A face oculta de Jesus
Autor Ana Carolina Reis
Assunto EspiritualidadeAtualizado em 12/01/2023 00:51:46
Quando eu frequentava o Santo Daime, tive uma passagem muito interessante que senti de compartilhar.
Por muito tempo, não me sentia à vontade em dizer que já fiz parte desta Doutrina (por tantos preconceitos e absurdos que já ouvi, embora eu reconheça seu imenso valor em minha vida e tenho muito orgulho e gratidão por ter feito parte dessa escola espiritual...).
Mas, para entrar no relato, preciso explicar um pouco o contexto em que se deu essa passagem.
Fiz Catecismo muito nova, por dois anos (entre 9 e 10 anos). Era bastante devota e ia na igreja sozinha nessa época, inclusive! Já havia estado no Santuário de Fátima, em Portugal, com apenas 8 anos, e essa experiência me marcou tanto que até hoje eu sinto aquela paz inexplicável...
Mas, lá pelos idos da minha adolescência, aprendendo sobre Inquisição na escola, achei um "absurdo" Jesus ter "deixado" tantas pessoas morrerem... Como se ele tivesse culpa! Foi aí, no auge da minha rebeldia adolescente, que guardei minha santinha, minguei minha devoção e passei alguns anos meio sem fé (como uma planta que está meio seca mas não completamente...).
Assim, as experiências que tive no Daime foram meus primeiros despertares espirituais e a recuperação dessa fé perdida (já com aproximadamente 17 anos).
Então, em um trabalho de muita concentração e entrega, eu olhava para o quadro de Jesus e pensava (pois já estava reconciliada com Maria, mas com ele ainda não...): "ah, até parece que Jesus tem esse rosto, com esse olho azul, etc..." E comecei essa briga interna da minha fé em Jesus.
Foi então que eu olhei para o chão e vi uma sombra se formando (essa experiência no Daime se chama miração, quando você vê coisas de outras dimensões pela expansão de consciência que a bebida proporciona) e a imagem que se formou era um perfeito rosto de Jesus.
Então, me veio uma voz forte masculina na minha mente e disse: "que importa como seja o rosto de Jesus? Se ele era loiro, moreno... Isso não tem importância! O principal são Seus ensinamentos..."
Nossa, foi aí que eu superei completamente essa picuinha que muitas pessoas (mesmo se considerando cristãs ainda se pegam): "ah, mas Jesus não nasceu no dia 25, isso foi inventado", e por aí vai...
Que importa se Ele nasceu hoje ou qualquer dia do ano?
Importa é o Seu legado e tudo que celebramos em uma data especial que seja, para honrar Seus ensinamentos, relembrar nossa essência divina, nos conectar com a nossa fé e devoção de uma forma um pouco mais profunda...
Todo dia é sagrado? É!
Mas nem sempre podemos celebrar, com tanta correria que vivemos em nosso dia a dia... Celebrar é honrar a Vida! Honrar a família, mesmo com todos os seus defeitos. É de onde viemos: nossas raízes, nossa origem, nosso chão.
Honrar é ter a humildade de ter a reverência por tudo que já nos foi dado e agradecer, com o coração pleno de gratidão e amor.
Que possamos aproveitar essa época para renovar nossa fé e esperança, para aprofundar nossa devoção e conexão espiritual e ir além da superficialidade mental...
Nós temos capacidade para isso, basta apenas exercitar.
Confiar e praticar!
Amém!
Ana Carolina Reis
@aurorapachamama
www.espacopachamama.com
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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Ana Carolina Reis Responsável pelo Espaço Aurora Pachamama. Terapeuta Integrativa, há 20 anos (CRTH-BR 6400 ABRATH), com formação em Psicologia, pela UFSCPA. Mestre em Seichim e Reiki (diversos sistemas). Cristaloterapeuta pela "The Crystal Academy of Advanced Healing Arts". Autora dos livros: "Xô, depressão!" e "A Sabedoria dos Cristais". E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Espiritualidade clicando aqui. |
