Psicossociopatologia (A patologia coletiva)
Autor CARLOS MARTINS (NÚCLEO UNIVERSO DE TERAPIAS)
Assunto Corpo e MenteAtualizado em 10/5/2008 11:11:12 PM
Não participar da patologia coletiva é uma tarefa quase impossível, porém podemos aprender a trabalhar passivamente com ela até termos consciência absoluta da sua existência. Para isso é necessário que entendamos o processo involutivo em que a raça humana vem vivendo a milhões de anos.
Quando Adão e Eva viviam no paraíso, narra os escritos sagrados, que a partir do momento em que comeram do fruto do conhecimento do bem e do mal, passaram a ser responsáveis por suas escolhas através do livre arbítrio, e toda raça humana a partir daí, estaria herdando esse privilégio. O homem passou a conhecer o bem e o mal, o doce e o salgado, o bonito e o feio e com isso a inveja, a ganância, a competição pela posse da terra, dos animais, do alimento e das riquezas. Começaram as primeiras lutas, as primeiras guerras. O homem começa então a ver o seu semelhante como rival, a temê-lo e a combatê-lo, conhece a cobiça e a luxúria e sua mente cada vez mais se inclina para as fantasias, os prazeres materiais. Aos poucos foi perdendo a sua essência e tornando-se cada vez mais animalesco a ponto de deixar até mesmo a sua alma ser afetada, afastando-se de Deus ou se sentindo maior que êle (Teomania). Uma patologia coletiva, evolutiva e assintomática que afetou todo ser humano levando o homem a uma total inversão de todos os valores. O bom passou a ser visto como mal e o mal a ser valorizado e cultuado como bom.
Essa dialética invertida continua permeando as nossas vidas, sobretudo nos dias atuais.
Recebemos todos os dias e a todo instante, mensagens subliminares negativas através dos diversos meios de comunicação, de pessoas com quem convivemos em nosso dia a dia: trabalho, escola, em casa e na sociedade. Devido a sua ação assintomática, não percebemos que estamos sendo envolvidos por um vendaval de idéias errônias e destrutivas.
Quando somos gerados no ventre de nossa mãe, já começamos a receber mensagens do mundo exterior. Herdamos de nossos antepassados, conceitos invertidos e dogmáticos e através da psicogenética, doenças emocionais que acabam se somatizando, minando o nosso poder imunológico e tornado-nos seres vulneráveis a todo tipo de patologia.
Basta fazer uma análise do nosso comportamento do dia a dia para sentir o quanto somos colaboradores com a destruição dos bons costumes, da ética, da moral, e até mesmo do nosso planeta. Cada vez que acionamos o controle remoto de nossa tv e assistimos aos chamados “programetes” sem nenhum conteúdo e que de uma forma subliminar passam mensagens que afetam o crescimento, aniquilam a inteligência e distorcem a nossa personalidade, estamos sendo coniventes com a inversão de valores e colaborando para a nossa própria decadência.
Por um outro lado, somos seres em potenciais, criados para evoluir. Essencialmente fomos criados a imagem e a semelhança de Deus, e como tal, temos capacidade de superação, mas precisamos superar primeiramente a nossa própria limitação de seres em decadência e assumir definitivamente o nosso lugar no universo, entendermos o verdadeiro propósito da vida que nada mais é, senão a grande oportunidade de crescimento, auto-conhecimento e a busca da “VISÃO TRANSCENDENTAL DA ETERNIDADE.
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