A mente focada
Atualizado dia 01/07/2010 23:23:59 em Espiritualidadepor Flávio Bastos
Segundo o dicionário, “mentalizar” é fixar a mente num objetivo – ou em vários – visando a concentração de esforços pessoais e, às vezes, na esperança de que essa fixação conduza magicamente à realização do objetivo desejado.
Por outro lado, “fixar a mente” em alguém ou algo, significa estabelecer um contato mental que não muda, não desvia ou varia de seu objetivo, tornando-se, dessa forma, uma fixação mental ou uma obsessão pela via do pensamento.
A mente dispersiva, por sua vez, é uma mente que tem dificuldade de concentração. Diferente da mente que elabora, define e fixa o pensamento coordenadamente, a mente desconcentrada dificilmente elabora o pensamento de uma forma organizada e com objetivos definidos a serem alcançados.
No entanto, tanto a mente muito ligada quanto a mente “quase” desligada, que é a dispersiva, apresentam dificuldades de concentração que exija um simples exercício meditativo, ou mesmo uma prece como forma de conectar o cérebro à natureza transcendente do homem.
Muitas vezes, precisamos “desligar” a máquina-mente hiper ligada aos acontecimentos rotineiros da vida, ou “ligar” a mente dispersiva em busca de um estado contemplativo pelo qual experimentamos a agradável sensação da mente higienizada pelo ingresso de energias renovadoras...
Quando repetimos diariamente o exercício meditativo que pode ser realizado através de uma simples técnica de visualização, ou mesmo por uma prece espontânea, elevamos o nosso pensamento, higienizamos a nossa mente de impurezas e processamos a alteração de nossa freqüência vibratória.
Ao transformarmos a nossa mente excessivamente ligada ou dispersiva em uma mente contemplativa e observadora, melhoramos, consideravelmente, a nossa capacidade de discernir e decidir sobre o que é prioritário em nossas vidas.
Quando penetramos em nossa natureza transcendental de uma forma focada e equilibrada, sentindo os benefícios da mudança interior, é porque a nossa percepção tornou-se mais apurada em relação ao que era. E a percepção adquirida é a “visão” alterada de quem começa a dar os primeiros passos no caminho do autoconhecimento.
Não basta termos uma mente condicionada – ou programada – para ser o que somos ou que viemos sendo há muitas vivências do espírito imortal. A mente excessivamente dispersa ou ligada é o resultado de uma certa desarmonia psíquico-espiritual, fruto do desequilíbrio entre o “ter e o ser”.
Buscar o ponto de equilíbrio é o desafio do indivíduo que deseja perceber além do óbvio de uma mente condicionada a repetir um padrão diário – e antigo – de comportamento.
Transcender além das limitações de uma mente fixada, obsessiva, ou dispersiva e desconectada do todo, é objetivo de quem aspira “olhar” a si mesmo através de um ângulo de observação que foge do convencional, mas que aproxima o Eu de sua identidade espiritual.
Às vezes, precisamos mudar a sintonia de nosso aparelho mental. Uma simples troca de freqüência pode representar uma importante alteração na forma de percebermos o significado da vida. Porém, para estarmos perceptivos e centrados no objetivo da mudança, não significa que teremos de alterar radicalmente os nossos hábitos diários, e sim, focar as nossas expectativas no processo de transformação interior que nos levará a um melhor nível de compreensão de si mesmo, do outrem e das dimensões as quais estamos inseridos.
Esse processo de transformação, como registramos, pode iniciar com um exercício diário de interiorização, porque tudo que é repetido de uma forma equilibrada e bem direcionada, tende a transformar o que antes encontrava-se consolidado. E para conectarmos e desenvolvermos o lado ainda desconhecido do cérebro humano, precisamos de um instrumento que quando acionado age em benefício da expansão de nossa consciência.
Ao encontro da mente ideal – a mente focada -, o grande desafio das novas gerações de humanos continua sendo o que as velhas gerações não conseguiram encontrar: o “caminho do meio” que nos levará ao ponto de equilíbrio entre o “ter e o ser”. Meta que alcançaremos com a sabedoria de contemplar com inteligência e simplicidade, as necessidades do transitório e do eterno em nossas vidas.
Psicoterapeuta Interdimensional.
flaviobastos
Texto revisado
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Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Espiritualidade clicando aqui. |