O QUE TANTO TE AFLIGE?
Autor Adriana Mangabeira
Assunto Corpo e MenteAtualizado em 28/09/2010 23:28:26
A comparação é uma chave para a conclusão do fracasso.
Estamos sempre comparando pessoas, situações, resultados, expectativas...
O que não entendemos é que cada ser é único e a comparação é o sinal de não percepção dessa condição tão especial.
Fomos criados à imagem e perfeição divina, fomos criados com a centelha divina dentro de nós, fomos criados como criadores.
Somos capazes de criar nossa realidade, nossos pensamentos e nossos sentimentos.
Somos capazes de criar atmosferas, somos capazes de levar amor onde só há dor e colher sorrisos de quem tem dores muito mais profundas do que as que já imaginamos sentir.
Somos capazes do privilégio de escolher e construir, reavaliar e modificar e, mesmo assim, esperamos fora uma perfeição que está dentro.
Dentro de nós residem amor, compaixão, alegria, talentos, brilho, mas insistimos em não reconhecer o quanto somos perfeitos, grandiosos. Preferimos entregar nas mãos de outrem nossos sorrisos, nosso sentimento de acolhimento.
Mas quando ousamos ser aquilo que desejamos no outro, quando ousamos doar aquilo que estamos esperando receber, não conseguimos nem saber como é a experiência de doar, porque a alegria imensa de receber a substitui imediatamente, tamanho o nosso poder de transformação.
Quando deixamos de olhar para nossas misérias, quando somos gratos por tudo que recebemos, quando reconhecemos nosso automerecimento nas bênçãos de nossas vidas, quando saímos da inércia para o movimento do amor pelo amor simplesmente, encontramos dentro de nós tudo aquilo que estávamos esperando. Encontramos e é tanto, tanto, que temos que compartilhar.
A transformação que começamos a fazer fora começa a acontecer dentro e você nem lembra mesmo como se sentia antes. A transformação que aconteceu dentro, dá à você muito mais para compartilhar fora, transformando tudo em amor, em todo o seu caminho.
O que tanto te aflige? O que você pensa não ter? O que você lamenta não ter recebido?
Não guarde tanto amor e brilho só para si. É esse excesso de amor que entope seu peito e te dá um nó na garganta, não é a falta. Não mesmo!
Adriana Mangabeira
06/09/09
"A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade". Carlos Drummond de Andrade
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