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A personalidade da alma imortal

Atualizado dia 27/08/2009 16:33:49 em Espiritualidade
por Bruno Gimenes


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À compreensão da personalidade congênita, que é a personalidade da alma imortal, mostra-se a chave para a cura de doenças até hoje consideradas impossíveis pela medicina alopática.
No momento em que o ser humano reconhece que a infância não é o começo e a morte não é o fim, as condições limitantes de uma só existência desaparecem e o campo de atuação terapêutica adentra na amplitude da alma eterna. Nesse momento, o corpo físico mostra, que embora tenha sua importância velada, não é ele quem carrega a chave da cura das doenças conhecidas como crônicas. Simplesmente, pelo fato de que o corpo físico é o veículo que cada ser humano tem em uma existência física, portanto, perecível, que tem seu prazo de validade expirado no final de cada vida. Mas, e a alma? Essa sim, resiste eternamente...

Como um disco rígido de um computador registra todas as impressões, acontecimentos que a alma viveu. E como a alma habita o corpo e não o inverso, a morada de nossa consciência não é o físico, é o extrafísico, ou melhor a essência divina que todos temos e chamamos de alma.

A personalidade da alma imortal é notada com nitidez em crianças, que mesmo sem quase nenhuma experiência de vida (nessa existência) apresenta temperamento bem definido, sem mesmo ter tido o tempo de aprender ou se desenvolver.

Algumas crianças têm facilidade incrível em artes, já outras em tecnologia, sem nunca terem tido acesso ou treinamento. Como isso se explica?

Através da personalidade congênita. A criança não é uma criança, é um espírito com corpo de criança, que carrega em sua essência seus traços de personalidade, sejam eles positivos ou negativos. Isso explica também alguns medos, sentimentos ruins ou padrões de comportamento negativo sem causa aparente, sem que haja uma explicação física sensata.

Nesses casos, a alma imortal está revelando tendências adquiridas em outras existências, de sentimentos como medos, mágoas, tristezas, depressões, entre outras, que se manifestam nessa existência. Portanto, se a terapêutica em um caso desses não tiver abrangência transcendental, como obter cura e bem estar? Fica difícil...

Essa visão contraria a concepção básica da Psicologia oficial que diz que nossa personalidade se forma a partir de aspectos genéticos, familiares e sociais. Nessa visão a causa de muitos traços de personalidade inferior é encontrada na relação com os pais, os amigos, os acontecimentos da vida. Inevitavelmente há a tendência de encontrarmos culpados para justificar a personalidade negativa de cada um. Trata-se de um erro que atrasa muito nossa evolução.

Uma personalidade vítima, depressiva, medrosa, isolada não é criada na infância ou através dos acontecimentos sociais. É apenas revelada por ordem desses fatos.

A mágoa, o medo não foram criados pelos pais ou quaisquer pessoas, e sim foram reveladas, porque já existiam na alma, que nunca morre com a morte do corpo físico.

As características individuais do nosso modo de agir e de reagir são as tendências que já trazemos latentes conosco e que, no contato com as situações da vida, passam a manifestar-se. São formas de pensar, de sentir e de expressar-se que trazemos em nossos corpos; emocional e mental, que nos caracterizam e que já nascem conosco.

Nós não formamos uma personalidade, nós a revelamos. Somos um Ser de vários corpos, sendo o físico o único aparentemente visível, por isso parece que apenas ele existe, mas além dele temos o corpo emocional, dos sentimentos e emoções, e o corpo mental, dos pensamentos.

Ao reencarnarmos, aqui chegamos no mesmo nível de sentimentos e de pensamentos de quando saímos da última vida terrena e, portanto, cada um de nós, ao passar pelas situações atuais da vida intra-uterina e da infância, vai reagir a seu jeito. Isso é facilmente observável em famílias com vários filhos, em que cada um tem a sua maneira de ser desde neném: um é irritado, magoável, agressivo. Um outro é calmo, paciente e carinhoso, já um terceiro é retraído, tímido e triste. Evidência da nossa personalidade congênita, porque tudo é continuação. Continuação das tendências negativas e das positivas. Nossa meta é curar as negativas.

E, assim, vamos reencarnando, mudando os nossos corpos físicos de acordo com os aprendizados necessários, contudo mantendo os nossos corpos energéticos,

A personalidade congênita, em seus traços negativos, revela exatamente o motivo de reencarnarmos, ou seja, a missão de nossas almas, que é a cura das emoções inferiores. Reconhecendo esses padrões negativos e dando atenção devida a eles, através de uma abordagem transcendental, estaremos sintonizados com o nosso propósito, caminhando na direção da cura da alma.

As situações que acontecem na vida de uma pessoas não são as responsáveis por gerar os sentimentos inferiores, porque esses já existiam. A pessoa atrai magneticamente tais situações para que essas inferioridades se revelem, sejam expostas e tratadas. Veja por outra ótica, quando algo acontece que mostra raiva em determinada pessoa, não foi aquele acontecimento o causador da raiva, ele apenas aflorou um sentimento que já existia. Por isso, quanto mais atraímos coisas que nos fazem mal, indica que o sentimento ruim está em nós, ele não foi criado, foi revelado, aflorado.

Se você começar a mudar sua visão, vai parar de atrair esses acontecimentos, além de parar de culpar, encontrar vilões ou algozes.

Nós atraímos acontecimentos que a personalidade congênita precisa para se curar; é uma aproximação natural, é uma lei imortal, uma verdade universal.

A maior barreira que qualquer pessoa que procura a cura para uma doença pode encontrar é atribuir a origem de seus sofrimentos ou dores as fatos ocorridos na infância ou no decorrer da vida.

A morte de alguém, o abuso sexual, o destrato, a agressão, entre tantas outras, nunca foram as reais causadoras da dor de ninguém. Tais situações são traumáticas e dolorosas inquestionavelmente. No entanto, revelam-se como agentes naturais que existem para produzir a cura da alma, a elevação da consciência ou reforma íntima. Em outras palavras, são acontecimentos necessários para produzir mudança positiva do karma.

Se a pessoa não entende, culpa os acontecimentos, às pessoas e considera-se como vítima; ela se afunda em um mar de dores e sofrimentos que vai atrasar substancialmente sua evolução espiritual.

Devemos nos libertar das ilusões e assumir firmemente nossa responsabilidade de busca por evolução. Sempre foi e sempre será responsabilidade nossa!

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Texto revisado




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Conteúdo desenvolvido por: Bruno Gimenes   
Professor e palestrante, ministra cursos e palestras pelo Brasil.

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