Sofrimento por Conveniência – o Ignorar e o Saber

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Autor Marcelo Hindi

Assunto Corpo e Mente
Atualizado em 1/16/2012 8:06:10 AM


Consideremos o sujeito que experiencia a dor e o sofrimento psicológicos, e que no exato momento em que inicia todo o emaranhado emocional- aquele barulhão de pensamentos e sentimentos que colidem uns com os outros - , por conveniência aparenta desconhecer o que se passa com ele. Como se ignorasse totalmente a causa daquele sofrimento, que convenientemente é prefeível "esquecer" , pois é muito mais fácil sofrer do que assumir a responsabilidade de fazer algo que pode até mesmo evitar o sofrimento em questão.


Sei que soa estranhíssimo, mas ouso dizer que vivemos muitas vezes situações dessa natureza. Mais ou menos intensamente, mas que vivemos, ha sim, vivemos.


Um exemplo pode esclarecer o assunto facilmente: consideremos um casal que inicia uma discussão por divergir sobre algo, e o desacordo se intensifica até que já não faz mais sentido algum o motivo inicial, e ambos, emocionalmente alterados, passam a se combater, a argumentar, a defender opiniões, mesmo que estas não façam sentido. Um casal que se ama, por alguns momentos se percebem como adversários ferrenhos, e mesmo que uma vozinha lá no íntimo de cada um comunique "ei, não fale nada... o que você vai falar é desastroso, ofensivo", mostra-se muito mais fácil , digamos, por orgulho, ignorar aquela voz interior, aquela pausa em que os labios cerram e que ainda dá um tempo de calar. Então mostra-se conveniente falar, mesmo sabendo que é desastroso, do que calar, apesar do orgulho incomodar.


Eis o sofrimento por conveniência. Por conveniência o sujeito faz de conta que não se lembra do que precisa para preservar a harmonia emocional, o equilíbrio nas relações. Só que, naquela hora, tenha certeza absoluta que, se analisar a consciência, naquela hora sabe que está entrando em desequilíbrio e sabia que não deveria entrar, mas entrou. Se ao entrar no processo de desequilíbrio, ele reconhecia, mesmo que por um instantinho, que não deveria entrar porque sabia ver por outro prisma e se, deliberadamente, ele não viu este prisma, não fez por conveniência? Fez, como se tivesse se esquecido do que era útil e conciliador. Se o princípio da ação era por conveniência, o resultado da ação seria por conveniência também.


Quando uma pessoa fica nervosa por discordar com uma fato que sabia que não deveria discordar e discordou por conveniência ou pelos hábitos mecânicos, mas perceptíveis, pode-se considerar conveniência também. Para não perder os hábitos que eram seus, que ela mesma plantou, que ela mesma cultivou e achava que era seu e não queria perder, não queria emprestar e não queria também substituir. Mas não queria vivê-lo muito, porque sabia. Saber significa aquilo que se conquistou, e aquilo que é, e, portanto, aquilo que num instante, informa a consciência do plantio ordenado ou desordenado que está sendo posto em movimento.


O processo dizia: "Discordância é sinônimo de dor". Quando ele classificou e arquivou no seus arquivos, no seu inconsciente, sabia que a discordância era sinônimo de dor. De repente, um dia, ele discorda. Discorda, mas sabia que a discordância era sinônimo da dor. Discordando começa a ficar nervosa. E o nervosismo? Aí começa a criar efeitos na hora da causa. Nem se lembrou que tinha que ter comportamento coerente. Não o conceitual e sim o que sente no íntimo.


Achar que ele não sabia que o nervosismo seria hábito arraigado, improdutivo ou mesmo contra producente, não acredite nisso. Achar que esqueceu no momento, seria por conveniência, porque ele já tinha entrado na discordância. E discordância de quê? Porque era um hábito do passado que não resolveu ainda se desfazer. Só que era direito se desfazer, até mesmo dever para com a Consciência, por respeito ao Ser e pela cessação do sofrimento, não por imposição, para ele se sentir melhor e Sentir melhor. Sentir significa Ser. Para Ser "melhor" então, ele precisava eliminar, se desfazer do seu arquivo, dos seus hábitos improdutivos e contra producentes, que mesmo que por conveniência, pelo sofrimento conveniente, se apegou, agarrou e não se desfez.


Pode arrancar pela raiz, como se fosse erva daninha em seu jardim, que precisa arrancar pela raiz, para dar lugar ao direito de uma flor nascer. Arrancar pela raiz significa se conscientizar. Conscientizar significa Ser. Conscientizar-se que só vai concordar e depois será a melhor solução possível.

Embora estas sejam palavras que compõem de um modo dirigido o método de psicoterapia holística ‘Viver Bem, é também uma instrução iniciática elementar, que escolhi oferecer a vocês, queridos leitores, com um convite para que 2012 seja o ano da revolução da consciência, pelo qual nós assimilaremos nossa infinita essência, nossa harmonia integral e a igualdade e interdependência entre todos os seres. Nós somos a base de um mundo Melhor. Um grande abraço.

 

Marcelo Hindi - Psicoterapeuta Holístico


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