A busca de Si Mesmo
Atualizado dia 12/2/2021 12:29:02 AM em Espiritualidadepor Paulo Tavarez
Outras perguntas do tipo "De onde eu vim, para onde eu vou, o que é vida, etc..?" irão desaparecer, perderão importância, pois estar focado em si é o primeiro passo, o passo que irá abrir as portas da percepção.
A consciência é tudo, a consciência é o próprio Eu. Grandes mitos da história de humanidade simbolizaram a busca do Si Mesmo de várias formas, como o Velo de Ouro de Jasão, a Ítaca de Odisseo, o Graal de Percival, os trabalhos de Hércules, assim por diante.
O herói de cada mito é uma representação do ser humano. Estando preso na ignorância de si mesmo, toda uma saga de lutas e enfrentamentos se apresenta. Assim vivemos a vida: lutando com todas as nossas forças para sair dessa prisão imaginária, dissolver as trevas que nos envolvem e emergir para luz da realidade. Nunca foi uma questão de bem e mal, apenas de conhecimento e ignorância. Uma vez que surge essa descoberta, toda a escuridão desaparece. O mal é apenas ausência de luz. Ele não é uma entidade, não tem poder sobre a realidade, seu império consolida-se através dessa ausência;
Quando o ser humana encontra o Si Mesmo tudo muda de forma instantânea, todos os constructos mentais negativos se dissolvem, toda a culpa, todos os medos, todos os sentimentos negativos desaparecem, pois a escuridão não pode lutar contra a luz.
Imaginem uma caverna escura, que nunca recebeu a luz do sol. No momento em uma fresta de luz é aberta e o sol penetra, automaticamente ela se ilumina; não há resistência, não há luta, não há poder que possa impedir que a luz ilumine aquele ambiente que esteve no mais absoluto breu.
O sofrimento é apenas uma ausência de consciência de si mesmo, pois no momento em que há um claro entendimento daquilo que somos, tudo se ilumina. Isso é iluminação, nada mais.
Iluminação é acender essa luz e o interruptor está dentro e não fora. É preciso ficar quieto, observando todos os processos mentais sem se envolver, sendo apenas um espectador, deixar de se interessar pelas janelas do pensamento, fechar cada uma delas aos poucos. Só a prática constante (sadhana) poderá trazer resultados, para isso, é preciso que exista uma atitude de querer seguir por essa senda; como Jasão, Hércules, Percival, Teseu, Perseu e tantos outros heróis, é preciso disposição para enfrentar os dragões, minotauros, medusas, etc.. da própria alma.
As grades dessa prisão nunca estiveram fechadas, o problema é que nos acostumamos com o cárcere ilusório em que vivemos e não desenvolvemos interesse em sair dele. O mito da caverna de Platão é uma clara referência à esse estado em que a maioria dos seres se encontra. Aqueles que não se libertaram da realidade da caverna não aceitam que exista um lugar melhor, mais iluminado, com cores e vibrações melhores daquilo que encontram nas sombras em que vivem.
O homem se acostumou a viver dentro dos limites desse aquário e esqueceu-se completamente do oceano a que pertence. Busca a felicidade através de uma adaptação à esse mundinho estreito e tenta realizar-se dentro dele. Não entende que precisa simplesmente abrir as portas dessa cela, perder o interesse pelo mundo em que vive, desapegar-se de tudo aquilo que aprendeu a valorizar e sair. A sua Verdadeira Natureza não pode estar restrita e limitada, pois todo o Universo é dele, aliás, ele é o próprio Universo.
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Conteúdo desenvolvido por: Paulo Tavarez Conheça meu artigos: Terapeuta Holístico, Palestrante, Psicapômetra, Instrutor de Yoga, Pesquisador, escritor, nada disso me define. Eu sou o que Eu sou! Conheça mais sobre mim em: www.paulotavarez.com - Instagram: @paulo.tavarez E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Espiritualidade clicando aqui. |