existe qualquer perda ou ganho em estar sozinha, a condição que você dá é a condição que você quer.

Caso esteja mais na “perda”, mude o comportamento e viva com intensidade a responsabilidade de se fazer uma mulher feliz.

Se você acredita estar em melhor condição do que as mulheres que mantêm relacionamento com alguém, atente que quando você está sozinha, vive mais para observar e avaliar por uma única razão: se defender de algo que está somente em sua mente, uma construção da imaginação.

Dessas avaliações, você sempre coleciona aquelas que irão reforçar as suas crenças para continuar sozinha. Como realmente saber sem viver a própria experiência? Onde está determinado que o resultado mal sucedido de outros relacionamentos será o resultado do seu relacionamento? Onde está registrado o que você entende por mal sucedido é realmente resultado das causas que a sua imaginação propõe? Porque você acredita ser verdade o único lado de uma história que lhe foi contada?
 

Mulheres que preferem ficar sozinhas: O peso da decisão

Como ficar sozinha é uma decisão, você tem que seguir na vida de forma a curtir a sua escolha, sem culpar ninguém, nem os meios de vida.

Se tomar uma decisão, mas viver divulgando falhas dos outros nos relacionamentos, faça uma ponderação e perceberá que essa não foi uma decisão para frente, mas sim uma rejeição do que ficou para trás.

A vida tem a ver com as nossas decisões e tudo depende da forma como interpretamos as experiências e como atuamos a partir delas.

Somos responsáveis pelo que cativamos. Pense! O seu par é uma escolha sua. Se tiver uma experiência ruim, pergunte-se:

- O que eu preciso entender e compreender com esse relacionamento?

Só poderá ter amor quando der amor. O amor é um sentimento intransferível e que pertence a você. O seu amor tem a intensidade e o valor que você sente, e ninguém pode medi-lo, mas o outro pode sentir essa intensidade e valor, e isso é o que faz a diferença em muitos relacionamentos.

É por esse motivo que as pessoas que ficam comparando o seu amor com o do outro não vivem para sentir o amor.

Sentir o amor implica em estar na sintonia da alma. Ao sintonizar a alma, a intensa criação da mente cessa de enviar imagens que podem provocar sensações negativas.

Observe; quais foram os valores necessários para você se deixar conquistar?

A resposta explica o que é necessário para você amar uma pessoa.
 
[1] Jiddu Krishinamurti, livro Liberte-se do passado, pag. 80, “A liberdade é um estado mental, não é estar livre de alguma coisa, porém um estado de liberdade”.

Texto retirado do Livro ZOZ - Mulheres Libertem sua Alma
Direitos autorais Margareth Maria Demarchi

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