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Amar o próximo como a si mesmo

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Autor Patricia M. Barros

Assunto Espiritualidade
Atualizado em 9/26/2015 12:20:31 PM


Recentemente eu li o artigo de Bel Cesar, “Por que temos que amar primeiro a nós mesmos para amar os outros?” (https://www.somostodosum.com.br/conteudo/c.asp?id=14851&onde=1). Neste texto Bel Cesar trata de uma conversa com seu filho, Lama Michel Rinpoche, durante a qual ela lhe pergunta por que temos que amar primeiro a nós mesmos para amar os outros. Ele respondeu: “Amar é desejar felicidade. Desejar a própria felicidade é amar a si mesmo. Não conseguimos desejar a felicidade para alguém sem antes desejar a mesma felicidade para nós.”

Esta é a visão do budismo e pode ser mal interpretada. Alguém que não se ama de verdade pode dizer: “Eu desejo a felicidade para mim mesmo!” Mas esta pessoa não terá alcançado a profundidade das palavras do Lama Michel Rinpoche. É simples, é fácil alguém dizer que deseja a felicidade para si mesmo. Mas será que esta pessoa cuida de si mesma, faz o que é preciso para alcançar a felicidade? É inegável que existe a sombra, existem “monstros internos” que são obstáculos à felicidade. Eu posso dizer que desejo a minha própria felicidade, mas as minhas atitudes de auto-sabotagem podem revelar que no meu inconsciente existem crenças contrárias a este desejo, tais como a crença do não merecimento ou da incapacidade. Se eu acredito que não mereço ou que não sou capaz realmente desejo a minha própria felicidade, com profundidade? Creio que não.

A visão católica desta questão complementa o ensinamento do Lama Michel Rinpoche. “Ama a teu próximo como a si mesmo” é uma frase que foi e continua sendo repetida inúmeras vezes e creio que não foi bem entendida. Normalmente nós, pessoas comuns, que ainda têm um longo caminho pela frente na jornada espiritual, nos criticamos muito e não nos aceitamos com os defeitos que possuimos. Não costumamos ser generosos conosco... Ora, Jesus foi aquele que compreendeu e perdoou… Amar a nós mesmos a partir das nossas fragilidades, justamente porque somos imperfeitos pode ser difícil, mas é um desafio que vale a pena ser enfrentado. Uma mãe ama seu filho justamente porque ele é frágil, imperfeito e precisa do seu apoio para evoluir. Uma mãe ama seu filho mesmo que ele a decepcione seriamente. Já li em algum lugar que o filho que uma mãe mais ama é aquele que mais precisa dela. Este é o amor incondicional, o amor que precisamos ter por nós mesmos. Precisamos aprender a abraçar nossas falhas, nossa humanidade. Somos humanos, imperfeitos e podemos aprender a ver que há beleza nisto. A perfeição é chata, não é verdade? É o que disse a nossa rainha do rock, Rita Lee. Por outro lado, temos uma essência divina, somos perfeitos, feitos à Sua imagem e semelhança. Mais um motivo para cultivarmos o amor por nós mesmos: desta maneira reverenciamos a Deus.

Ao que parece fica mais fácil amar a humanidade se já aprendemos a amar a nós mesmos. A humanidade está em crise, envolta em escuridão. Corrupção, terrorismo, guerras, refugiados fugindo da barbárie… A humanidade precisa de luz, precisa de amor.

É difícil amar uma pessoa perdida, que se afastou da luz? Pode ser. Mas se já aprendemos a amar a nós mesmos a partir de nossas fragilidades, justamente porque somos imperfeitos, é possível reconhecer que o outro também tem as suas lutas, as suas dificuldades. Todo mal vem do sofrimento, vem da fragilidade. É preciso ser forte para ser bom. Quando percebemos que uma pessoa que praticou atos maldosos, aparentemente forte e dominadora, na verdade já sofreu bastante e é frágil fica mais fácil sentir compaixão e perdoar, não é verdade?

Lembrei-me da parábola do filho pródigo, que tem relação com o tema de que tratamos neste artigo. Deus não condena, sempre nos dá outras chances, coloca em nossos caminhos possibilidades de redenção.

Admito que já questionei a sociedade, que é preconceituosa e doente em muitos aspectos. Eu me rebelei e isto é saudável. Mas hoje encontro-me em outro momento da minha jornada evolutiva, estou aprendendo a me amar melhor e a amar o meu próximo, a amar a humanidade. É apenas o começo da jornada.
 


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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Patricia M. Barros   
Sou jornalista e advogada. Atualmente sou funcionária pública e estudante de psicologia e psicanálise. Sempre me interessei por questões que envolvem comportamento e o desenvolvimento pessoal. Espero contribuir um pouco para o bem-estar e felicidade de algumas pessoas!
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