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Musicoterapia para Pacientes Autistas

Atualizado dia 23/08/2013 19:20:58 em Corpo e Mente
por Natália Migliari Ramalho


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Um Estudo de Caso (Autismo)

A musicoterapia aplicada em autistas tem dado resultados positivos. A música é a única ponte de comunicação possível para os portadores deste tipo de transtorno neurológico.
Nesses pacientes, a música não verbalizada é decodificada no hemisfério direito do cérebro (subjetivo e emotivo). Ela se move até o centro de respostas emotivas, localizado no hipotálamo, e passa para o córtex (responsável pelos estímulos motores e do intelecto).
Os sons verbais, no entanto, não "funcionam" dessa forma porque são registrados no hemisfério esquerdo, na região cortical (analítica e lógica diretamente do aparelho auditivo).
Em resumo, no autista, a música atinge em primeiro lugar a emoção para depois passar para reações físicas, como o batucar, por exemplo, nas pessoas normais. Dessa forma, o autista consegue interagir com o terapeuta.

E isso é possível ver neste estudo de caso abaixo:

Thiago tem 8 anos e desde o nascimento foi diagnosticado como autista. Apresentava déficit de atenção, pouca capacidade de articulação e dificuldade para expressar o pensamento e, às vezes, mostrava um pouco de agressividade.
O tempo de tratamento musicoterapêutico durou cerca de 6 meses. Um dos principais objetivos traçados para Thiago desde que iniciou o tratamento musicoterapêutico foi trabalhar o vínculo paciente-terapeuta, ajudá-lo a se expressar, a ampliar suas formas de comunicação, contextualizar suas atitudes e comportamentos, e estimular sua capacidade de interação.

Para tanto, foram utilizados instrumentos musicais, brincadeiras de roda e canções do universo infantil especificamente adequados para as necessidades do paciente, trabalhando a expressão e a produção vocal, o esquema corporal e a noção temporal.
Após todo esse tratamento musicoterapêutico, ele apresentou um ótimo desenvolvimento e seu comportamento foi sendo modificado, pois Thiago foi percebendo e entendendo a cada dia mais a função e o propósito dos objetos e instrumentos musicais, que lhe proporcionaram novas possibilidades de expressão.

Para mim a experiência que tive com este paciente foi muito gratificante e maravilhosa, pois Thiago, durante as sessões, era participativo, interessado, carinhoso, amoroso e expressou muitos potenciais a serem desenvolvidos. A cada sessão da qual participava, ele me surpreendia pelos resultados alcançados, que o levaram a se expressar das mais diversas formas com o mundo ao seu redor.




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Conteúdo desenvolvido por: Natália Migliari Ramalho   
Musicoterapeuta, com Graduação e Pós-Graduação em musicoterapia pela FMU. Desde 2006 estudando o efeito da música nas pessoas e trabalhando individualmente ou em grupo com pessoas de todas as idades e em qualquer condição física, mental ou social. Cel. (11) 98271-0778
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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