A mentalidade da escravidão ainda existe
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Autor Leandro José Severgnini
Assunto EspiritualidadeAtualizado em 29/06/2016 17:54:11
São Francisco de Assis foi um exemplo de compaixão para com os animais. Aliás, ele foi um exemplo de ser humano em todos os aspectos possíveis. É impressionante perceber que de todos os indivíduos que vieram fazer alguma diferença nesse mundo, nenhum deles foi indiferente ao sofrimento dos animais. Além de Francisco de Assis, encontramos Gandhi, Pitágoras, Schweitzer, Chico Xavier, Da Vinci, entre outros.
Porém, no extremo oposto está a grande massa humana que ainda não se abriu para a compaixão e mostra-se cegado pelos instintos inferiores, principalmente o desejo egoísta de dominar outros seres. Foi assim até período recente, onde o “superior” dominava e usava o “inferior” negro africano. Este era visto por aquele como um simples objeto, uma mercadoria, um ser sem alma que havia sido criado por Deus com o propósito único de servir ao homem branco. Por serem simples mercadorias, óbvio que alguns tinham mais valor que outros, dependendo de suas características. Machos, fortes e jovens eram um excelente negócio. A medida que eram usados e iam perdendo a sua vitalidade, automaticamente iam perdendo seu valor. Alguns doentes, machucados ou velhos eram descartados, afinal, não serviam para mais nada. Alimentação? Somente o necessário para continuar rendendo em seu serviço e até o limite de não dar prejuízo.
Os direitos humanos avançaram e hoje essas práticas são vistas como criminosas podendo dar cadeia. Isso, infelizmente, não significa que a humanidade tenha purificado os seus sentimentos. O crápula de outros tempos, impedido de exteriorizar a sua crueldade com os semelhantes, encontrou um novo alvo: o reino animal! A psicologia da exploração criminosa contigo a mesma – animais são criados para o trabalho que deveria ser feito por máquinas, e, os mais fortes valem mais. Alguns nascem com déficit de saúde, mas não são mortos, muito pelo contrário, são entupidos de hormônios e medicamentos. Suas vidas são salvas, mas para que? Para serem úteis ao trabalho escravo. Alguns animais domésticos são mais sortudos. Digo “alguns” por que para serem considerados sortudos, precisam ter algum pedigree; precisam ser fortes para cuidar das casas, fofos para receber algum carinho e ser de alguma raça específica para ter algum valor - vender animais de raça, inclusive, é uma ótima fonte de renda, nem é necessário arrumar um emprego digno que sirva a algum propósito humanístico. Azar dos vira-latas, que Deus se compadeça e envie em seu caminho algum “doido com caprichos revolucionários” para salvá-lo. Sem contar os que acabam se tornando inocentes pratos com finalidades falaciosamente nutritivas. Animais exóticos vão enfeitar zoológicos, viram roupas de peles, sapatos, carteiras e “animam” eventos... Suas vidas são muito insignificantes, né?
Serão coincidência as duas situações? Duvido muito! Afinal, ter compaixão nunca esteve na moda. Senciência? Dor? Sofrimento? Quem se importa!? Como dizem alguns, “são escolhas e todo indivíduo tem direito de fazer as suas escolhas”, desde que, claro, não tenham um rabo, penas, escamas ou alguma outra característica que os “inferiorize” diante do grande dominador humano que, de tão inteligente, sabe até fazer vídeos engraçadinhos ou piadas que tentam ridicularizar a piedade dos que aprenderam a ser menos egoístas.
No quesito compaixão, a humanidade ainda não evoluiu um til nos últimos séculos. Continuamos escravizando inescrupulosamente, apesar de todos os conhecimentos existentes que provam que os animais são seres sencientes e, obviamente, nossos parentes próximos. Enquanto o homem não aprender o valor da compaixão e da empatia até mesmo com o menor dos seres, não podemos nutrir a ilusão de que ele respeitará o seu semelhante. E enquanto isso não acontecer, o jogo do ego e do poder, certamente, falará mais alto.
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Palestrante espiritualista e escritor. Autor dos livros intitulados "Dias de Luta, Dias de Glória", "Liberdade - Nada Menos Que Tudo" e "Em busca do infinito". E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Espiritualidade clicando aqui. |