Astrologia, Homeopatia e Epilepsia
Atualizado dia 11/13/2016 6:57:56 PM em Corpo e Mentepor Mônica Schwarzwald
Similitudes e Sincronicidades: “Dize-me, é ou não permitido fazer com esta beberagem uma libação às divindades?
- Só sei, Sócrates, que trituramos a cicuta em quantidade suficiente para produzir seu efeito, nada mais. Entendo, disse Sócrates. Mas pelo menos há de ser permitido, e é mesmo um dever, dirigir aos deuses uma oração pelo bom êxito desta mudança de residência daqui para além. É esta minha prece; assim seja”. (Fédon, Platão).
Na forma de remédio homeopático, a Cicuta virosa torna-se fundamental para o tratamento de convulsões e epilepsia. Sua personalidade homeopática é representada por adultos que retornam à infância e fazem brincadeiras tolas e danças grotescas. Retornar à infância ou recuperar a “criança interior” pode simbolizar:a busca pela criatividade, pureza e inocência perdidas ou negadas a partir da maturidade;a rebeldia contra dogmas e comportamentos pré-estabelecidos pela normose institucional; ou,a fuga da realidade e do peso da responsabilidade da vida adulta.O foco deste remédio está no sistema nervoso. As convulsões e a epilepsia são descargas elétricas de um sistema sobrecarregado pelo acúmulo energético. De acordo com o pesquisador homeopata James Tyler Kent, “o sistema nervoso encontra-se em tal estado de irritabilidade que pressionar qualquer parte do corpo pode ser causa de uma convulsão.”
Pode-se concluir que a personalidade cicuta é sensível e tem dificuldades em expressar suas emoções mais arrebatadoras, acumulando na sua psique impulsos e atitudes reprimidos.Em decorrência desta hipersensibilidade e da fuga da realidade ou da vida adulta, a personalidade cicuta tende à misantropia chegando até ao mais profundo desprezo à humanidade. Não confia nas pessoas, pois está sempre de prontidão para defender-se contra uma possível agressão. Reconhecer que o problema não está na humanidade, mas nela mesmo, na sua sensibilidade que gera medo e falta de confiança nas pessoas à sua volta torna-se fundamental para a mudança do padrão de crenças e pensamentos do enfermo.O sistema nervoso é um dos modos representados arquetipicamente pelo planeta Mercúrio, regente de Gêmeos e Virgem, ambos signos racionais, energeticamente dedicados ao pensamento, à comunicação, à metodologia e à organização, ou seja, tudo o que depende do correto funcionamento analítico cerebral. É extremamente comum encontrar-se conflitos planetários com Mercúrio em mapas natais de quem sofre de epilepsia, especialmente aspectos tensos entre a Lua (emoções) e Mercúrio (pensamentos).
Todos os aspectos tensos e desafiadores que temos no nosso mapa natal são caminhos evolutivos. Ninguém se mexe quando a zona de conforto nos ilude com o eterno mar de rosas. Quando temos aspectos conflituosos com Mercúrio, precisamos elaborar mais os pensamentos, exonerar os condicionamentos e reciclar teorias que cristalizaram-se em dogmas. Existe uma infinita variedade de aspectos conflituosos possíveis a Mercúrio. Percebi na minha experiência como astróloga-terapeuta e na minha pesquisa que, os mais comuns em pessoas que sofrem ou sofreram de epilepsia são os seguintes:Lua com Mercúrio: são as emoções pressionando os pensamentos e vice-versa. Um dos sintomas da personalidade cicuta é a perda de memória e a confusão mental após uma convulsão. Neste aspecto, a repressão das emoções e da sensibilidade pessoal pode causar danos no sistema nervoso a ponto do indivíduo ter a descarga energética que é justamente um meio de equilibrar esta pressão interna. Aqueles que racionalizam muito e esquecem que possuem corpos sutis, especialmente o emocional, precisam reconhecer este conflito e extravasar esta energia de maneira plena. A vida sexual reprimida também é um fator que pode causar convulsões, uma vez que o orgasmo é a descarga dos chakras inferiores e conectados diretamente com nossas emoções e instintos;Netuno com Mercúrio: este é o aspecto mais difícil de ser trabalhado, pois Netuno, regente do signo de Peixes, favorece o escapismo e a ilusão quando em aspecto tenso a Mercúrio. O indivíduo se apega a pensamentos e certezas para fugir da realidade.
Muitas vezes é extremamente cético e racional, pois o “mundo invisível” é assustador demais, portanto negá-lo é muito eficaz até que o sistema nervoso acuse o desequilíbrio energético e remeta a consciência do indivíduo para este “mundo invisível”. De acordo com Rüdiger Dahlke, autor entre outros de “A Doença como Linguagem da Alma”, o indivíduo precisa “abrir-se para outros planos, especialmente aqueles que estão vedados à consciência de vigília normal”.Urano com Mercúrio: a tarefa principal deste aspecto é abrir a mente para conhecimentos ou conteúdos destituídos de preconceito e qualquer outra forma limitante que a mente dogmática utiliza. O indivíduo deve deixar fluir livremente os próprios pensamentos que, podem ser considerados revolucionários, diferentes, rebeldes ou, até mesmo, “loucos” para a maioria. Deve nutrir a imaginação e a criatividade como parte da sua natureza. As convulsões epilépticas neste caso têm origem no bloqueio desta mente livre e criativa, causando terremotos. Os terremotos podem ser considerados ataques epilépticos da Terra, segundo Dahlke, pois representam a descarga energética a partir do encontro entre duas placas tectônicas rígidas.
Também de acordo com Dahlke, os indianos consideram os ataque epilépticos uma manifestação do sagrado: “Sua consciência abandona o corpo, levando-os ao mesmo tempo desta realidade para uma outra, na qual eles não conseguem se orientar e da qual em geral não podem trazer nenhuma lembrança.” Em outras palavras e, de modo geral, o grande aprendizado da personalidade cicuta e do temperamento que enfoca a racionalidade e a mente em detrimento dos instintos e das emoções, é entrar em contato íntimo com o sutil, o “outro lado” e o mundo transcendente ou espiritual. Um grande exemplo de remissão é o caso do escritor Fyodor Dostoievsky (Lua em Gêmeos oposta a Mercúrio em Sagitário no seu Ascendente) que mergulhou a fundo com seu Sol em Escorpião em cada convulsão na busca do transcendente, do além, e tentou descrever os breves momentos que a antecede:“Há momentos, e eles duram apenas cinco ou seis segundos, nos quais se experimenta a existência de uma harmonia divina... A horrível clareza com que eles se revelam e o arrebatamento com que nos enche são assustadores. Se esse estado durasse mais que cinco ou seis segundos, a alma não o poderia suportar e teria de fugir. Nesses cinco segundos eu vivo toda uma vida humana, e por eles eu daria tudo, sem achar que estava pagando muito caro...”
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