A Divina Arte de Ouvir
Atualizado dia 12/06/2011 19:58:55 em Espiritualidadepor Adriana Aguiar Brotti
Quando conseguimos efetivamente ouvir o outro com atenção e de forma misericordiosa prestamos um serviço espiritual porque acolhemos o outro e validamos sua importância na Terra, como ser único, insubstituível e amado por Deus.
Portanto, em um tempo no qual a cultura imediatista ainda impera, cumpre a todos nós nos esforçarmos para incorporarmos a prática do "ouvir" em nossa vida diária.
Não somente as pessoas precisam ser ouvidas mas também todo o Universo e, principalmente, a nossa voz interior que, quando considerada, sempre nos direcionará para escolhas mais benéficas ao nosso progresso espiritual.
Ouvir é perceber e aceitar a manifestação divina em todas as pessoas e na natureza.
Quando nos negamos a ouvir, mantendo-nos em estado de desatenção, interrompendo ou elaborando defesas, estamos na verdade armadilhados pelo orgulho e pela arrogância que nos acorrentam à ilusão de que já aprendemos tudo o que precisávamos.
A idéia de nos considerarmos "eternos aprendizes" mostra-se bastante apropriada para conquistarmos e exercitarmos verdadeiramente nossas virtudes.
E como saberemos se já nos apropriamos de nossas virtudes? Somente quando formos "senhores", de nossos pensamentos, palavras e ações. Ou seja, quando os dominarmos e não o contrário, de modo que possamos viver e conviver de forma consciente, fazendo cumprir a regra de ouro: "Trate os outros do modo como você mesmo gostaria de ser tratado".
Com efeito, a referida regra tem sido desde a antiguidade uma excelente referência moral, permitindo que reflitamos sobre o nosso comportamento perante a nós mesmos, os outros e à própria vida.
Nessa oportunidade, que tal aplicarmos essa regra para disciplinarmos o nosso "ouvir"?
Para termos êxito em nossa determinação de ouvirmos a nós mesmos, o outro e qualquer manifestação divina, sugerimos alguns passos:
- agradecermos a Deus pela nossa capacidade auditiva;
- rogarmos a Deus para que conquistemos o dom de sabermos ouvir;
- ouvirmos os queixumes alheios com respeito, sem interrupções, fazendo qualquer comentário (se edificante) ao final;
- ouvirmos críticas com serenidade (se forem acertadas, eis a oportunidade de crescimento, do contrário, simplesmente devemos descartá-las);
- evitemos ouvir comentários maldosos, maledicentes (isso envenena nossos pensamentos e enfraquece nossa luz);
- dediquemos maior tempo para ouvirmos boas melodias, o canto dos pássaros, vozes de crianças, boas conversas e a palavra de Deus (tudo isso combina muito mais com nossa verdadeira essência).
Texto revisado
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advogada, mediadora e pós-graduanda em Terapia Familiar E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Espiritualidade clicando aqui. |