Amigos ou Anjos?
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Autor Antony Valentim
Assunto EspiritualidadeAtualizado em 10/04/2014 22:11:57
A família é o núcleo de apoio, trabalho e auxílio mais abençoado existente sobre a Terra. Conectados desde o plano espiritual, ligados por laços de amor ou de dor, pais, mães, filhos e irmãos traçam nobres e abençoados planos para construírem na roupagem terrena, as edificações de si mesmos, ajudando-se mutuamente numa viagem repleta de oportunidades: de crescimento, purificação, burilamento, lutas, derrotas aparentes e vitórias veementes sobre as próprias mazelas e limitações. Auxiliados por aqueles que percorrerão o caminho conosco durante a maior parte do tempo, somos impulsionados a persistir na caminhada, e com ela chegarmos ao destino melhores do que éramos quando começamos a grande viagem da vida.
Mas há um tipo de laço espiritual que nos envolve de uma forma mais sutil, quase como uma brisa a nos tocar a face, aliviando-nos um pouco do calor das tensões humanas e das obrigações compulsórias que contraímos ao longo das eras: é o laço da amizade. Aquele envolvimento que nasce de uma incoercível simpatia sem aparentes explicações, capaz de vencer todas as barreiras dos convencionalismos humanos, e se nos apresentar como o apoio espontâneo mais expressivo e intenso depois de nossa família, fazendo inclusive, o papel de tal quando pelas circunstâncias da vida esta é ausente.
Os amigos - os verdadeiros e incondicionais amigos que temos, aqueles com quem falamos até mesmo pelo olhar - são a família que escolhemos. Uma simples expressão, um toque, uma conversa, seja gradativamente ou num átimo, coração [re]conhece coração e eis alí a explosão atômica que causa em nós a familiar sensação de leveza que nos une àqueles corações em quem confiamos pormenores que nem mesmo compartilhamos com familiares.
Essa estranha e ao mesmo tempo bela relação de convicção de poder confiar e se entregar ao outro, em nossas mais íntimas aspirações, confidências e cumplicidade, é o laço construído pelo mero prazer de ter ao nosso lado, almas que talvez, em outros tempos, nos foram fiadoras das mais intensas venturas, das mais grandiosas experiências, das mais espetaculares existências.
Amigos legitimamente verdadeiros são como anjos que o Pai nos envia. Não têm asas, nem podem voar, mas conseguem nos transmitir um pedaço da paz que há no céu. São mais que companhias na jornada: são os que nos dão a mão, andam lado a lado, ombro a ombro, e quantas não são as vezes em que nos carregam no colo. Sua simples presença nos traz a alegria de Deus, e quase sem querer, ou quase sem perceber, fazem intensas e imensas revoluções em nossos corações. Não desistem de nós. São uma espécie de fonte de inspiração que renova nossas energias e nos mostra que existem motivos para prosseguir adiante independente de todos os intempéries e imprevistos.
Algumas vezes, esses amigos já estão inseridos em nosso núcleo familiar. Mas quando não, fazem parte da grande família espiritual que não encontrou meios de se ligar a nós pelos laços de sangue: se ligaram, então, pelos laços invisíveis da simpatia, do companheirismo, da fidelidade, da vontade de serem e fazerem por nós coisas que muitas vezes jamais imaginaríamos merecer. E por mais que saibamos que os sentimentos verdadeiros não necessitam de nada em troca, devolver tamanho cuidado em demonstrações de amor nos causa extrema satisfação, inenarrável plenitude, como se desejássemos o tempo todos que compreendessem a extensão do nosso amor por cada um deles.
Valorizemos os amigos como o sol sublime do coração, que nos aquece a alma sem porquês, sem cobranças, sem obrigatoriedades e sem condicionamentos. São especiais apenas porque, diante de nossa alma, conquistaram essa plenitude quase divina. São homens, mulheres, crianças... são simplesmente... anjos!
E como esses seres inesquecíveis têm vida própria, e coisas para conduzir independente de nós mesmos, tanto quanto os anjos que muitas almas têm a acalentar, às vezes, esses amigos são alvo das fortes rejadas dos vendavais da vida e, não raro, eles caem. Em muitos momentos a figura angelical metaforizada se humaniza, e as feridas vertem sangue. Tornam-se como anjos caídos de asas quebradas, prostrados diante de seus próprios desafios. Mas continuam nos amando, e despertando em nós a singela ternura de até diante de um ser celeste ferido, sentirmos contentamento e emoção, amor e gratidão.
Os amigos são a família que escolhemos e permanecem porque queremos, pois, sem eles, seríamos como o filete de um rio quase seco a esperar a chuva de bênçãos que desce dos céus, e que em graciosos pingos dágua, nos preencherão a alma sedenta, e nos farão alcançar um dia o oceano indescritível das abundâncias de Deus, cuja manifestação maior é o amor, intenso, imenso, e inexplicável.
Texto revisado
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Antony Valentim é um ser comum, sem privilégios ou destaques que o diferenciem das demais pessoas. Devorador de livros, admirador de culturas religiosas sem preconceitos, e eterno aprendiz do Cristo. Mestre de nada, sábio de coisa alguma. Alguém como você, que chora, sorri, busca, luta, exercita a fé e cultiva no peito a doce flor da esperança. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Espiritualidade clicando aqui. |