Quem é o terapeuta?
Autor Simone P. Araujo
Assunto Corpo e MenteAtualizado em 23/07/2018 21:16:46
Quem é terapeuta?
Antes de qualquer coisa, ser terapeuta envolve muito respeito. Respeitar a pessoa que, por quaisquer que sejam os motivos, chegou até a consulta trazendo consigo uma diversidade de características pessoais, heranças de sua família ou culturais, uma bagagem de emoções, pensamentos e formas de viver; respeitar também o próprio processo terapêutico e seu tempo, respeitar limitações, quer venham de si mesmo ou da pessoa atendida.
Nos cursos de formação em terapias, normalmente em algum momento é abordada a importância da ética profissional. Mas o compromisso de atender alguém que traz suas dúvidas e conflitos para uma sessão abrange ainda outros pontos, tão relevantes quanto a ética. Um terapeuta se dedica, estuda, pesquisa, experimenta-se em terapia também, aprende com suas próprias questões, passa pelos caminhos da transformação. E essa transformação é contínua, permanente – o terapeuta cresce junto com o processo terapêutico do outro, ganha um aprendizado que vai se somar sim à sua experiência com os atendimentos, mas é também um convite constante para que desenvolva um olhar mais amplo sobre seus próprios processos e a vida.
Então, terapeutas tentam ajudar e também recebem ajuda. Submetem o outro ao processo terapêutico e também passam por um próprio processo, em ciclos. O olhar do terapeuta precisa ser amplo, alcançar um algo mais que não foi dito, com sensibilidade e cuidado. E ponderar, sempre. Onde aquela informação não dita vai ficar? Nessa gaveta chamada sensibilidade e cuidado, pra que seja consultada, se e quando necessário. O terapeuta se coloca disponível. Mantém uma atitute positiva mas reconhece e respeita limites, sejam pessoais ou de seu campo de atuação, ou da pessoa atendida.
Um terapeuta abraça uma causa, mas não pode esquecer de se abrir para receber um abraço.
Em muitas vezes são abordadas questões muito profundas, densas. Mas, existem também momentos de melhora, de recompor-se. Na minha opinião, é preciso lembrar de se ter bom humor, rir das coisas como costumávamos fazer, do que ficou para trás, poder olhar sem tanta exigência e saber que estamos aprendendo o tempo todo.
Além de atuar profissionalmente, utilizando os recursos e o conhecimento adquirido de forma ética e responsável, tratar de uma pessoa envolve estar ao lado dela, oferecer apoio, atenção, cuidado, tentar facilitar o processo da mudança entre um estado de conflito, de dor, para um estado de mais tranquilidade, lucidez. E tudo isso com um ingrediente essencial: amor, em tudo que se faz!
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Terapias integrativas e complementares: Regressão de memória, Constelações Familiares, Terapias corporais e visualização criativa E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Corpo e Mente clicando aqui. |
