AH! O AMOR...
Atualizado dia 25/10/2009 21:59:09 em Espiritualidadepor Léa Lima
Pergunte a 50 pessoas o que é o amor e receberá 50 respostas diferentes.
Está claro que o amor não é algo que a mente condicionada e tagarela possa definir.
Eliminando tudo o que o amor não é, podemos chegar ao que ele é, assim como chega-se ao ouro retirando-se o cascalho.
O amor não é dependência, não é idolatria, não é sentimentalismo, não é atração física.
O amor genuíno não tem inicio com uma emoção, ao contrário, começa com uma compreensão profunda do outro e do próprio eu em relação ao outro.
Dessa percepção é que surgem as emoções, entre elas o afeto, a ternura, a admiração, o respeito.
A maioria dos relacionamentos está baseada nos próprios anseios, nas necessidades do eu.
Idealizamos o outro como sendo portadores das qualidades que gostariamos que possuissem e como estamos temporariamente cegos pela emoção, acreditamos ser um amor verdadeiro.
Estamos ansiosos demais por alguém que nos faça feliz, que nos entenda, que nos complete, que nos aceite sem argumentos e em muitos casos que nos ajude a carregar o fardo da nossa própria existência.
Sonhamos com aquilo que necessitamos, afeto, segurança e passamos então a exigir, veladamente ou não, que o outro nos dê o que imaginamos que ele tenha.
Quando a emoção paralisante se desfaz, nos assustamos, duvidamos que um dia amamos tanto aquele ser e vem o questionamento: - Mas o que houve? Por que o outro mudou tanto? Quando nos conhecemos era tudo tão diferente!
Na verdade o outro não mudou. Nós nos enganamos deliberadamente, para atender aos nossos anseios.
Uma relação amorosa torna-se impossível quando é baseada em trocas, em barganhas. "Seja bom para mim que eu serei boa pra você".
O amor verdadeiro não aceita imposições, ao contrário, auxilia no aperfeiçoamento do outro, mesmo que esse outro rejeite a mão que lhe é estendida, como um lobo tenta morder a mão que lhe tira um espinho da pata.
Como chegar a esse estado de entrega? Como conseguir dar sem exigir nada em troca?
O erro básico de todo ser está na ignorância de sua verdadeira natureza. Quando nos conhecemos, quando despertamos para o que somos de verdade, vemos o outro de maneira diferente e essa compreensão nos leva a procurar alguém que esteja em sintonia com o que somos e acreditamos.
Quando o ser estiver completo, quando não mais buscar no outro razões para viver, quando se conhecer emocional e espiritualmente, aí sim atrairá para si um outro ser completo e o amor será pleno.
Quando duas pessoas se encontram o premio vai sempre para aquela que tiver maior percepção de si própria, pois ela saberá quais são os seus limites, os seus pontos positivos e negativos.
Será sempre o mais seguro, o mais calmo, o que estará sempre mais a vontade com o outro, sem cobranças, sem exigências sem comparações.
Aí então se dá o amor.
O amor não está no que os olhos veem e sim no que o espírito percebe e sente.
Alguns segredinhos para um bom relacionamento:
1. Jamais permita que o outro lhe diga como deve sentir-se ou comportar-se;
2. Qualquer relacionamento que exija a submissão de um ao outro está errado;
3. Quando nos livrarmos das expectativas em relação ao outro não mais seremos magoados;
4. Você compreende o outro na medida exata em que se compreende. Trabalhe pela aquisição de autoconhecimento.
5. Aquele que sabe o que é amor verdadeiro não sente ansiedade quando seu amor passa despercebido;
6. Toda experiência desagradável que se tem com o outro é oportunidade para vê-los como são e não como o idealizamos;
7. Não podemos reconhecer virtude alguma no outro se não as tivermos em nós próprios;
8. Não procure ser amoroso. Esforce-se para ser verdadeiro. Ser real é ser amoroso;
9. Não confunda amor com desejo. O desejo é insaciável, busca um prazer após outro, o amor é sereno, habita o espírito.
10. O maior amor que você poderá oferecer ao outro é ajudá-lo a transformar-se para melhor, sempre, todos os dias.
Texto revisado
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