A Outra Face da Separação
Atualizado dia 24/03/2010 15:03:45 em Corpo e Mentepor Adriana Aguiar Brotti
Quando questionamos o motivo da desunião, a resposta é geralmente o outro, o que merece nossa reflexão para avaliarmos até que ponto contribuimos ou não para o sucesso da nossa união.
Muitos casais optam pela separação, alegando que o amor acabou, o que nem sempre é verdade. Os “restos do amor” levados ao Judiciário muitas vezes advém de conflitos não tratados e, com o tempo, colocam fim ao projeto da vida a dois.
Todos nós somos capazes de previnir conflitos e mesmo que já estejam instalados na relação, podemos transformá-los em crescimento pessoal, restaurando o vínculo. Para evitarmos o afrouxamento dos laços conjugais, devemos ativar o nosso amor:
1. Estimulando o diálogo: infelizmente, muitas vezes durante uma conversa interrompemos o outro ou tiramos conclusões precipitadas. Para termos uma boa conversa com o nosso parceiro é preciso saber falar, expressando-se com gentileza, escolhendo local e momento adequados para tratarem determinados assuntos) e saber ouvir (com interesse e oferecendo atenção indivisa ao outro). Para qualquer tipo de conversa, é importante o “olho no olho”;
2. Buscando respostas (equilibrando amor e razão): evite intervenção de terceiros na relação; todas as respostas para os conflitos de um casal estão na própria relação. Muitas vezes é preciso desabafar, trocar idéias e, neste caso, opte por um profissional especializado ou por pessoas que realmente gostem e queiram o melhor “para o casal”. Sempre submeta as orientações e conselhos recebidos ao crivo de seu próprio coração. Somente você sabe o que o(a) faz feliz;
3. Partilhando nosso Eu com o Outro: As mulheres criam mais expectativas do que os homens, no entanto, a assertiva vale para ambos: ninguém é capaz de imaginar o que o outro quer ou espera de nós. Precisamos “falar”, informando ao outro sobre nossos sonhos/fantasias, projetos... Com essas informações é que criaremos um clima emocional mais favorável e estimularemos a criatividade de nosso parceiro;
4. Investindo na relação: devemos manter e ampliar os comportamentos positivos que adotávamos na época do namoro, como: cuidar de si mesmo (mente, corpo e espírito), transmitir nossos sentimentos ao outro; partilhar crenças e fazer pequenas renúncias.
Para contribuirmos para o sucesso da nossa relação, nosso amor deve ser ativo, com doses diárias de conquistas, de cumplicidade e alegria. A outra face da separação nos revela que existe a possibilidade de recuperarmos um amor em crise.
Que tal começarmos resgatando o que nos motivou a querer passar o resto de nossas vidas com nosso(a) parceiro(a)? Afinal, boas lembranças nos despertam para o que realmente importa e nos estimulará a repetirmos essas boas experiências com muito mais intensidade. Aposte nisso. Acredite no amor.
Texto revisado
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advogada, mediadora e pós-graduanda em Terapia Familiar E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Corpo e Mente clicando aqui. |