A eternidade da vida
Atualizado dia 4/23/2009 5:39:17 PM em Espiritualidadepor Maria Cristina Tanajura
O corpo vai envelhecendo a olhos vistos – e não adianta tanto, os cremes, as tinturas, seguir os conselhos que nos dão do que comer, de que exercícios fazer... Tudo que é material envelhece mesmo! E aí? Olho no espelho e vejo as marcas que atestam as mudanças e no olhar das pessoas, também. E hoje me peguei pensando sobre isto... Digo a todos e a mim mesma que acredito na eternidade da vida e por que fico triste por ela estar passando tão rapidamente? SOU ETERNA!
Quando me liguei nisto, no mesmo instante me iluminei e esta é a mensagem que quero trazer, agora, para vocês todos.
Há tempo, sempre haverá! Para que realizemos os nossos sonhos, para que nos transformemos da forma que temos tentado fazer, para que vivamos uma vida mais harmoniosa, num ambiente mais humano, mais fraterno. Sim, nós vamos chegar lá. Não importa se neste momento já não temos o mesmo vigor físico de quando tínhamos 20 anos. Temos mais força espiritual, sabemos mais o que realmente queremos e o pensamento opera milagres! Podemos trabalhar MUITO, com a nossa mente, se o nosso corpo chegar a não nos ajudar, tanto quanto antes. E o envelhecimento não precisa existir no nosso espírito, pois isto pode ser minorado pela certeza de que continuaremos a viver, em algum lugar. E seremos nós mesmos! Com os mesmos desejos, as mesmas dúvidas, os mesmos sonhos. Nós nos reconheceremos sempre – temos uma viagem eterna a fazer e precisamos estar atentos a todos os instantes dela, seja ela onde for.
É muito interessante como, em frações de segundos, a gente compreende e internaliza algo que já nos parecia verdadeiro. Não é a primeira vez que isto me acontece e sempre me deixa mais feliz, depois. Acho que o que se passa é que, ao invés da gente apenas pensar e concordar com alguma coisa, começa a viver aquela realidade. Simplesmente assim. Alguma coisa muda dentro de nós e foi o que aconteceu comigo.
Um dia, iremos partir do plano físico. Sim, é inevitável. Esperemos que seja serenamente, sem dor e agonia. Mas para isto, é preciso que pensemos na vida depois, em como continuaremos sendo quem somos, para que possamos fluir e nos entregar ao fluxo da vida, sem apegos desnecessários, que poderiam nos trazer sofrimento – em vão!
Como podemos viver, de forma verdadeira, se negamos a nós mesmos a presença constante da morte? Como construir projetos, que demandam esforço e sacrifício, se não podemos compreender o porquê de estarmos encarnados, em primeiro lugar? Como conseguirmos manter um relacionamento amoroso se não sabemos o que será de nós, quando o nosso corpo nos expulsar para outra dimensão? Por que não podemos falar de morte, se acreditamos que ela apenas nos permite continuar a viver numa outra veste? Como podemos envelhecer de forma digna, se não acreditarmos que o que aprendermos e construirmos sempre fará parte de nós, aqui, ou lá?
Espero que este texto não seja triste para ninguém, mas muito pelo contrário, faça-nos mais alegres! Relembrando-nos da nossa verdadeira natureza, para que em qualquer instante, em qualquer idade, possamos ser TUDO O QUE SOMOS, INTEGRALMENTE, pois o amanhã sempre existirá, aqui, ou lá.
Texto revisado
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Socióloga, terapeuta transpessoal. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Espiritualidade clicando aqui. |