A passagem de Chico Xavier: discípulo e mestre
Atualizado dia 9/14/2022 5:05:24 PM em Espiritualidadepor Íris Regina Fernandes Poffo
A mediunidade se manifestou quando criança, e ele tinha medo do que ouvia e via. Recebendo consolo, fortalecimento e orientações espirituais de sua primeira mãe, e de Emmanuel, seu mentor, sua vida tomou um belo rumo, graças principalmente à sua dedicação e disciplina. O primeiro livro foi publicado em julho de 1932: "Parnaso de Além-Túmulo". Na sequência, foram mais de 450 livros, sem visar lucro.
Enfrentou muitas dificuldades na família, recebeu muitas críticas à sua mediunidade pela mídia, mas não esmoreceu. Após 92 anos de dedicação, vivendo a mais pura humildade, essa pessoa maravilhosa, um espírito que vem se lapidando há várias encarnações, deixou seu corpo físico enfermo.
Chico havia pedido à espiritualidade, para que sua passagem pudesse passar desapercebida, em um momento de muita alegria do povo brasileiro. E assim foi, no dia 30-06-2002, quando o Brasil conquistou o título de pentacampeão na copa do mundo de futebol.
No mundo espiritual, foi recebido com muita alegria por todos que o admiravam e o amavam. Dia de festa no céu, e choro na terra...
Os parágrafos a seguir retratam um pouco deste momento, escritos com base no livro "Na próxima dimensão", psicografia de Carlos A. Bacelli, pelo espírito Dr. Inácio Ferreira (2002 - p. 47 a 70):
Chico estava no colo de D. Cidália, sua segunda mãe (a primeira estava reencarnada), consciente de tudo o que se passava, parcialmente desligado do corpo físico. Parcialmente, porque desejou permanecer no velório, durante 48 horas, doando fluidos vitais ao seu corpo físico, retardando o processo de decomposição. Assim, entes queridos, residentes em outras cidades, poderiam se despedir.
No plano espiritual, além de familiares, amigos e pessoas auxiliadas por ele, estavam diversos seres iluminados, parceiros dos trabalhos assistências, das mensagens e dos livros psicografados, que ajudaram no crescimento e fortalecimento do Espiritismo no Brasil. Entre eles, Léon Denis discursou destacando a importância do seu trabalho, e a lacuna que deixaria. Vozes, de um coral infantil, deixavam o ambiente ainda mais sereno. Compareceram Dr. Bezerra de Menezes, Emmanuel, Dr. Eurípedes Barsanulfo, e Celina, "excelsa mensageira de Maria de Nazaré", que abraçaram Francisco com ternura. Luzes coloridas multiplicavam-se a todo instante, proveniente das orações que eram dirigidas a ele.
No plano terreno, havia tanta gente querendo se despedir dele, que foi necessária a mobilização da polícia, organizando filas ao redor da casa, onde o velório ocorria. Por fim, o caixão foi levado para o cemitério, acompanhado de grande cortejo, e de uma luz azul intensa, que vinha de esferas mais altas.
Do interior daquela faixa de luz, algo parecido como o sol se fez presente! Suspense. Quem seria esse ser iluminado? Algo muito especial se passou: dois braços surgiram do interior desta bola de luz em direção a Cidália e Celina. Lentamente, elas entregaram o corpo espiritual de Chico, a um abraço verdadeiramente divino. Lentamente, a faixa de luz se recolheu, de baixo para cima, levando-o para dimensões superiores.
Chico Xavier foi um exemplo vivo de humildade e disciplina. Ele partiu nos deixando muitos livros para ler, e muitos ensinamentos sobre a vida além da vida. Trouxe consolo e conforto para muitas mães, cujos filhos faleceram jovens, para viúvas/viúvos, órfãs/órfãos e, inclusive para tutores enlutados.
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Conteúdo desenvolvido por: Íris Regina Fernandes Poffo Bióloga, espiritualista, terapeuta holística e escritora. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Espiritualidade clicando aqui. |