Abraçando a solidão e o vazio interior
Atualizado dia 05/06/2014 08:39:15 em Espiritualidadepor Isha Judd
Mas muitas vezes temos este sentimento, mesmo estando rodeados de pessoas, pois nossas velhas dores, nossas proteções para não sofrer e tantas coisas mais, fazem-nos impermeáveis a compartilhar afeto. Por isto, não podemos receber, não podemos detectar o que vem até nós, o que nos querem dar, pois este sentir fecha as portas. Outras vezes, estamos tão aferrados ao passado, a nos castigar pelo que não fizemos ou pelo que saiu mal e temos tantos ressentimentos que criam uma couraça de aço que não nos permite aproximar, nem sentir mais que isto: o velho sentimento de rancor por algo que aconteceu. Por isto, fechamos as portas para a vida e para as novas vivências compartilhadas.
A verdade é que os únicos a quem o ressentimento realmente machuca somos nós mesmos. Temos uma tendência automática que às vezes se transforma em vício que é o sofrer. Meu convite é para que descubra algo que está esperando para ser despertado em você, está dentro, em seu coração, pelo simples fato de ser humano. E este caminho o leva a viver em amor-consciência. Quando expandimos o amor incondicional em nós mesmos, desfazendo-nos dos medos e da bagagem que nos angustia e separa, a solidão é um sentimento que passa a não existir.
A pessoa começa a abrir-se ao ato de receber, pois está dizendo um sim a si mesmo e à vida, estando presente em cada momento com o que é, em lugar de estar ausente, angustiado por aquilo que foi, e encapsulado pelo medo de que volte a repetir. A consciência jamais está sozinha. Você pode ver uma criança e ela brinca sozinha, imaginando coisas, sentindo-se completamente dentro de si mesma em cada momento. NÃO pensa: seria mais feliz se tivesse mais amigos. Ela não pensa assim, somente cria sua própria diversão. Tudo aquilo que você necessita está dentro, a consciência jamais está sozinha, porque está se amando. Desfruta de si mesma e vive completa dentro de si.
O que aconteceria se cada vez que lhe falta algo, que você volta seu olhar, seu sentir, sua percepção para fora para buscar este algo, seguido de não encontrar, de sentir-se pesado, sem vontade, triste, sem forças, como se tivesse uma grande bagagem que pesa cada dia mais, o que aconteceria se focasse em apreciar as pequenas coisas que o rodeiam, mesmo não tendo sentido, por exemplo, a florzinha pequena que você quase pisou e que em sua pequenez goza de uma perfeição de linhas, de formas, até de aroma que é de se maravilhar?
E se apreciasse a criança brincando, o cachorro com seu osso, a mãe carregando seu bebê, um casal de braços dados como se não houvesse mais ninguém no mundo, a nuvem que está por tapar o sol, um ruído de trânsito tão ruidoso que poderia ser uma sinfonia desafinada e desta forma você olhasse tudo com apreciação? Certamente notaria que algo em seu peito ao invés de apertar, começa a se abrir e talvez, em algum momento, veja-se com um sorriso que se esboça para fora.
O apreciar é como dizer sim a tudo e talvez, só talvez, até comece a emanar esse sim e atrair a atenção de outros que vibram nesta sintonia, mas sem expectativas, sem fazer para conseguir, mas para viver o momento com outro sentir, com outra cor. Aprecie seu hoje e escute, escute-se profundamente dentro e verá como a solidão e o vazio terão ficado para trás.
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Isha é mestra espiritual reconhecida internacionalmente como embaixadora da paz. Criou um Sistema para a expansão da consciência que permite a auto-cura do corpo, da mente e das emoções. Site oficial www.ishajudd.com E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Espiritualidade clicando aqui. |