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A importância da Deusa tríplice

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Autor Marisa Petcov

Assunto Espiritualidade
Atualizado em 7/3/2011 8:53:05 AM


O caráter da Deusa tríplice é muito importante. Não se trata de uma mera multiplicação por três, mas de uma manifestação sob três aspectos; a Deusa se revela em três níveis, nos três domínios do mundo e da humanidade. Assim é que o ser humano é tríplice, tendo corpo, alma e espírito; as três facetas da Deusa costumam ser vistas como correspondentes a esses planos do microcosmo do ser humano. O macrocosmo também é tríplice: consiste no céu (o reino uraniano), na superfície da Terra (e, por vezes, no Mar) e nas profundezas da Terra (o Mundo Inferior ctônico). Algumas Deusas tríplices exibem facetas que as ligam com esses três reinos. Do mesmo modo, o reino do tempo tem três dimensões - Passado, Presente e Futuro -  e algumas deusas correspondem, de maneira tríplice, à divisão do tempo. 

A Deusa tríplice une dualidades, razão por que, em algumas de suas manifestações, uma de suas facetas é positivamente inclinada para os seres humanos que a encontram, outra tem disposição negativa e uma terceira serve de mediação às duas e decide o seu curso de ação.

O mais importante aspecto tríplice da Deusa é a sua manifestação como Virgem/Mãe/Anciã. Trata-se talvez da representação com a qual as pessoas têm mais facilidade de se identificarem, visto corresponder às três fases da vida da mulher. Ela também nos remete ao ciclo das fases lunares e ao ciclo mestrual, à ovulação e à possível gravidez. São processos que correspondem às facetas de Jovem/Mãe/Velha.

Outra maneira de considerar a Deusa tríplice pode advir do exame de suas várias relações possíveis com o masculino. DEsse modo, podemos vê-la como Virgem, sem vínculo com o masculino (como Atena), como a figura da esposa madura e fiel (Hera) ou como a prostituta que escolheu os seus muitos amantes (Afrodite). A deusa também pode ser vista por meio de relações com o masculino que não envolvem esse aspecto sexual. Assim, pode sre a Filha (ou a Irmã), a Esposa e a Viúva.

A concepção hermética dos Três Princípios - Sal, Enxofre e Mercúrio - também pode fornecer uma imagem das três facetas da Deusa. O Sal é o princípio contrátil, sombrio e terreno; o Enxofre é o princípio radioso, expansivo, luminoso e celeste em ação; e o Mercúiro é o elemento que serve de mediação e de ligação para o Sal e o Enxofre do nosso ser.

O Mercúrio sobe até o elemento Enxofre e traz uma essência para a esfera do Sal que está no interior da nossa alma, em eterna circulação entre essas polaridades. Assim, o Mercúrio pode ser considerado uma imagem da nossa consciência, podendo esse tríplice aspecto ser reduzido, embora isso seja uma grosseira simplificação à trindade Corpo, Alma e Espírito da nossa natureza. Algumas deusas tríplices têm facetas paralelas às trindades Sal-Mercúrio-Enxofre ou Corpo-Alma-Espírito, em particular nos casos em que duas facetas suas são polarizadas e quase antagônicas entre si, enquanto o terceiro membro lhes serve de mediação.

Há muitas outras maneiras de abordar esse caráter tríplice, pois ela representa um arquétipo que ressoa com a estrutura interior da nossa alma, e, se meditarmos e trabalharmos interiormente com esses aspectos, muitas outras descobertas sobre a natureza da Deusa serão reveladas.

Esse caráter tríplice pode ser percebido em muitas facetas da vidas e torna a Deusa tríplice uma figura com quem podemos nos identificar facilmente. Ela se relaciona com a própria substância da nossa humanidade e, se lhe dermos espaço para agir como figura mítica, pode inspirar a nossa alma, nutrir e sustentar os nossos recursos interiores e transformar o próprio cerne do nosso ser. 

O aspecto da Deusa tríplice permanece sendo a chave para a descoberta do reservatório de energias antigas e de sabedoria espiritual acumulado e reprimido em nós mesmos. Por termos crescido no Ocidente, herdamos os problemas de uma raça cuja alma coletiva teve abertas em sua substância, ao longo dos milênios de luta exterior e interior, profundas feridas resultantes da evolução de estruturas patriarcais dualistas e unilaterais. Se nós conseguirmos nos religar com o arquétipo da Deusa no solo do nosso ser, ela poderá nos ajudar a curar essas feridas do dualismo e a sermos agentes da transcendência, abrindo a porta da nossa alma para o encontro e para o casamento interiores entre nossos companheiros masculino e feminino. Tudo está dentro de nós, se tivermos a coragem de empreender a jornada.

 

Continua

Baseado no livro de Adam Mclean, A Deusa tríplice

 

Marisa Petcov

Sacerdotisa da Tradição Diânica Nemorensis, Numeróloga e Contadora de histórias

Comunicadora do site link com o programa Contando histórias e números, terças-feiras, às 20 horas

Organizadora do encontro pagão PNT-SP 


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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Marisa Petcov   
Presidente da AME - Agência de Místicos e Esotéricos Contatos: 11 2021 6788 / 9 5980 2467
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