A Linguística Dificultando a Evolução Humana
Atualizado dia 10/15/2012 8:37:03 AM em Espiritualidadepor Marcos Spagnuolo Souza
Quando comungamos com a natureza na floresta, de repente, os limites do ego começam a se dissolver de forma misteriosa e as potencialidades da alma se desenvolvem. Para ter acesso à liberdade, o ser humano precisa aprender a ir além da modalidade condicionada do ego. Mas a espiritualidade não precisa negar o mundo; somos o mundo e estamos no mundo. Formas de despertar a alma: abertura da percepção e da sensibilidade; prática da meditação; prática do desapego; desenvolver o amor incondicional. Todos esses discursos são confusos e não produzem nenhum resultado, a não ser criar mais ilusões.
A confusão se instala quando o discurso espiritual coloca o nosso ser com capacidade de escolher entre a morte do ego e o emergir da alma, assim sendo temos três pessoas ocupando nosso corpo: o ego, a alma e a minha pessoa que possui a capacidade de optar entre o ego ou a alma. O caos se torna visível a partir do momento em que a minha pessoa pode desenvolver determinadas práticas como meditar, desapegar, ampliar a consciência, amar o próximo como a mim mesmo. As coisas pioram quando dizem que podemos comungar com a natureza e nos tornar uno com ela.
O pensar místico original é totalmente contra as afirmações anteriores e esclarece que utilizando o corpo humano somente existe um sujeito e nós somos esse sujeito. Nós podemos ser uma das três pessoas distintas conforme a nossa percepção: o ego ou o ego niilista ou o Sagrado Anjo Guardião. Também não existe distinção entre corpo e ego; corpo e ego niilista; corpo e Sagrado Anjo Guardião. O ego elabora o seu corpo, o ego niilista elabora o seu próprio corpo e o Anjo Guardião elabora o seu corpo.
Quando sou ego não posso meditar, amar de forma incondicional, seguir um caminho de libertação ou harmonizar com a natureza. Quando eu sou ego e pratico uma ação dita de espiritualista estou vivenciando uma plena ilusão, sem nenhuma consequência. Todas as práticas do ego são virtuais.
O próprio ego, depois de muitas vidas, em um determinado momento de sua existência, através da racionalidade descobre que seu viver é uma ficção e que qualquer que seja a sua ação reforça o arquétipo materialista. A partir dessa percepção inicia o seu afastamento do mundo, tornando-se ego niilista. Ele se afasta do mundo e, o mundo morre para ele.
Não existe processo externo que eu possa fazer, não existe atividade que leve ao desenvolvimento e quando praticamos qualquer ação visando o progresso espiritual estamos nos enganando. O ego é; o ego niilista é; somos o que somos. Quando o niilismo é profundo e atinge os seus limites no afastamento do mundo o Sagrado Anjo Guardião emerge e passamos a ser o Sagrado Anjo Guardião.
Não existe processo ou fazer alguma coisa para nos iluminar, o ego não se ilumina e nem se torna uno com a natureza; o ego niilista não se ilumina; o Sagrado Anjo Guardião é iluminado. O ego deixa de ser ego para ser ego niilista através de seu próprio processo de conscientização. O ego niilista desaparece devido ao seu processo de percepção da sua inutilidade. Outras pessoas e rituais não possuem participação nesse processo. O Sagrado Anjo Guardião nasce das cinzas do ego niilista e é em si mesmo metafísico, ele é; não se faz; simplesmente é. Nós nos fazemos através das mudanças da percepção.
Texto revisado
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