Como você toma decisões?
Atualizado dia 13/03/2016 14:17:49 em Corpo e Mentepor Suellen Barone
De acordo com muitos especialistas (e alguns de nós diriam que por experiência própria), usar emoções para subsidiar uma decisão é uma estratégia de julgamento geralmente sensata. O ato de nos sintonizarmos com os nossos sentimentos toca numa vasta quantidade de regras de decisão que a mente reúne no subconsciente.
Os mais racionais podem até chiar. Mas, imagine-se tendo uma atitude racional. Lembre-se da última vez em que você disse que estava tomando uma decisão com base na razão. Pois o que a neurociência nos diz é que, na verdade, você usou (e muito!) as suas emoções para decidir. E que tudo que já viveu e experimentou sobre aquele assunto foi usado de modo a balizar o que era bom e o que era ruim para você naquele momento.
Em tempo: apenas 5% das nossas decisões baseiam-se na razão, enquanto os outros 95% baseiam-se na emoção. Isso porque a razão em si não consegue avaliar todos os elementos de um determinado problema. O que ela faz é reunir, organizar e trabalhar as sensações, os instintos, as memórias e todo tipo de informação que se tem a respeito de um tema para justificar a decisão. E isso não faz de todos nós seres equivocados e impulsivos.
Impulsividade, inclusive, como afirma a neurocientista brasileira Carla Tieppo, não significa que o indivíduo está tomando uma decisão 100% emocional. Quer dizer que ele não está é se dando o tempo adequado para processar todos os elementos relevantes para uma tomada de decisão mais rica.
A boa decisão, então, seria aquela que leva em conta todas as nossas emoções e todo o nosso conhecimento racional e teórico sobre o assunto, de forma a conseguirmos construir pesos adequados para a avaliação.
A neurociência, ao afirmar que a razão tem parcela mínima de responsabilidade nessa história, dá-nos uma dica valiosa sobre a importância de conhecermos melhor os nossos processos internos e, dentro disso, as nossas emoções e não apenas os nossos pensamentos. A razão é importantíssima, mas é a cereja do bolo.
E por que é essencial saber disso? Porque nos autoconhecermos é o primeiro passo para nos aprimorarmos como seres humanos. Segundo, porque é interessante compreendermos como funcionam e qual a importância das emoções na nossa vida. Assim, nos tornamos mais capazes de desenvolver a nossa inteligência emocional, que é a capacidade de reconhecer e saber lidar com as emoções.
Ou seja, somente conhecendo-as é que podemos gerenciá-las. E quando isso não acontece adequadamente é que surgem os problemas. Você já reparou como a maioria, senão todos os transtornos psiquiátricos e problemas de comportamento têm íntima relação com as emoções?
Então, devemos compreendê-las e não fugir delas, reprimi-las e relegá-las a vilãs, causadoras de problemas, desequilíbrios e mazelas. Pelo contrário! Só assim poderemos ser mais responsáveis por nossos atos e por nosso bem-estar. Nosso sistema emocional é uma ferramenta biológica fundamental para a sobrevivência de todos os animais, incluindo seres humanos, e ao logo dos anos elas também sofreram drásticas adaptações evolutivas, fundamentais para a nossa sobrevivência. Lembremos disso!
Por fim, como diria um autor desconhecido: “Saber ler suas emoções faz com que elas não tomem conta de você. Faz com que você as transforme em algo que pode ser manipulado pela razão”. É isso: razão e emoção trabalhando juntas em benefício de todos nós.
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Suellen Barone
Coach de Inteligência Emocional e Relacionamentos, especialista em Neurociências e jornalista
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