A evolução através da compaixão
Atualizado dia 09/10/2011 20:17:17 em Espiritualidadepor Bernardino Nilton Nascimento
A compaixão diferencia-se de outras formas de comportamento prestativo, no sentido de que seu foco primário é o alívio da dor e sofrimento alheios. Atos de caridade que busquem principalmente conceder benefícios, em vez de aliviar a dor e o sofrimento existentes, são mais corretamente classificados como atos de altruísmo, embora, neste sentido, a compaixão possa ser vista como um subconjunto do altruísmo, sendo definida como o tipo de comportamento que busca beneficiar a vida do próximo.
Precisamos entender que pequenos gestos substanciais que se aliam e se exaltam mutuamente, num desejo apaixonado de uma conquista pessoal e de união com as forças e as energias do amor dos guias espirituais, que nos unem a Deus, em um ato especificamente mágico, correspondem a uma era de compaixão sobre a Terra.
Esses gestos são fundamentais à nossa evolução. O amor não deve se perder na pesquisa, a qual deve evoluir na busca da compaixão.
Sendo fiel a esta pesquisa e a esta visão de compaixão, as respostas para várias questões estarão na sua aquisição. Devemos respeitar a realização de uma busca na conquista de cada degrau da evolução. Em cada degrau alcançado, amplia o sentimento de compaixão.
No desenvolvimento deste sentimento, condição necessária para buscar o equilíbrio, podemos acreditar que não haverá a volta do Cristo, já que este nunca partiu, em sua essência. Diante desse pensamento, esta presença do Cristo permanece em quem acredita nas suas palavras e nas suas ações de amor e compaixão ao próximo.
Em paralelo com a reencarnação e a ressurreição, Buda traçou um caminho para a humanidade, assim como Cristo nos presenteou com seu admirado amor ao próximo. Porém, a compaixão mostrada por Buda é o caminho para se chegar com alegria e satisfação ao amor altruísta.
A verdadeira intenção planejada no mundo espiritual é ajudar todos nós a despertar o sentimento de compaixão. Naturalmente, o desenvolvimento da compaixão desperta em todos os corações as divinas palavras daquele que, na essência, nunca se foi. Divulgar a volta do Cristo é querer distrair o ser humano das suas devidas responsabilidades e desviá-lo do seu autoconhecimento. O desejo de muitas religiões é encher o coração do homem de esperança para um futuro não existente. Para muitos, Cristo não virá por que nunca se foi, e para outros ele partiu, porém, já voltou e está no meio de nós.
Qualquer ato de compaixão está à presença de Buda, e qualquer ato de amor ao próximo está à presença de Cristo. Então, não é relevante para os que têm os verdadeiros sentimentos de compaixão e amor a volta ou não de Cristo. É melhor acreditar na presença constante da sua energia.
Só uma viagem para dentro da consciência vai despertar o valor da liberdade e da compaixão. A união com Deus é uma realização, uma necessidade do ser humano para atingir sua alta evolução, cuja realização final é a obra que cada um vai levar, e a que vai ser deixada aqui, como exemplo de vida digna.
A tão desejada subida ao topo da evolução é o prolongamento de uma vida material regada de boas ações e atitudes. A corrente poderosa e imperturbável da evolução passa pela compaixão e leva a humanidade para o seu aprimoramento final. Os bons sentimentos devem nascer do fundo da alma e aflorar nos seus gestos, olhares e ações, em favor do desenvolvimento pacífico de toda a humanidade
Às vezes, temos a impressão de que a parcela humana da evolução parou no tempo. Porém, a força propulsora da fase humana é constituída pela compaixão, na qual Deus e o ser humano se encontram. Isso dá lugar a uma total visão da evolução espiritual de cada um de nós, como graça do Espírito Santo.
Devemos tentar seguir os exemplos dos admiráveis grandes mestres, que viveram no mais verdadeiro e puro sentimento de amor e compaixão. Entre as histórias contadas, ”um sangramento no corpo, causado por um corte, era rapidamente estancado quando depositavam açúcar sobre ele, assim como as doces palavras ajudam a diminuir as dores dos que sofrem”.
Só o amor e a compaixão podem, intuitivamente, trazer as palavras certas para cada tipo de dor. O ser humano tem que se conscientizar de que para evoluir, o seu coração precisa estar tomado pelo desejo de ver o seu irmão feliz. Essa energia nos é dada por Deus.
A força da atração pessoal, que se dá como objeto de amor à humanidade, determina a evolução. O ser humano não pode amar ao seu próximo e a seu Deus, se a compaixão não tomar conta do seu coração.
BNN
Testo Revisado
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