A Mediunidade do Homem-Espírito
Atualizado dia 9/4/2014 11:54:25 AM em Espiritualidadepor Nadya Prado
Somos espíritos atuando na matéria densa, porém, não podemos deixar de lembrar que, somos também um corpo físico e que o ser multidimensional não deve menosprezar nenhum de seus corpos.
Podemos nos comparar com as árvores. Nosso corpo é o tronco por onde a seiva circula. Formada nas raízes, através da absorção de elementos do solo, a seiva leva a vida para os caules e folhas.A copa é nossa conexão com a espiritualidade, mas não há copa saudável se não houver raízes.É um conjunto que trabalha unido.
A espiritualização do homem deve acompanhar sua vida diária em comunhão com a Natureza. Sua essência é espiritual e terrena.
O homem-espírito é um médium inato, está entre o céu e a terra. A espiritualidade e mediunidade equilibradas só são possíveis ao homem enraizado. Quando desarmonizado com sua natureza terrena não têm como exercer a mediunidade saudável.
O médium que não está aterrado ao planeta, falta com a base que lhe possibilita a conexão com os espíritos sem o acometimento de consequências danosas.
No contato com o plano espiritual, o médium, sem raízes, não consegue descarregar as energias acumuladas em suas incorporações com espíritos sofredores. Esse é o caso de muitos médiuns de incorporação no trabalho de desobsessão. Esperar que o plano espiritual faça tudo por nós, retrata imaturidade mediúnica. O médium precisa fazer sua parte.
Médiuns que trabalham com a cura pelos passes também devem estar aterrados, para que possam exercer seu papel. A energia dominante entre duas pessoas sempre predominará segundo a força que carregam. O médium, muitas vezes, na intenção de ajudar acaba por se prejudicar, porque enfraquecido energeticamente, é dominado pela força contrária do doente.
Assim também ocorre aos médiuns céticos de sua condição de interação energética com as dimensões sutis. Da mesma forma, perdem-se no egoísmo da vida material.
O Taoísmo, filosofia oriental em que se baseia a Acupuntura, tem como fundamento o respeito pelos movimentos da Natureza, conduzidos pela sabedoria que ela nos traz e o respeito que a ela devemos. A energia vital, conhecida no oriente como prana ou ch’i é responsável por nos manter vivos, alimentando nosso corpo etérico. Ela é absorida pelo corpo físico através da alimentação, respiração, contato com a natureza, práticas físicas como ch’i kung e yoga.
O homem vem se afastando de sua essência natural. Temos um corpo que é um microcosmo pulsante e está sob nosso comando. O que comemos, o que e como respiramos, o que pensamos e sentimos se refletem em nossa saúde como um todo.
Esquecemo-nos da importância de estarmos conectados a Natureza e por consequência perdemos nossa interação com o planeta, nossa mãe Gaia. A astrologia nos mostra a nossa interdependência aos astros. Nosso pequeno mundo interior é tal qual o mundo exterior. Se quisermos conhecer o universo, olhemos para nós mesmos.
O planeta Terra nos proporciona a vida. Captamos a energia telúrica, conhecida no oriente por kundalini. O médium enraizado suga as forças telúricas que sustentam sua saúde e proporcionam flores e frutos à sua copa.
Aterrados ao planeta descarregamos e trocamos energia com suas profundezas. As energias deletérias acumuladas são descarregadas, tanto nas águas salgadas de Yemanjá, quanto na terra de Obaluaê, ou nas matas de Oxossi. O elemento terra é a força da transformação.
Muitos médiuns buscam no trabalho mediúnico uma fuga da realidade que a vida material lhes oferece e a qual não se ajustam. Muitos consulentes vão às casas religiosas para adquirirem fórmulas mágicas para a solução de suas dores ou para prever o futuro.
Fugir da realidade física, buscando a espiritualidade como esconderijo, é uma estratégia que não proporciona bons resultados e agrava a situação.
A vida diária representa a prática para a evolução espiritual e transformação interior. Ela nos fortalece para a espiritualidade.
O médium desenvolvido e amadurecido sabe a responsabilidade que tem diante dos cuidados com o seu corpo e sua rotina diária, que incluem os pensamentos, sentimentos e atitudes que o acompanham.
Os transtornos psicológicos estão presentes em grande parte dos médiuns devido à falta de integração entre o corpo e o espírito.
Alguns religiosos deixam-se levar pelo entusiasmo mediúnico e pelo dogmatismo que impõe e faz prevalecer a crença da culpa e do castigo. Entre os céticos materialistas, a visão estreita sobre os cinco sentidos e a cultura do ego, dilaceram o corpo e o espírito que passam a ser manipulados por medicamentos alopáticos e agravamento das patologias físicas e psicológicas sem o devido tratamento integral.
A integração entre a vida material e espiritual trará a plenitude que almejamos, na medida que une os opostos aos quais estamos conectados.
A árvore saudável aceita sua condição e se sustenta na sabedoria que há na Natureza. Recebe o alimento que cai do céu e que sobe pela terra e devolve o que recebe com gratidão. Serve de alimento a todos os seres com quem compartilha através de seus frutos.
O homem-espírito está doente porque não respeita sua condição. Quer se separar do céu e da terra. Sem raízes e sem copa, o ego domina seu ser.
Se está se sentindo assim, sem conexão,torne-se uma árvore!
Salve!
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Psicoterapeuta Transpessoal Técnica Naturopata, com extensão em Psicopatologias Psicanalíticas e Psicossomática Contemporânea., estudiosa dos estados alterados da consciência e transtornos psicológicos, inclusive mediunidade transreligiosa. Atendimentos online no skype Informações e agendamento envie email para [email protected] E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Espiritualidade clicando aqui. |