A Aplicação Prática dos Princípios Morais Védicos na Solução de Crises... II
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Autor Rosemary Rezende
Assunto EspiritualidadeAtualizado em 28/05/2009 14:12:11
Quando eu uso a palavra ciência, eu quero dizer a ciência governada por determinado grupo de hipóteses metafísicas. A ciência de hoje é governada por um grupo de hipóteses metafísicas que elimina o sagrado de nossa visão do universo, se entendemos por sagrado as coisas associadas a um Deus pessoal e distinto das almas individuais. É perfeitamente possível, entretanto, ter uma ciência governada por um grupo de hipóteses metafísicas que incorpore uma visão genuína do sagrado.
Mas para a ciência atual, governada por suas presentes hipóteses metafísicas, a natureza é um objeto a ser não apenas compreendido, mas dominado, controlado e explorado. E é a própria ciência que nos fornece os instrumentos para tal dominação, controle e exploração. É claro, eu estou falando de tecnologia. Vamos considerar o automóvel. Ele certamente é uma conviência, mas também tem a sua desvantagem. Ele é um dos principais contribuintes para a poluição da atmosfera, e somente nos Estados Unidos aproximadamente 50.000 pessoas por ano são mortas em acidentes de carro. Para efeitos de comparação nós podemos considerar que em todos os 8 anos do envolvimento militar americano no Vietnã, 50.000 soldados americanos foram mortos. O mesmo número de americanos são mortos a cada ano em suas próprias auto-estradas.
A ligação entre um conceito materialista do universo e uma forma materialista de vida foi apontada milhares de anos atrás no Bhagavad-gita. O Gita descreve os filósofos materialistas desta forma: “Eles dizem que este mundo é irreal, sem nenhum fundamento e sem um Deus controlador”. E qual é o resultado prático para as pessoas que vivem nas sociedades dominadas por essa visão do mundo, que nega a realidade fundamental de Deus e da alma? O Gita diz: “Eles acreditam que satisfazer os sentidos é a necessidade primordial da civilização humana. Com isto, até o fim da vida sua ansiedade é imensurável”. Tais pessoas, diz o Gita, estão “presos a uma rede de centenas de milhares de desejos”. E não é esta a nossa situação atualmente?
Não somos bombardeados diariamente com mensagens de rádio, televisão, jornais, revistas, filmes e computadores, todas tentando nos envolver em outras centenas de milhares de desejos que só podem ser satisfeitos pelo consumo de vários produtos produzidos por nossas prósperas indústrias? O Gita nos alerta que pessoas como nós “se dedicarão a atos maléficos, horríveis, com a intenção de destruir o mundo”. E não estamos gradualmente destruindo o nosso mundo, poluindo o ar, a água e a terra, e levando centenas de espécies à extinção?
Isto demonstra a humanidade com um dilema ético. Colocado de forma simples, a ética é um processo para determinar o que é bom, e como fazer as opções que irão estabelecer e preservar o que é bom. Considerando as hipóteses da ciência materialista moderna, se torna muito difícil construir uma ética para preservar o meio ambiente ou salvar espécies em risco de extinção.
De acordo com as concepções atualmente dominantes, o nosso planeta, na verdade o nosso universo é o resultado de um acidente cósmico, uma flutuação acidental do vácuo quântico mecânico. Considerando essa hipótese, torna-se muito difícil afirmar que determinada condição ambiental de nosso planeta seja essencialmente boa. No final, não existe motivo para dizer que o nosso planeta Terra, com suas formas de vida proliferantes, seja melhor do que Júpiter ou Urano que, de acordo com a astronomia moderna, são planetas congelados e sem vida, com atmosferas compostas de elementos que poderíamos considerar venenosos. Ou olhando a história de nosso próprio planeta, não existe motivo para dizer que o estado atual de nosso meio ambiente seja melhor do que o da Terra primitiva que, conforme a geociência moderna, era uma rocha sem vida, com uma fina e escassa atmosfera, hostil às formas de vida atual.
Então, se não podemos afirmar, com base nas suposições científicas modernas, que qualquer estado particular de nosso meio ambiente é naturalmente bom e, deste modo, digno de preservação, talvez possamos abordar o problema de outra maneira.
Podemos olhar a natureza, o meio ambiente, como um instrumento útil, ou uma fonte de bons subprodutos. Em outras palavras, a natureza é algo que produz coisas de valor às criaturas vivas. Comumente falando, nós adotamos uma visão antropocêntrica, e consideramos a natureza como um instrumento para a felicidade de nossa própria espécie humana. Mas, de acordo com as suposições da ciência evolutiva moderna, a nossa espécie humana é o produto acidental de milhões e aleatórias mutações genéticas. Então, não existe nada de especial sobre a espécie humana e suas necessidades.
Certamente poderíamos adotar uma visão mais ampla e apelar à natureza como um instrumento útil para todo o ecossistema, composto de muitas espécies. Mas novamente encontramos o mesmo problema. Por que o ecossistema de hoje é melhor do que o ecossistema que existiu durante o período pré-cambriano quando, segundo os cientistas, não existia vida alguma sobre a terra, e nos oceanos apenas água-viva e crustáceos?
Outra maneira é considerar o meio ambiente como um componente útil. Um conhecido meu, Jack Weir, professor de filosofia da Morehead State University, em Kentucky, apresentou um argumento neste sentido. Resumindo, considerando as hipóteses evolucionárias da ciência moderna, nós somos o que somos por causa do meio ambiente. De acordo com esta visão, nós somos de certo modo formados pelo nosso meio ambiente. Se o nosso meio ambiente fosse diferente, nós não seríamos capazes de permanecer onde estamos.
Mas novamente nos deparamos com um problema. Considerando as hipóteses evolucionárias da ciência moderna, o que existe de tão especial em nosso status de ser humano? Por que ele, assim como o meio ambiente que o constitui, deveria ser considerado digno de preservação? Por que não continuar com o nosso atual curso de consumo excessivo e destruição ambiental? Deixar a seleção natural continuar a operar, como supostamente ocorreu no passado. Deixar morrer as velhas espécies e permitir que as novas surjam. Ou deixar todas as espécies morrerem. Supondo que a própria vida é um acidente de combinação química nos oceanos primitivos da terra, torna-se difícil afirmar o motivo da preferência especial por um planeta com ou sem vida.
Jack Weir apoiou a sua declaração de que a natureza era um componente útil com apelos ao “holismo científico e coerência epistemológica”. Mas ele admitiu que “outros apelos” poderiam ser feitos, tais como para “estórias e mitos, tradições religiosas e crenças metafísicas”. Certamente alguém poderia também apelar para uma ciência diferente baseada em um sistema diferente de suposições metafísicas e talvez chegar a conclusões diferentes sobre a origem da vida e do universo.
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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Rosemary Rezende Tecnica Agrícola, Medica Veterinária, Homeopata, Terapeuta Holística. Atualmente trabalhando com Terapia Nexus, massoterapia Indiana, Numerologia Indiana, Florais e Homeopatia E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Espiritualidade clicando aqui. |