Hipotireoidismo ou Depressão?
Autor Aurora de Luz
Assunto Corpo e MenteAtualizado em 11/6/2009 11:05:22 AM
O hipotireoidismo é uma condição na qual a tireóide encontra-se hipoativa e a produção de hormônio tireoidiano é baixa. O hipotireoidismo muito grave é denominado mixedema. Na tireoidite de Hashimoto, a causa mais comum de hipotireoidismo, a tireóide freqüentemente encontra-se aumentada e o hipotireoidismo comumente manifesta-se anos mais tarde, pois as áreas funcionais da glândula são destruídas gradualmente. A segunda causa mais comum de hipotireoidismo é o tratamento do hipertireoidismo. Tanto o tratamento com iodo radioativo quanto a cirurgia tendem a produzir hipotireoidismo. A causa mais freqüente de hipotireoidismo em muitos dos países subdesenvolvidos é a carência crônica de iodo na dieta, a qual acarreta aumento de tamanho da tireóide e redução de sua atividade (hipotireoidismo bociogênico). No entanto, esta forma de hipotireoidismo desapareceu nos Estados Unidos desde que os fabricantes começaram a adicionar iodo ao sal de cozinha e desde que começaram a ser utilizados desinfetantes contendo iodo para esterilizar os ubres das vacas. Outras causas mais raras de hipotireoidismo incluem alguns distúrbios herdados, nos quais uma anomalia enzimática das células da tireóide impede que ela sintetize ou secrete uma quantidade suficiente de hormônio tireoidiano. Em outros distúrbios raros, o hipotálamo ou a hipófise não conseguem secretar uma quantidade suficiente do hormônio necessário para estimular a função tireoidiana.
SINTOMAS
A insuficiência de hormônio tireoidiano faz com que as funções orgânicas tornem-se mais lentas. Contrastando acentuadamente com o hipertireoidismo, OS SINTOMAS DO HIPOTIREOIDISMO SÃO SUTIS E GRADUAIS E PODEM SER CONFUNDIDOS COM OS DE UM QUADRO DE DEPRESSÃO. As expressões faciais são grosseiras, a voz é rouca e a fala é lenta, as pálpebras caem e os olhos e a face tornam-se inchados. Muitos indivíduos com hipotireoidismo ganham peso, tornam-se constipados e apresentam intolerância ao frio. Os cabelos tornam-se escassos, grossos e ressecados e a pele torna-se áspera, ressecada, descamativa e espessa. Muitos indivíduos apresentam a síndrome do túnel do carpo, a qual produz formigamento ou dor nas mãos. A freqüência de pulso pode diminuir, as palmas das mãos e as plantas dos pés podem apresentar uma discreta coloração laranja (carotenemia) e a parte lateral das sobrancelhas caem lentamente. ALGUNS INDIVÍDUOS, SOBRETUDO OS IDOSOS, PODEM APRESENTAR CONFUSÃO MENTAL, ESQUECIMENTO OU DEMÊNCIA, SINAIS QUE PODEM SER FACILMENTE CONFUNDIDOS COMO OS DA DOENÇA DE ALZHEIMER OU DE OUTRAS FORMAS DE DEMÊNCIA. Quando não tratado, o hipotireoidismo poderá acabar acarretando anemia, temperatura corpórea baixa e insuficiência cardíaca. Essa condição pode evoluir para a confusão mental, estupor e coma (coma mixedematoso), uma complicação potencialmente letal na qual a respiração torna-se lenta, o indivíduo apresenta convulsões e o fluxo sangüíneo cerebral diminui. O coma mixedematoso pode ser desencadeado pela exposição ao frio e também por uma infecção, um traumatismo e drogas que deprimem a função cerebral (p.ex., sedativos e tranqüilizantes).
TRATAMENTO
O hipotireoidismo é tratado pela reposição do hormônio tireoidiano deficiente, usando-se uma das várias preparações orais disponíveis. A forma preferida é o hormônio tireoidiano sintético, T4. Outra forma, a tireóide seca, é obtida de tireóides de animais. Geralmente, os médicos consideram a tireóide seca menos satisfatória devido à dificuldade para se ajustar a dose e porque os comprimidos possuem quantidades variáveis de T3. O tratamento de um indivíduo idoso é iniciado com pequenas doses de hormônio tireoidiano, pois uma dose muito alta pode produzir efeitos colaterais graves. A dose é aumentada gradualmente até a concentração sérica de hormônio estimulante da tireóide retornar ao normal. Normalmente, o indivíduo deverá utilizar o medicamento durante o resto da vida. Em emergências (p.ex., coma mixedematoso), o médico pode administra o hormônio tireoidiano através da via intravenosa.
Fonte:
https://www.msd-brazil.com/msdbrazil/patients/manual_Merck/mm_sec13_145.html
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