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Amar é valorizar a vida!

Atualizado dia 14/05/2010 11:16:57 em Espiritualidade
por Flávio Bastos


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"Os pacientes, que retornam das experiências de quase-morte (EQM), disseram-me que mudaram radicalmente o modo de ver a si, os outros e a vida. Alteraram profundamente os seus valores, dando mais importância à vida, às pessoas, à família. Descobriram que a coisa mais importante na vida é aprender a amar, resgatar a capacidade de amar" (Dr. Raymond Moody).

Sob o ponto de vista psico-espiritual, dos vários significados do amor, a valorização talvez seja a qualidade mais difícil de se encontrar em uma relação afetiva.

Muitos relacionamentos acabam porque falta a valorização como forma de estímulo mútuo, pois somente impulsionamos o nosso crescimento pessoal se na infância fomos valorizados pelos pais biológicos (ou substitutos), e na sequência da vida adulta, pela pessoa que escolhemos para compartilhar relações de amor.

No entanto, numa relação afetiva, não adianta sermos valorizados se não soubermos valorizar a pessoa amada. Somente despertamos as nossas potencialidades inerentes, se tivermos passado por experiências estimuladoras nesse sentido.

A valorização da vida é o combustível que alimenta - e move - o lado saudável do convívio e das relações humanas. Sem ela, os relacionamentos empobrecem e se desqualificam.

O indivíduo que aprendeu a valorizar, valoriza o outrem a partir da valorização de si próprio. Quando esse estímulo psicológico inexiste desde a infância, o indivíduo torna-se um adulto inseguro, geralmente com auto-estima baixa e não raramente dependente de terceiros.

Lembro-me de um caso que atendi há uns anos. Era um homem de aproximadamente 40 anos de idade e trazia como queixa um histórico de comprometimento na área emocional. Alternâncias entre fases de equilíbrio e desequilíbrios emocionais que o fragilizavam psicologicamente, a ponto de interferir na sua auto-estima e, como decorrência, em sua carreira profissional e relacionamentos afetivos.

A sua experiência regressiva desenvolveu-se como se ele estivesse assistindo ao filme de sua vida, tal a fluência de informações que emergiu de seu inconsciente. Viu-se ainda um bebê de colo e sentiu a rejeição por parte de uma mãe insegura e nervosa. Mais tarde, aos cinco anos mais ou menos, percebeu a relação instável e indiferente de seus pais. Eram pessoas que não se valorizavam e não valorizavam seus filhos, tornando o relacionamento familiar uma experiência insípida e carente de valores enriquecedores.

No início da fase adulta, resolveu afastar-se daquele ambiente familiar e investir em sua carreira, tornando-se com o passar do tempo, um alto executivo de uma empresa multinacional. No entanto, em decorrência de seus altos e baixos no âmbito emocional, as crises de depressão provocadas pela baixa auto-estima, começaram a intensificar-se e a interferir em sua vida afetiva e profissional, a ponto de fazê-lo pedir demissão de seu emprego.

Fruto de uma relação onde a indiferença e o desamor "prosperaram", o desequilíbrio na área afetiva ganhou terreno em sua vida. Sentia-se, na verdade, uma criança perdida em um mundo cheio de inseguranças e incertezas...

Em cada encarnação, diante do cenário familiar de reencontros, temos a nova oportunidade de valorizar a quem veio na condição de ente querido, seja ele cônjuge, pai, mãe, filho ou filha. E nesse verdadeiro laboratório de inter-relacionamentos pessoais ricos em aprendizados, a presença do amor estimula o crescimento e providencia o resgate de débitos com o remoto passado.

Na falta da valorização que estimula o amor nas relações inter-familiares, os aprendizados inexistem, assim como o crescimento e os resgates, que ficam comprometidos com a pobreza das relações.

Portanto, amar, acima de tudo, é valorizar a pessoa que escolhemos para compartilhar descobertas e verdades. A partir dessa prática, tudo torna-se mais fácil no sentido do crescimento mútuo, pois a vida no âmbito dos relacionamentos afetivos, tem a sua lógica e a sua coerência, tanto nas experiências em que a valorização gera amor, quanto nas experiências em que a indiferença gera desamor.

É a partir da experiência do amor construído na base familiar, que valorizamos a vida e adquirimos segurança psicológica para vôos mais altos no sentido do crescimento pessoal, profissional e consciencial.

É a partir da experiência de nos sentirmos valorizados, e como consequência, de valorizarmos o outrem, que o ciclo do amor baseado nas relações enriquecedoras, interfere em um outro ciclo chamado reencarnação.

E nesse sentido, a família é o grande laboratório em que mais uma vez testamos as nossas habilidades na arte do amor. Habilidades que passam pela responsabilidade e compromisso do "papel" que desempenhamos no contexto familiar.

Papel que, na verdade, transcende o âmbito familiar, à medida que temos a compreensão - e a segurança psicológica - de nos assumirmos enquanto cidadãos do mundo... e do universo, dotados de uma fantástica capacidade de evolução através do amor.

Psicoterapeuta Interdimensional.

flaviobastos 

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Conteúdo desenvolvido por: Flávio Bastos   
Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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