Por que não consigo emagrecer?
Atualizado dia 24/04/2014 16:22:23 em Corpo e Mentepor Keli Soares
Qual o significado da gordura em minha vida?
Eu sei a diferença entre a fome física e a fome emocional?
Como para nutrir meu corpo ou para suprir o vazio emocional que não compreendo totalmente?
O que preciso saber, ver, ouvir, sentir e fazer para resolver a questão do peso definitivamente?
O corpo armazena gordura e cria um isolamento mais forte entre o mundo interno e o externo. Do ponto de vista emocional, esta metáfora do corpo pode indicar que inconscientemente busco me isolar, esconder alguma emoção que não quero entrar em contato. Talvez eu acumule pensamentos, sentimentos, coisas e meu corpo faça o mesmo acumulando gorduras.
O que, no nível mental e emocional, você vem acumulando e não tem se permitido soltar? Desapegar? Desprender?
A gordura do ponto de vista positivo é nosso combustível, é necessária para a manutenção da vida, mas em excesso tem efeito contrário.
A gordura pode mostrar uma dificuldade em me expor com palavras, atitudes e gestos, que me sinto limitado de alguma maneira e meu corpo se expande tentando resolver este conflito. Pode ser que eu tenha dificuldades em lidar com as minhas emoções e expressá-las, tenho medo de ser criticado, exposto e ferido e a possibilidade de ficar vulnerável seja assustadora, então, eu acumulo tudo isto e isolo para que não tenha que ver ou entrar em contato com este conteúdo emocional. Eu fujo de um possível sofrimento e o vivencio na balança nesta eterna luta com dietas, exercícios, neste engorda e emagrece continuo.
O alimento físico, material representa o alimento emocional e me confundo entre o que é carência, ou seja, fome emocional e o que é fome física, necessidade nutricional. Confundo-me, assim como minha mãe se confundia quando eu era bebê. Quando nossas mães ou responsáveis não sabiam porque estávamos chorando nos ofereciam o peito para mamar ou uma mamadeira com leite morninho. E assim nasceu a confusão entre o que é fome emocional e o que é fome física. Fosse qual fosse nosso desconforto, o leite nos dava temporariamente uma sensação de necessidade saciada, de aconchego, mesmo que logo em seguida o desconforto voltasse, caso fosse uma cólica, uma dor de ouvido ou outra coisa qualquer. E é possível que hoje eu busque no alimento o conforto emocional que necessito.
O vazio que tentamos preencher com a comida pode vir também de um sentimento de abandono originado na infância, geralmente relacionado com a mãe, que era nossa ligação direta com o alimento e sobrevivência. A insegurança no nível afetivo leva meu corpo a tentar me ajudar acumulando energia para momentos de penúria ou de carência que podem vir a ocorrer. Se me sinto culpado por algo, pelo próprio sentimento de perda, de abandono, posso isolar este sentimento de mim mesmo com a gordura do corpo. Estas são possibilidades apenas, o que devemos realmente fazer é buscar dentro de nós os significados que farão sentido e nos ajudarão a ter a motivação necessária para cuidar de nós mesmos com muito amor. Engordar de uma certa maneira é perder a alegria de viver, de sentir a vida através das emoções, o ato de “isolamento” nos afasta dos sentimentos que queremos evitar, mas também daqueles que queremos sentir.
Permita-se entrar em contato e soltar as emoções, dê a ordem a si mesmo de deixar ir a necessidade de proteção, liberte-se destes sentimentos de abandono, de tristeza, de culpa etc.. Deixe o amor entrar e curá-lo. Aceite-se incondicionalmente. Não importa se você está com uns quilinhos ou uns quilões a mais, pare de se rejeitar. Sim, faça isto porque você tem valor, você é importante e merece usufruir da alegria de viver sem peso excessivo, sem carregar de um lado para o outro a “samanta”...
Só para descontrair, a “samanta” é esta manta de gordura que você leva no corpo. As pesquisas indicam que rir emagrece e é verdade porque quando entramos em contato com nossa alegria de viver, fazemos serotonina na medida exata, temos ânimo para nos movimentar saudavelmente, criamos pensamentos positivos que nos estimulam e incentivam, nos alimentamos ouvindo o que realmente o corpo necessita e somos capazes de aceitar, compreender e expressar nossas emoções. Somos capazes de nutrir a nós mesmos na medida exata da saúde!
Comer a metade.
Andar o dobro.
Rir o triplo!
E vamos juntos rumo a leveza do ser, a saúde do corpo e a alegria de ser e viver!
Abraços e meu sorriso!
Keli
Texto revisado
Avaliação: 5 | Votos: 52
Pós-graduada em Gestão de Pessoas; Graduada em Psicologia; Formação na Abordagem Ericksoniana, Abordagem Estratégica; PNL e Coaching. Psicoterapia, hipnoterapia, terapia breve. Analista de PI (Predictive Índex) – Arquitetura Humana – Brasil. Treinamento e consultoria na área de Gestão de Pessoas. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Corpo e Mente clicando aqui. |