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E POR FALAR EM DEPRESSÃO...

Atualizado dia 8/30/2007 9:59:54 AM em Corpo e Mente
por Willes S. Geaquinto


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I


As estatísticas apontam que cada vez mais pessoas vivem depressivas e, segundo vários estudiosos do assunto, cada vez mais jovens são vítimas desse mal. Sofrer de depressão não é apenas sentir-se triste devido a algum problema ou insucesso. Isso seria simplificar ou banalizar a questão. Sofrer de depressão é não encontrar mais prazer em coisa alguma, é não ter energia para conseguir tomar decisões, é perder a esperança e tornar-se descrente de si próprio e de tudo.

A idéia de que “não haverá um amanhã” tem levado cerca de 15% dos depressivos a tentarem ou cometerem o suicídio. Esse número poderia ser diminuído se as pessoas envolvidas com alguém nesse estado levassem mais a sério o problema, ao invés de apelarem para o simplismo de que basta apenas tomar o remédio tal e pronto: a depressão sumiu! É notório que boa parte dos remédios utilizados para essa ocorrência atua como bloqueador ou estimulador da produção de hormônios cerebrais, um processo artificial de cura, visto que agem nos sintomas e não na causa. O mesmo também acontece na chamada “síndrome do pânico”, que eu prefiro denominar “transtorno do medo” e sobre o qual já escrevi.

Notem que não tenho a pretensão de desqualificar o uso de medicamentos nas crises mais agudas da depressão, até porque, em muitos casos, tem sido possível aliar com sucesso o tratamento medicamentoso com o processo terapêutico. Porém, o que acho significativo tornar claro é que para viabilizar uma possível “cura” da depressão ou a sua regulação, há que se buscar a verdadeira origem do distúrbio, o que poderá ser feito dentro de um processo psicoterapêutico, através da ajuda competente seja de psicólogos, psicoterapeutas, psicanalistas, terapeutas, etc.; um processo que traga a harmonização psíquica e consequentemente possibilite o equilíbrio químico dos sistemas nervoso e endócrino da pessoa.

Não se trata de estabelecer regra, mas tenho verificado que muitos transtornos depressivos estão ligados a perdas variadas, como a morte de um ente querido, a perda do emprego, o insucesso num relacionamento amoroso, o fracasso num concurso, a perda do controle sobre uma determinada situação, etc. Além dessas e de outras perdas, outros fatores como sentimentos de rejeição, frustração ou alguma ocorrência traumática vivenciada em algum momento da vida, também têm seu peso no desencadeamento da depressão atuando como pré-disposição para o seu surgimento.

Vale lembrar ainda que a depressão assim como outros desconfortos e dificuldades, podem ser uma oportunidade para o encontro de um novo sentido para a vida, além de favorecer o despertar de uma nova pessoa, mais criativa, autêntica e íntegra, diferente daquela de antes da crise.

II



No texto acima falei que não só a depressão como também outros desconfortos emocionais podem servir como motivadores de mudanças infelizmente, chega um dia em que, por um motivo considerável ou não, “o corpo fala” e sinaliza com algum tipo de mal estar que vem à tona. E, então, por sentirem-se confusos e vulneráveis, tornam-se vítimas de opiniões não qualificadas, da automedicação ou de soluções milagrosas pouco recomendáveis, quando o importante seria, a princípio, indagarem a si mesmas: Porque estou me sentindo assim? O que estou fazendo com minha vida? Será que a forma como estou vivendo é a melhor para mim? Observem que não é propósito afirmar que as respostas a estas questões por si só resolveriam tudo, mas que poderiam estimular mudanças importantes sobre as causas das ocorrências desconfortáveis.

Falei também da banalização da depressão, mais especificamente do termo depressão. Isso porque muitos, por falta de conhecimento, confundem tristeza com depressão; fora aqueles que, por carência de atenção, vivem a anunciar aonde vão que estão deprimidos. Exemplificando, às vezes eu fico triste com algum acontecimento, como a guerra do Iraque, por exemplo, onde crianças pagam pela intolerância dos adultos, mas isso não é depressão. Na depressão a pessoa promove, mesmo que seja inconscientemente, a sua auto-anulação ou, de certo modo, perde a vontade de viver.

Não sou dado a ditar regras, mas recomendo às pessoas, depressivas ou não, certas práticas para melhorarem a qualidade de vida emocional; algumas podem funcionar como defesa tanto para a depressão quanto para a ansiedade, medos e outras ocorrências desconfortáveis:
• Procure ter sempre pensamentos positivos e confiantes. Não nascemos pessimistas, o aprendizado negativo pode ser desaprendido;
• Ao errar não se considere incompetente. Ninguém é perfeito e você pode permitir-se errar de vez em quando. O perfeccionismo é negativo. Seja flexível.
• Reconheça que você não é o único responsável por tudo. Seja apenas responsável pelos seus atos, suas escolhas;
• Lembre-se que tudo passa e o amanhã poderá ser diferente, bem melhor;
• Relaxe mais. Trabalhe, mas programe o seu tempo para ter momentos de descontração e lazer. Leia algo positivo e edificante.
• Ouça músicas que lhe acalmem o coração e os pensamentos;
• Procure ajuda de qualidade, alguém que seja capaz de avaliar a sua situação e bem orientá-lo. Reconheça que você não pode resolver tudo sozinho;
• Cuide da alimentação do seu corpo e do seu espírito;
• Lembre-se que a vida é preciosa demais e merece ser vivida integralmente, o que significa valorizar o positivo, sentir-se feliz e fazer os outros felizes.
• Acredite: o sentido da vida se resume no amor que você dedica a si próprio e aos outros.

Boa reflexão para você.

Texto revisado por Cris


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Conteúdo desenvolvido por: Willes S. Geaquinto   
Willes S. Geaquinto - Psicanalista,Psicoterapeuta, Consultor Motivacional. Trabalha com a Terapia do Renascimento promovendo o resgate da autoestima, o equilíbrio emocional e solução de transtornos, fobias,etc... Palestras e Cursos Motivacionais(relação de palestras no site). Contato: (35) 99917-6943 site: www.viverconsciente.com.b
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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