MEUS HUMORES
Autor Margareth Maria Demarchi
Assunto Corpo e MenteAtualizado em 1/13/2014 10:16:42 PM
Segundos, minutos, horas, dias, semanas, meses, anos, décadas de existência. O tempo é simplesmente o tempo. O meu tempo como de qualquer pessoa é indivisível. Não houve, nem haverá. Tudo é como sempre esteve no agora.
Ás vezes se está tão feliz que nem se contem dentro de si mesma(o), porém esses instantes são afetados por um ou outro julgamento, que de repente se revela a partir de alguém. Faz se sentir frustrada(o) , magoada(o) e acaba deixando esse sentimento tomar conta de si.
Novo dia. Novo agora. Acorda. Sai animada(o). Chega ao seu destino e observa as pessoas em outro padrão de energia, logo se deixa influenciar, modifica a sua força e sai da alegria, fica(o) triste e às vezes até com raiva. Os segundos, os minutos e as horas vão passando, percebe que a cada momento novas situações se formam no seu estado de humor, mudando constantemente.
Alguém se aproxima, faz um elogio, se sente envolvida(o) por esse reconhecimento e tudo muda novamente, passa a ficar mais confiante e, enquanto se mantem nessa energia, está alegre e amorosa(o).
Assim acontece. A maneira como reaje, movimenta seus humores, humores que podem ser comparados com notas musicais de um piano, pela ação das mãos, cada tecla muda o tom para forte, fraco, lento, rápido, alegre, e ganha significados de melancolia, agitação, tensão, felicidade, entusiasmo, mas sempre com harmonia. Harmonia representada pelas alterações que fazem a melodia despertar emoções e sentimentos que alimentam os seus humores.
Em tempos antigos a teoria humoral era a pedra angular da medicina. Quatro são os humores: sanguíneo, fleumático, colérico e melancólico.
O sanguíneo é confiante, corajoso, amoroso, expansivo... O fleumático é calmo, disciplinado, flexível, lento, prudente, autocontrolado ... O Colérico é zangado, irascível, metódico, independente, auto-suficiente ... O melancólico é triste, depressivo, guloso, covarde... Estamos em constante transição de um tipo de humor para outro tipo. Para a saúde perfeita esses humores devem se manifestar apropriadamente, com consciência, e em equilíbrio. Se a teoria humoral era a pedra angular na medicina então, as doenças ou os males que afetam nosso corpo e nossa mente, tem origem no excesso ou na falta de um ou outro humor.
Mas isto não acontece magicamente, faz sim, parte de um processo. Entender a razão de se estar em um determinado humor de forma constante, saber as suas causas, ter condição ou buscar orientação para neutralizar os efeitos e conseguir conquistar aos poucos o estado equilibrado de saúde e bem estar físico e mental, exige reconhecer os porquês de seus humores e compreender de forma mais natural e sem envolvimento os humores de outras pessoas.
Essa tarefa exige uma boa dose de transparência e flexibilidade, principalmente para a forma como nos vemos e nos julgamos. Assim, pergunte:
- Desejo ser reconhecida pelos outros, mas sou reconhecida por mim mesmo?
Normalmente somos atingidos por julgamentos que os outros fazem ao nosso respeito, e que secretamente consideramos, e isso causa alterações nos nossos humores, pois não fosse assim, não seriamos atingidos, nem mudaríamos nosso humor.
A saúde existirá sempre que caminharmos dirigidos pela compreensão exata do que carregamos internamente, ao fazer isso, é comum percebemos que estamos carregando algo que não nos pertencem..
Sempre existe um anseio da alma em realizar o seu próprio sentido de amor e paz, aliada a vontade de fazer o melhor na vida. Pense nisso e caminhe pelos seus próprios anseios, respeitando os das demais pessoas, mas sem assumi-los como seus.
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