A face da nova Medicina: Saúde, um desafio para você ser você mesmo.
Autor Elenice Domingos da Silva
Assunto Corpo e MenteAtualizado em 7/25/2015 12:49:06 PM
Estamos em plena revolução no tocante aos cuidados com a saúde. Com o advento da tecnologia moderna e com o desaparecimento do médico de família, a medicina despersonalizou-se. A busca por todo tipo de tratamento, vêm expressar um desejo interno de algo incompreensível, que afeta de alguma forma o nosso emocional.
A medicina tradicional chinesa (MTC) tem a visão de que cada um dos órgãos humanos desempenham papéis fundamentais ligados às emoções. Associar, a nossa medicina ocidental convencional, à milenar MTC, nos conduz a prática de uma medicina mais integral, uma ciência de ampla visão, que estuda os efeitos de fatores sociais e psicológicos sobre processos orgânicos do corpo e sobre o bem estar das pessoas, além do processo doença.
Acupuntura representa um dos pilares da MTC e, vêm complementar as lacunas da medicina convencional. Muitos dos pacientes que procuram ou são encaminhados por especialistas em saúde ao meu consultório, vêm com diagnóstico clássico de quadro de dor, específico de alguma patologia clínica. No entanto, no decorrer do processo de atendimento, se observa outras causas que contribuem ou são determinantes do quadro, com intensificação do mesmo, o qual, na maioria das vezes não é exatamente de causa puramente orgânica e sim, resultante de comprometimento emocional e comportamental.
As gerações nascidas na segunda metade do século XX atingiram o novo século com “marcas psicológicas” profundas resultantes de uma sociedade repressiva, cujas relações de amor, com raras exceções, foram vivenciadas de modo condicional através de exigências. Para ser amada, a criança teve que atender a estereótipos de conduta – um amor compensatório. Um rigor que afastou o ser humano da sua individualidade, soterrando a sua vocação, seus instintos, suas habilidades e até mesmo, imperfeições. O pior efeito dessa repressão social é a distância que se criou dos sentimentos. Escutar os sentimentos é cuidar e amar a si próprio, com mudanças de hábitos e atitudes. A pior consequência da falta de autonomia é medir o valor pessoal pela avaliação que as pessoas fazem de nós.
Nunca a humanidade mendigou tanta atenção e afeto. Uma crise de autodesvalor assola multidões e busca-se exaustivamente a felicidade. A felicidade é uma conquista interna e buscá-la no exterior é dar prosseguimento a uma procura recheada de decepções e dor.
O homem contemporâneo padece da doença do século, a depressão, uma intimação das leis da vida nos convocando a mudanças inadiáveis.
O ponto essencial é estabelecer um sentido a vida e desenvolver a habilidade de superar o sofrimento. A dor existe para incitar a inteligência na descoberta de soluções em nós mesmos. A grande lição nesse passo é descobrir as causas das aflições. O sentido da existência não está fora, mas dentro de nós.
A MTC encaixa-se perfeitamente em uma base estrutural, nos auxiliando a abertura, para essa nova face de descoberta, e transformação na busca interna, nos dando suporte para enfrentarmos os desafios que encontramos no caminho da nossa própria evolução.
Sempre é hora de dar o primeiro passo. “A maneira que se modifica a nossa visão da doença, modifica-se a nossa forma de tratá-la”.
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