Paixão ou Medo? Pergunte ao corpo!
Atualizado dia 05/08/2022 00:45:50 em Corpo e Mentepor Nina Coutinho
O psicólogo Stanley Schachter, ainda nos anos de 1960, já nos alertava para o fato de que podemos errar ao nomear o que realmente estamos sentindo.
Às vezes, ocorre o que Schachter chama de “atribuição errônea da excitação" a depender da pessoa com a qual experimentamos esses estados e o que ela representa naquele momento em nossas vidas.
Assim, é o contexto que determina a natureza do rótulo que damos ao que estamos sentindo, sendo então, necessário elaborar cognitivamente as sensações corporais e sentimentos. Isso por si só já ajuda muito, mas, a chave para a resolução de um possível conflito pode residir em trazer para o corpo a atenção e se permitir experimentar o que se sente sem julgamentos e assim é possível elaborar essa experiência.
Essa informação nos liberta emocionalmente na medida em que nos convida a experimentar a sensação e vincular a mesma à realidade objetiva sem julgamentos ou repressões do que sentimos, apenas movidos pelo desejo de autoconhecimento e a possibilidade de seguirmos livres.
Para além de intrincadas experiências transferenciais, podemos apenas descobrir que estar diante de uma autoridade, numa relação de verticalidade ou diante de alguém que admiramos, já dispara emoções conflituosas que podem gerar uma falsa afeição e atração.
Para manejar isso é bom reconhecer o que ocorre no corpo e nas relações com as quais estamos lidando, interpretando e acolhendo as experiências emocionais. Para isso uma ajuda profissional pode ser bem-vinda.
É muito importante observar as sensações corporais que percebemos a partir das nossas interações, sem julgamentos!
Numa sessão de Focalização, metodologia criada por Eugene Gendlin, o que fazemos?
Sugerimos ao cliente que se permita sentir o que ele sente, localizando a sensação corporal vinculada ao tema que ele traz.
Logo podemos acessar uma palavra ou imagem que podem revelar o que parece ser a fonte original daquela experiência.
O que ocorre então é bem interessante: fazemos companhia ao que o corpo nos traz, acolhemos sem brigar ou tentar exorcizar o que sentimos.
O alívio que experimentamos é resultado da entrega ao processo e libera cargas pesadas que muitas vezes já se transformaram em dores crônicas e limitações.
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