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Abrindo mão do fazer: no poder de ser e estar

Atualizado dia 10/05/2013 13:09:37 em Espiritualidade
por Teresa Cristina Pascotto


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Nossa “realidade ilusória” é criada a partir daquilo que nossa mente entende como ideal, seguro e saudável para nossa vida. Tudo o que vivemos até o momento, em que decidimos tomar consciência plena da “real realidade”, é pura ilusão. Porém, é no que acreditamos e passamos a viver e a reagir de acordo com as percepções distorcidas da mente e com suas conclusões errôneas a respeito da realidade, e tudo é muito intenso e “real” para que questionemos e tenhamos qualquer possibilidade de perceber que nada do que vivemos é real e que nada do que sofremos, sentimos e enxergamos na nossa vida é de fato o que ocorre.

Ao dominar nossa vida, a mente vai criando e gerando condições que se tornam um emaranhado dentro do qual nos tornamos prisioneiros. Quando finalmente esse quadro chega a um ponto de sofrimento, do qual a mente não consegue sair e nem resolver os complicados círculos viciosos que criou, ela então se rende e acaba buscando ajuda. Porém, o que a mente busca realmente, é uma forma de suavizar as condições, soltar-se um pouco do emaranhado, para poder rearranjar as coisas, colocando tudo nos seus “devidos lugares”, para poder continuar soberana em nossa vida.

Por mais que a mente busque recursos para continuar no poder, ela já se perdeu tanto dentro do labirinto que ela mesma criou - na intenção de se dar bem e se proteger diante de cada situação que a vida nos trouxe -, que se torna impossível encontrar saídas e soluções da forma como ela espera.

A mente sempre está fazendo, sempre em busca de um novo meio, novo caminho e novo ideal, para poder continuar a querer e a fazer para alcançar o seu querer. Mas a mente nunca está de verdade interessada em ter, pois está apenas obcecada pelo querer e compulsiva em fazer para alcançar, sem nunca de verdade alcançar. Travada nesse mecanismo autoimune, a mente jamais irá se curar da forma como ela entende a cura.

A mente compulsivamente fazedora está sempre acreditando que está fazendo a coisa certa, mas se enrosca tanto em seus próprios passos, tentáculos e ganchos no seu extenuante fazer, que chega um ponto em que se perde de si mesma e o desespero a leva a entrar em perturbação e persecutoriedade, acreditando que algo ou alguém está impedindo-a de conquistar seus objetivos. Quando o quadro se agrava, começam as sensações de ansiedade e pânico.

Mesmo quando busca ajuda, a mente não se entrega ao apoio que está recebendo, ela está o tempo todo fazendo algo, fazendo seu próprio caminho de cura, fazendo visualizações daquilo que ela acha que é cura. A mente nunca acredita que exista uma ajuda real que irá conduzi-la ao equilíbrio, está em profunda perturbação, mas ainda assim não larga o poder, não se entrega às evidências e ao apoio divino que poderia receber se “saísse da frente” e parasse de fazer e ser entregasse ao ser e ao estar.

Isto seria o início da cura real para a mente controladora, pois ela aprenderia que não tem que fazer absolutamente nada em nossa vida, aliás, tudo o que ela precisa “fazer”, é parar de fazer do seu jeito, é “desistir” de tudo o que ela idealizou para a nossa vida, desistir dos objetivos absurdos que criou, só para se enganar e acreditar que está querendo e buscando algo, quando, na verdade, está só tentando saciar sua insaciável compulsão de fazer eternamente. É justamente a compulsão pelo fazer que conduziu a mente à autodestruição, a um estado de miséria energética. O desgaste de energia pelo domínio da mente é extremo e nos deixa exauridos, com uma sensação de cansaço e esgotamento.

Apesar de ser uma condição muito ruim, é um momento oportuno para conseguirmos resgatar nosso poder pessoal, pois a mente está tão fraca, que não tem muita capacidade de discernimento para perceber que um poder maior está assumindo o controle saudável de nossa vida. Nesta nova força, do Eu Superior assumindo nossa realidade, deixamos de ser os eternos fazedores e entramos num sutil e poderoso estado de SER e ESTAR, com a mente fora do poder, tudo aquilo que nosso Eu Superior deseja realizar, simplesmente passa a ser a nossa força e a nossa verdade.

Voltamos, então, a nos conectar com a força da VERDADE real, voltamos a ser amantes da verdade divina e nossa vida é conduzida simplesmente de forma natural e espontânea, cada vez mais SOMOS e ESTAMOS e isso nos reconecta cada vez mais poderosamente com a Consciência Crística que é a expressão máxima da VERDADE. Passamos a SER, a viver e a manifestar a verdade real. Mas este caminho é muito doloroso para a mente, pois ela não compreende o significado real de “desistir de tudo”, ela acredita que isso significa perder tudo ou deixar de obter o que tanto deseja.

Tudo aquilo que a mente desejou e que era proveniente dos anseios da alma que foram sequestrados pela mente, na intenção de fazer do seu jeito e não do jeito da alma, continuará a ser o que nosso Eu Superior buscará. Mas tudo o que foi apenas desejo da mente, por pura necessidade de poder do ego, será “desfeito”, deixará de ser importante. É aqui que nossa vida dá uma guinada de uma forma que não conseguimos compreender, pois é quando as necessidades de ego se esvaem, dando lugar às necessidades da alma e isso tudo ocorre naturalmente, sem que precisemos calcular e pensar sobre, pois se fosse assim, seria ainda dentro dos moldes da mente. Quando apenas somos e estamos e nos entregamos às nossas forças internas, nossa vida muda sem que percebamos de forma “visível ou concreta”, as mudanças ocorrem primeiro internamente, vamos mudando nossos valores, abandonando os valores da mente e os que nos foram impostos, e os valores da alma começam a ganhar força e poder e passamos a nos deixar guiar e impulsionar por esses novos valores.

Confiança, sabedoria e discernimento passam a fazer parte de nossa realidade interior e isso nos conduz aos próximos passos, sem termos que fazer nada, mas apenas continuando a ser e a estar na presença do Eu Superior. E, assim, nossa vida se conduz com naturalidade e beleza...

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Conteúdo desenvolvido por: Teresa Cristina Pascotto   
Atuo a partir de meus dons naturais, sou sensitiva, possuo uma capacidade de percepção extrassensorial transcendente. Desenvolvi a Terapia Transcendente, que objetiva conduzir à Cura Real. Atuo em níveis profundos do inconsciente e nas realidades paralelas em inúmeras dimensôes. Acesso as multidimensionalidades Estelares. Trago Verdades Sagradas.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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