Integrando Psicologia e Acupuntura
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Autor Selma Pugliesi
Assunto Corpo e MenteAtualizado em 15/03/2009 10:57:25
Para os Chineses, o que ocorre na natureza, se manifesta nos seres humanos, seja em nível físico ou mental. No oriente, a dicotomia mente-corpo não faz o menor sentido, já que somos parte do cosmos.
Somos energia e espírito e a saúde, tanto física quanto emocional, também é influenciada por estes aspectos. Ela pode se manifestar no brilho do olhar, que é o espelho da energia espiritual; na graciosidade dos movimentos espontâneos; na aparência da pele, que reflete a energia e a vitalidade do indivíduo.
“A sabedoria está na simplicidade. É como descobrir no pingo da chuva o reflexo do sol que ali está a brilhar; fazer do escuro, o claro, na eterna dança das mutações”. (Lao-Tse)
Jung diz: “Os opostos se inclinam e se equilibram na mesma balança: sinal de alta cultura”. Será que estamos a caminho do equilíbrio?
Observa-se na prática clínica de Acupuntura que muitos casos de distúrbios fisiológicos não-tratáveis pela Medicina convencional, vêm acompanhados de queixas que têm na sua origem aspectos psicológicos do paciente. Isto demonstra que a abordagem ocidental de tratamento das doenças visa um aspecto unilateral, negligenciando o paciente enquanto indivíduo: o que deve ser tratado é o sintoma que o paciente apresenta e não o que o originou. Trata-se do organismo doente e não do indivíduo doente.
Parte dessa sintomatologia advem de uma cultura ocidental vigente onde as experiências emocionais-afetivas vividas pelos indivíduos são mascaradas e reprimidas. Cada vez mais os indivíduos tendem ao isolamento, inibindo a expressão espontânea de seus sentimentos e pensamentos. Somos corpo e emoção. Somos seres psicossomáticos. Para elucidar este paradigma observamos que o foco das pesquisas na área de saúde está direcionando seus estudos para a questão: “Como as emoções, pensamentos e sentimentos podem interferir em nossa saúde física, em nosso bem estar socio-psico-orgânico?” Um exemplo destes estudos é a tese de que a glândula TIMO, que vem do grego THÝMOS e significa “energia vital”, tem influência direta sobre a saúde do homem. Curiosamente, esta glândula localiza-se bem na direção do ponto de Acupuntura VC17 (Shanzhong), que é um ponto de reunião do QI (energia vital) na linha mediana do tórax, encostado ao coração, no chacra cardíaco, fonte energética de união e compaixão. A ciência tem demonstrado que: Mesmo encolhendo após a infância, o Timo continua totalmente ativo; é um dos pilares do sistema imunológico, junto com as glândulas adrenais e a espinha dorsal e está diretamente ligado aos sentidos, à consciência e à linguagem. Como uma central telefônica por onde passam todas as ligações, faz conexões para fora e para dentro do organismo. Se somos invadidos por micróbios ou toxinas, reage, produzindo células de defesa. Mas também é muito sensível a imagens, cores, luzes, cheiros, sabores, gestos, toques, sons, palavras, pensamentos. Amor e ódio o afetam profundamente. Idéias negativas têm mais poder sobre ele do que vírus ou bactérias. Já que não existem em forma concreta, o Timo fica tentando reagir e enfraquece, abrindo brechas para sintomas de baixa imunidade, como herpes, por exemplo. Em compensação, idéias positivas conseguem dele uma ativação geral em todos os poderes, lembrando a fé que remove montanhas". (HIRSCH, 1998 p. 26)
Desde a antiguidade, várias culturas têm pesquisado e postulado suas hipóteses e descobertas sobre a importância das emoções e das reações psicológicas como pilares de sustentação de uma boa saúde. Na visão chinesa, quem desejar preservar sua saúde deve aprender sobre suas reações psicológicas e como controlá-las: alegria, preocupação, raiva e medo são reações psicológicas. A pessoa sábia deve estar sempre satisfeita com seu quinhão durante o tempo de sua vã existência e não deve se doer por um mundo que não lhe pertence. Não se deve procurar por grandes luxos e deve-se estar sempre de bom humor e moderadamente alegre todo o tempo, porque essas características ajudam a aumentar o calor natural do corpo, digerir o alimento, eliminar o material supérfluo, fortalecer a visão e fortalecer o poder de raciocínio. Esse paradigma parece simplista demais para a visão ocidental, onde intermináveis longos anos de psicoterapia não são passaporte para a felicidade e o bem estar.
Infelizmente estas pesquisas têm se restringido mais ao campo da Medicina, em detrimento a uma amplitude multidisciplinar, que agregaria muito valor às formas de tratamento do paciente. Particularmente no campo da Psicologia integrada à Acupuntura as pesquisas ainda caminham lentamente. E justamente por essa razão, adentrando um pouco mais sobre a Medicina Tradicional Chinesa em paralelo à cosmovisão Chinesa, fica proposto aqui o início de uma investigação complementar, que seja uma ferramenta de apoio tanto para o terapeuta quanto para benefício do paciente.Integrar a Psicologia à Acupuntura é uma forma de conhecer aspectos não verbalizados pelo paciente, que envolvem o seu corpo energético e, especialmente, trazer à luz da consciência tendências de comportamento, situações de seu dia-a-dia e de sua vida dentro de um contexto mais abrangente. O trabalho de psicoterapia realizada em paralelo às sessões de Acupuntura (em alguns casos pode-se utilizar a massagem terapêutica) muito tem a acrescentar na qualidade de vida, no equilíbrio das emoções e na energia psicofísica do paciente.
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